Camilo
Ferreira Alves
Soldado Condutor Auto-Rodas, n.º
04161566
Companhia de Cavalaria 1728
Batalhão de Cavalaria
1923
«NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE»
Moçambique: 03Set1967 a 11Mar1968 (data
do falecimento)
2
Louvores Colectivos
Camilo Ferreira Alves, Soldado
Condutor Auto-Rodas, n.º 04161566, nascido no ano de
1946, na freguesia de São Victor, concelho de Braga,
filho de Jofre Alves e de Isolina Ferreira Peixoto,
solteiro;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE» para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 3 de Agosto de 1967, na Gare Marítima da Rocha do
Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado na Companhia de Cavalaria 1728 (CCav1923) do
Batalhão de Cavalaria 1923 (BCav1923) «NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE», rumo a Mocímboa da Praia (Cabo
Delgado), onde desembarcou no dia 3 de Setembro de 1967;
A sua subunidade de Cavalaria:
Rendeu em Nangade, a Companhia de Caçadores 1557
(CCac1557) «OS APACHES» do
Batalhão de Caçadores 1890
(BCac1890) «NON NOBIS» e recebeu o reforço do Pelotão de
Reconhecimento do batalhão [BCav1923], durante o período
em
que deu protecção à Companhia de Engenharia 1575
(CEng1575) «LUTAREMOS CONSTRUINDO», nos trabalhos de
beneficiação dos itinerários na sua Zona de Acção;
Faleceu no dia
11 de Março de 1968, no itinerário entre
Nangade e Palma, em consequência de ferimentos em
combate;
Tinha 22 anos de idade;
Está inumado no cemitério da freguesia de Celeirós,
concelho de Braga.
Paz à sua Alma
Louvor Colectivo – Companhia de Cavalaria 1728 –
publicado na Ordem de Serviço n.º 212, de 31 de Agosto
de 1969, do Batalhão de Cavalaria n.º 1923 e na Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 122 e 123;
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria 1923 –
publicado na Ordem de Serviço n.º 97, de 31 de Dezembro
de 1969, da Região Militar de Moçambique e na Revista da
Cavalaria do ano de 1969, páginas 117 e 118.
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Naquele dia fatídico -
11 de
Março de 1968 - tombaram em combate
mais 3 militares portugueses:
Para
visualização dos conteúdos clique em
cada um dos sublinhados que se seguem;
Vítor Garcia Guerra,
Alferes Mil.º Atirador de Cavalaria, n.º
06202566
Victor Manuel Amador
Bibiu, Soldado Atirador de Cavalaria,
n.º 01066967
Amável Lopes Baptista,
Soldado Condutor Auto Rodas, n.º
04294367
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Louvor
Colectivo
COMPANHIA DE CAVALARIA
N.º 1728
(Ordem de
Serviço n.º 212, de 31 de Agosto de
1969, do Batalhão de Cavalaria n.º 1923)
Louvada, porque, durante a sua comissão
na Província de Moçambique, foi sempre,
em todas as circunstâncias, uma
Subunidade de excepcionais aprumo,
disciplina, espírito de sacrifício e
agressividade, tornando-se uma Companhia
que, com essas virtudes, se evidenciou e
destacou, contribuindo, de forma
altamente meritória, para o bom nome do
Batalhão, da Arma e do Exército.
Primeiramente em Zona de Acção de um
Sub-Sector de fronteira, não se poupou a
esforços e grandes sacrifícios para que
as inúmeras dificuldades, inerentes às
condições em que se encontrava, não
prejudicassem ou diminuíssem a sua
actividade operacional, que lhe era
imposta e que sempre cumpriu da melhor
forma.
Com efeito, responsável por uma zona de
intensa actividade inimiga, onde estavam
definidas algumas das linhas de
infiltração mais importantes vindas do
estrangeiro e onde um inimigo bem
estruturado e agressivo se fazia sentir
através de implantação de engenhos
explosivos, emboscadas, flagelações e
ataques a estacionamentos, a Companhia
de Cavalaria n.º 1728, enfrentando estas
dificuldades, soube corresponder sempre
às solicitações feitas por Comandos
superiores.
Mais tarde, na segunda parte da
comissão, quando em situação que se
pressupunha ser de actividade mais
moderada, foi, com todo o ânimo e
entusiasmo, alcançando sucessos, que
conseguiu em inopinadas missões de
operações que lhe foram determinadas,
aliados à criteriosa actividade de
quadrícula que lhe competia.
Por fim, como Unidade de Intervenção,
novamente enfrentou com galhardia as
inúmeras e esforçadas missões que lhe
foram constantemente exigidas, cumprindo
nesta parte final da comissão, com rara
abnegação, sem o mais pequeno
desfalecimento, sem deixar de manter,
tanto nos períodos de actividade, como
nos de actividade mais moderada, aquela
conduta que sempre lhe deu as
características de uma tropa exemplar.
Pelo exposto, consideram-se os serviços
prestados pela Companhia de Cavalaria
n.º 1728, altamente meritórios.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 122
e 123)
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Louvor
Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 1923
(Ordem de
Serviço n.º 97, de 31 de Dezembro de
1969, da Região Militar de Moçambique)
Louvo o Batalhão de Cavalaria n.º 1923
por, durante a comissão que foi chamado
a desempenhar na província de
Moçambique, ter sempre demonstrado ser
uma Unidade com elevado espírito de
corpo e um alto sentido do cumprimento
das missões que lhe foram atribuídas,
sendo considerada pelo Comando do Sector
uma Unidade com que se pode contar em
todas as circunstâncias.
Tendo iniciado a sua missão numa zona de
acção de fronteira, onde o inimigo
estava particularmente activo, não só
com inúmeras implantações de engenhos
explosivos, como também de emboscadas e
flagelações, revelou-se sempre com
grandes qualidades de disciplina e de
espírito de abnegação.
Transferido em Julho de 1968 para o
Comando do Sector F, foi-lhe dada a
responsabilidade de uma área muito
extensa, com características bem
diferentes, na qual continuou a
manifestar o seu forte espírito de
missão com uma grande actividade de
patrulhamento e uma bem orientada acção
psicológica junto das populações, tendo
exercido grande esforço na pesquisa de
informações e no conhecimento do
terreno.
De salientar, ainda, os grandes
melhoramentos efectuados na sede do
Batalhão e o melhor espírito de
colaboração para ser elevado o nível das
messes de Oficiais e Sargentos da
Guarnição de Tete.
Da sua notável actividade, é grato a
este Comando dar público louvor pelos
serviços prestados pelo Batalhão de
Cavalaria 1923, o qual, não só
prestigiou a Arma a que pertence, como
também o Exército que abnegadamente
serve.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 117
e 118)