Renato David Gomes Brás,
Furriel Mil.º de Cavalaria, n.º
06568065, da CCav1728/BCav1923
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
Renato
David Gomes Brás
Furriel Mil.º de
Cavalaria, n.º 06568065
Companhia de Cavalaria
1728
Batalhão de Cavalaria
1923
«NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE»
Moçambique: 03Set1967 a 12Out1969
Cruz
de Guerra de 4.ª classe
Louvor
Individual
2
Louvores Colectivos
Renato David Gomes Brás, Furriel Mil.º
de Cavalaria, n.º 06568065;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3
(RC3 – Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» -
«…NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE» para
servir Portugal na Província Ultramarina
de Moçambique;
No dia 3 de Agosto de 1967, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado na Companhia de Cavalaria 1728
(CCav1923) do Batalhão de Cavalaria 1923
(BCav1923) «NA
GUERRA CONDUTA MAIS
BRILHANTE», rumo a Mocímboa da Praia
(Cabo Delgado), onde desembarcou no dia
3 de
Setembro de 1967;
A sua subunidade de Cavalaria:
Rendeu em Nangade, a Companhia de
Caçadores 1557 (CCac1557) «OS APACHES»
do Batalhão de Caçadores 1890 (BCac1890)
«NON NOBIS» e recebeu o reforço do
Pelotão de Reconhecimento do
batalhão
[BCav1923], durante o período em que deu
protecção à Companhia
de Engenharia 1575
(CEng1575) «LUTAREMOS
CONSTRUINDO», nos
trabalhos de beneficiação dos
itinerários na sua Zona de Acção;
De Setembro de 1967 a Maio de 1968,
executou, entre outras, as operações:
"Sapador" (entre os lagos Nangade e
Lidede), "Carapau" (Tartibo), "Bovril"
(Magaiacoio) e "Lobito" (zona do lago
Nangade). Tomou parte na operação
"Soldado Remédios";
Louvado por feitos em combate no Teatro
de Operações de Moçambique, publicado na
Ordem de Serviço n.º 68, de 29 de Abril
de 1968, do Batalhão de Cavalaria 1923 e
na Revista da Cavalaria do
ano de 1969 e
na Revista da Cavalaria do ano de 1968,
página 115;
Em Maio de 1968 foi rendida pela
Companhia de Cavalaria 2376 (CCav2376)
do Batalhão de Cavalaria 2848 (BCav2848)
«NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE» e
transferida
para Moatize, onde rendeu a
Companhia de Artilharia
1512 (CArt1512)
do Batalhão de Artilharia 1881
(BArt1881) «OMNIA OMNIBUS»;
Guarneceu, até final de Outubro de 1968,
Zobué com 1 pelotão; foi substituído
pela Companhia de Caçadores de Vila
Manica. Cedeu de reforço a esta
companhia, de 28 de Outubro a 30 de
Dezembro de 1968, 1 secção destacada em
Caldas Xavier.
De Maio de 1968 a Março de 1969,
efectuou patrulhamentos, nomadizações e
contacto com a população, prestando-lhe
assistência medicamentosa.
Agraciado com a Medalha da Cruz e Guerra
de 4.ª classe, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, de 06 de Novembro de 1968,
publicado na Ordem do Exército n.º 36 –
3.ª série de 30 de Dezembro de 1968;
A 3 de Março de 1969, permutando com a
Companhia de Cavalaria 1730 (CCav1730)
do Batalhão de Cavalaria 1923 (BCav1923)
«NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE», foi
colocada em Tete, na situação de
intervenção do comando do Sector F (ali
sedeado).
Participou em operações efectuadas em
várias regiões do distrito de Tete,
nomeadamente: "Surpreza", "Gato" e
"Luia" (subsector de Furancungo),
"Milhafre", "Gazela", "Antílope",
"Bambi", "Lion" e "Tira Dentes"
(subsector de Bene), "Grandes Chefes" e
"Beira Rio" (subsector de Fingoé).
