Luís Patrício Miranda de Avillez
Alferes Mil.º de Infantaria
'Comando', n.º 00617070
Angola:
15Fev a 11Jul1971:
Centro de
Instrução de Comandos
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Região
Militar de Angola
«CONSTANTE E FIEL» - «AO
DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE»
Moçambique:
20Jul1971 a 13Jul1973:
Comandante
de Grupo de Combate da
32.ª
Companhia de Comandos
«OS SABRES»
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Medalha de Ouro de Serviços
Distintos com palma, colectiva
Luís Patrício Miranda de Avillez,
Alferes Mil.º de Infantaria
'Comando', n.º
00617070, nascido no dia 21 de Março
de 1950, em Cascais.
Em
Janeiro de 1971, Soldado-Cadete
de Infantaria
do Curso de Oficiais Milicianos
(COM) na Escola Prática de
Infantaria
(EPI - Mafra) «AD UNUM», oferece-se para
as tropas 'Comando' e marcha para o
Centro de Instrução de Operações
Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS
MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO
TEMAMOS» , onde faz provas de
avaliação para um curso de Comandos;
Em
15 de Fevereiro de 1971 embarca no
Aeródromo Base n.º 1 (AB1-Figo
Maduro) rumo à Base Aérea n.º 9 (BA9
- Luanda), acompanhado por outros 35
cadetes e numeroso grupo
de cabos-milicianos, que se juntam
no
Centro de Instrução de Comandos
(CIC – Luanda) da Região Militar de
Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» -
«AO DURO SACRIFÍCIO SE
OFERECE» aos praças entretanto
seleccionados, a fim
de iniciar
naquele Centro de Instrução (CIC/RMA) o 21.º Curso de Comandos;
Em
8 de Março de 1971 inicia naquele
Centro de Instrução de Comandos o
21.º curso de comandos;
Em 26 de
Junho de 1971 conclui a
especialidade 959-Comandos;
Em
11 de Julho de 1971 embarca em
Luanda no NTT 'Império' rumo ao
porto da Beira, na Região Militar de
Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS», como
comandante
de Grupo de Combate da 32.ª Compania
de Comandos
«OS SABRES» - «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»;
Em 9 de Agosto de 1971 a sua
subunidade inicia no noroeste de
Moçambique (Cabo Delgado) a sua
actividade operacional;
Em Julho de 1973, regressa à
Metrópole por via aérea (TAM
'Boeing-707').
Louvado por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 29
de Abril de 1974, publicado na Ordem
de Serviço
n.º 38, de 10 de Maio de 1974, do
Quartel General da Região MIlitar de
Moçambique;
Agraciado, com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 1 de Junho
de 1974, publicado Ordem do Exército
n.º 15 – 2.ª série, de 1974;
Agraciado com a
Medalha de
Ouro de Serviços Distintos com
palma, colectiva,
publicado na Ordem do Exército n.º
21 - 2.ª série, de 25 de Agosto de
1978.
Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando
LUÍS PATRÍCIO MIRANDA DE AVILLEZ
32.ª CCmds —
CIOE
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição
do Despacho publicado na OE n.º 15 -
2.ª série, de 1974.
Agraciado, com a Cruz de Guerra
de 3.ª classe, nos termos do artigo
20.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
566/71, de 20 de Dezembro de 1971,
por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 01
de Junho de 1974, o Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando,
Luís Patrício Miranda de Avillez, da
32.ª Companhia de Comandos — Centro
de Instrução de Operações Especiais.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 38, de 10 de
Maio de 1974, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique):
Por seu despacho de 29Abr74, louvou
o Alferes Miliciano de Infantaria,
Comando, Luís Patrício
Miranda de Avillez, porque, ao longo
de dois meses
[dois
anos] de comissão na Região
Militar de Moçambique, como
comandante de Grupo de Combate,
sempre revelou um espírito de missão
e determinação fora do vulgar,
conseguindo conduzir o seu Grupo a
resultados muito positivos.
Oficial extremamente corajoso e
desembaraçado, dotado de excelentes
qualidades de comando de tropas em
campanha, incutiu nos seus homens
uma forte disciplina, notável
sentido de missão e elevado espírito
de corpo, tornando o seu Grupo de
Combate extraordinariamente coeso,
determinado e agressivo, actuando
sempre com assinalável eficiência em
combate e demonstrando grande
coragem e sangue-frio, decisão,
desprezo pela vida e serena energia
debaixo de fogo.
Da actividade operacional que o seu
grupo desenvolveu, com muito mérito,
sob o seu comando, são de salientar
as operações "Barrela", "Botija 2",
"Búzio", "Orchata", "Linda" e
"Sitiador", tendo revelado elevada
capacidade para este tipo de guerra.
É de salientar a sua acção de
comando na operação "Botija 2" em
que, mercê da sua imaginação,
persistência e decisão, conseguiu
numa zona com muita população e em
que a surpresa foi perdida no
primeiro dia da operação, actuar com
sucesso sobre a base, tendo o
inimigo fugido desordenadamente, com
baixas e abandonado material.
Também na operação "Sitiador, o
Alferes Avillez voltou a revelar as
suas qualidades de comando e
combatente, pela maneira decidida e
enérgica como conduziu o seu Grupo
de Combate contribuindo assim para
os bons resultados obtidos.
Militar inteligente, consciencioso,
serenamente agressivo, soube pôr
todas as suas faculdades ao serviço
das missões operacionais do seu
Grupo, ocupando sempre as posições
da frente, levando os seus homens a
vencer as dificuldades e situações
adversas e desenvolvendo neles o
desejo de obter resultados
compensadores, afirmando-se assim um
excelente condutor de homens.
Pelos actos extraordinários de
abnegação e valentia, deve o Alferes
Avillez ser apontado como um exemplo
altamente dignificante e os seus
serviços serem considerados como
honrosos e prestigiantes para o
Exército que tão abnegadamente
serviu.