Foi rendida em Tete (Setembro de 1969),
pela Companhia de Caçadores 2318
(CCac2318) do Batalhão de Caçadores 2836
(BCac2836) «NADA POR NÓS TUDO PELA
PÁTRIA).
No dia 12 de Outubro de 1969, embarcou
num navio de transportes de tropas de
regresso à Metrópole;
Louvor Colectivo – Companhia de
Cavalaria 1728 – publicado na Ordem de
Serviço n.º 212, de 31 de Agosto de
1969, do Batalhão de Cavalaria n.º 1923
e na Revista da Cavalaria do ano de
1969, páginas 122 e 123;
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria
1923 – publicado na Ordem de Serviço n.º
97, de 31 de Dezembro de 1969, da Região
Militar de Moçambique e na Revista da
Cavalaria do ano de 1969, páginas 117 e
118.
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Cruz
de Guerra de 4.ª classe
Furriel Miliciano de
Cavalaria
RENATO DAVID GOMES BRÁS
CCav1728/BCav1923 -
RC3
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição
do Despacho publicado na Ordem do
Exército n.º 36 – 3.ª série de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
Classe, nos termos do artigo 12.º do
Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de
28 de Maio de 1946, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, de 06 de Novembro de 1968:
O Furriel Miliciano, Renato David Gomes
Brás, da Companhia de Cavalaria n.º 1728
do Batalhão de Cavalaria n.º 1923 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 68,
de 29 de Abril de 1968, do Batalhão de
Cavalaria 1923):
Louvado o Furriel Miliciano de
Cavalaria, n.º 06568065, Renato David
Gomes Brás, da Companhia de Cavalaria
n.º 1728 do Batalhão de Cavalaria n.º
1923, porque, no passado dia
11 de
Março, ao ser emboscada pelo inimigo uma
coluna daquela Companhia, de que
resultou a morte do oficial comandante
dessa coluna [Vítor Garcia Guerra,
Alferes Mil.º Atirador de Cavalaria], logo
que teve conhecimento da baixa, imediata
e energicamente assumiu as funções de
comandante, exaltando e orientando os
seus subordinados de forma a que
respondessem com eficácia ao fogo
inimigo, sem que contudo descurassem o
consumo de munições.
E como, a certa altura, houve
necessidade de remuniciamento das armas
do seu pessoal, e porque a sua
localização no dispositivo era a mais
favorável, foi ele próprio que o
executou, transportando cunhetes de
várias viaturas para os locais
necessários, debaixo de fogo intenso do
inimigo, arriscando com indiferença e
relevância a sua vida por uma missão que
se impunha.
O Furriel Miliciano Brás demonstrou
assim durante o combate, qualidades de
comando, coragem, decisão, abnegação,
sangue frio e serena energia debaixo de
fogo, que muito são de salientar,
merecendo pela sua conduta a
consideração dos seus superiores,
camaradas e subordinados, dignificando
também a Arma e o Exército a que
pertence.
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Naquele dia fatídico -
11 de
Março de 1968 - tombaram em combate
4 militares portugueses:
Para
visualização dos conteúdos clique em
cada um dos sublinhados que se seguem;
Vítor Garcia Guerra,
Alferes Mil.º Atirador de Cavalaria, n.º
06202566
Victor Manuel Amador
Bibiu, Soldado Atirador de Cavalaria,
n.º 01066967
Amável Lopes Baptista,
Soldado Condutor Auto Rodas, n.º
04294367
Camilo Ferreira Alves,
Condutor Condutor Auto Rodas, n.º
04161566
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Louvor
Colectivo
COMPANHIA DE CAVALARIA
N.º 1728
(Ordem de
Serviço n.º 212, de 31 de Agosto de
1969, do Batalhão de Cavalaria n.º 1923)
Louvada, porque, durante a sua comissão
na Província de Moçambique, foi sempre,
em todas as circunstâncias, uma
Subunidade de excepcionais aprumo,
disciplina, espírito de sacrifício e
agressividade, tornando-se uma Companhia
que, com essas virtudes, se evidenciou e
destacou, contribuindo, de forma
altamente meritória, para o bom nome do
Batalhão, da Arma e do Exército.
Primeiramente em Zona de Acção de um
Sub-Sector de fronteira, não se poupou a
esforços e grandes sacrifícios para que
as inúmeras dificuldades, inerentes às
condições em que se encontrava, não
prejudicassem ou diminuíssem a sua
actividade operacional, que lhe era
imposta e que sempre cumpriu da melhor
forma.
Com efeito, responsável por uma zona de
intensa actividade inimiga, onde estavam
definidas algumas das linhas de
infiltração mais importantes vindas do
estrangeiro e onde um inimigo bem
estruturado e agressivo se fazia sentir
através de implantação de engenhos
explosivos, emboscadas, flagelações e
ataques a estacionamentos, a Companhia
de Cavalaria n.º 1728, enfrentando estas
dificuldades, soube corresponder sempre
às solicitações feitas por Comandos
superiores.
Mais tarde, na segunda parte da
comissão, quando em situação que se
pressupunha ser de actividade mais
moderada, foi, com todo o ânimo e
entusiasmo, alcançando sucessos, que
conseguiu em inopinadas missões de
operações que lhe foram determinadas,
aliados à criteriosa actividade de
quadrícula que lhe competia.
Por fim, como Unidade de Intervenção,
novamente enfrentou com galhardia as
inúmeras e esforçadas missões que lhe
foram constantemente exigidas, cumprindo
nesta parte final da comissão, com rara
abnegação, sem o mais pequeno
desfalecimento, sem deixar de manter,
tanto nos períodos de actividade, como
nos de actividade mais moderada, aquela
conduta que sempre lhe deu as
características de uma tropa exemplar.
Pelo exposto, consideram-se os serviços
prestados pela Companhia de Cavalaria
n.º 1728, altamente meritórios.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 122
e 123)
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Louvor
Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 1923
(Ordem de
Serviço n.º 97, de 31 de Dezembro de
1969, da Região Militar de Moçambique)
Louvo o Batalhão de Cavalaria n.º 1923
por, durante a comissão que foi chamado
a desempenhar na província de
Moçambique, ter sempre demonstrado ser
uma Unidade com elevado espírito de
corpo e um alto sentido do cumprimento
das missões que lhe foram atribuídas,
sendo considerada pelo Comando do Sector
uma Unidade com que se pode contar em
todas as circunstâncias.
Tendo iniciado a sua missão numa zona de
acção de fronteira, onde o inimigo
estava particularmente activo, não só
com inúmeras implantações de engenhos
explosivos, como também de emboscadas e
flagelações, revelou-se sempre com
grandes qualidades de disciplina e de
espírito de abnegação.
Transferido em Julho de 1968 para o
Comando do Sector F, foi-lhe dada a
responsabilidade de uma área muito
extensa, com características bem
diferentes, na qual continuou a
manifestar o seu forte espírito de
missão com uma grande actividade de
patrulhamento e uma bem orientada acção
psicológica junto das populações, tendo
exercido grande esforço na pesquisa de
informações e no conhecimento do
terreno.
De salientar, ainda, os grandes
melhoramentos efectuados na sede do
Batalhão e o melhor espírito de
colaboração para ser elevado o nível das
messes de Oficiais e Sargentos da
Guarnição de Tete.
Da sua notável actividade, é grato a
este Comando dar público louvor pelos
serviços prestados pelo Batalhão de
Cavalaria 1923, o qual, não só
prestigiou a Arma a que pertence, como
também o Exército que abnegadamente
serve.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 117
e 118)