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Condecorações

José de Almeida Marques, Furriel Mil.º de Artilharia, CArt1626: Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 146, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 2, pág.s 221 e 222, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 102, pág. 6, de Junho de 1968

Imagens dos distintivos cedidas porCarlos Coutinho

 

 

José de Almeida Marques

 

Furriel Mil.º de Artilharia

 

Companhia de Artilharia 1626

 

«HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA»

 

Moçambique: 29Nov1966 a 19Nov1968

 

Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

Prémio 'Governador-Geral' de Moçambique

 

 

José de Almeida Marques, Furriel Mil.º de Artilharia.


Mobilizado pelo Regimento de Artilharia de Costa (RAC - Oeiras) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Artilharia 1626 «HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA», no período de 29 de Novembro de 1966 a 19 de Novembro de 1968.

 

Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

 

Furriel Miliciano de Artilharia

JOSÉ DE ALMEIDA MARQUES

 

CArt1626 - RAC

MOÇAMBIQUE

 

3.ª CLASSE

 

Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 9 – 3.ª série, de 1968.

 

Por Portaria de 1 de Março de 1968:

 

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique:

 

O Furriel Miliciano de Artilharia, José de Almeida Marques, da Companhia de Artilharia n.º 1626 do Regimento de Artilharia de Costa (RAC).

 

Transcrição do louvor que originou a condecoração.

 

(Publicado na OS n.º 88, de 04 de Novembro de 1967, do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):

 

Louvado o Furriel Mil, José de Almeida Marques, da da Companhia de Artilharia n.º 1626 do Regimento de Artilharia de Costa (RAC), pela extraordinária coragem, decisão e serena energia debaixo de fogo que demonstrou durante a operação "Vendaval", quando do ataque à Base de Namarica, expondo-se sempre ao fogo intenso do inimigo, progredindo e galvanizando os seus homens com brados de incitamento, muito contribuindo com a sua acção para pôr o inimigo em debandada.

 

Na operação "Xeque-Mate", novamente se distinguiu no assalto à Base de Punhala, chegando a envolver-se em combate corpo-a-corpo com um elemento inimigo que abateu, capturando-lhe a arma de que era apontador.

 

Este graduado que já se revelara militar extraordinariamente disciplinado e disciplinador, pela sua combatividade, fortaleza de animo, determinação inabalável em combate e valentia debaixo de fogo inimigo, demonstrou possuir elevadas qualidades de comando em campanha, que o impõem à consideração dos seus superiores e muito honram as tradições do Exército Português.

 

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Jornal do Exército, ed. 102, pág. 6, de Junho de 1968

 

Furriel Mil.º José de Almeida Marques

 

Louvado «pela extraordinária coragem, decisão e serena energia debaixo de fogo inimigo demonstradas no decorrer da Operação Namarica, expondo-se sempre por tal forma no decorrer da acção que pelo seu exemplo conseguiu galvanizar os seus companheiros, os quais, sob o efeito dos seus incitamentos e atitudes, actuaram por tal forma que o inimigo debandou desordenadamente.

 

Noutra Operação, revalidou as suas altas qualidades de combatente, abatendo um elemento inimigo em luta corpo-a-corpo e apoderou-se da sua arma.

 

Pela sua combatividade, força de ânimo e determinação inabalável tem-se revelado um extraordinário condutor de homens em campanha.»


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Companhia de Artilharia N.º 1626


Identificação:
CArt1626


Unidade Mobilizadora:
Regimento de Artilharia de Costa (RAC – Oeiras)


Comandante:
Capitão Mil.º Eduardo de Almeida Nogueira Coelho
(Cruz de Guerra de 3.ª classe)


Divisa:
"Honra, Glória, Pátria"


Partida:
Embarque no dia 9 de Novembro de 1966, no NTT «Império»; Desembarque no dia 29 de Novembro de 1966, em Nacala (Moçambique)


Regresso:
Embarque no dia 19 de Novembro de 1968, no NTT «Niassa); Desembarque no dia 18 de Dezembro de 1968, em Lisboa


Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala, no dia 29 de Novembro de 1966.


Foi colocada no Muôco, sob o comando operacional do Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893), que sedeado em Marrupa (subsector ERU), fora rendido pelo Batalhão de Caçadores 1906 (BCac1906), em Março de 1967, e transferido para Maúa, a fim de assumir a responsabilidade de novo subsector (EUA), criado à custa da divisão do 1.°. Em virtude do Muôco ficar integrado no novo subsector de Maúa, manteve a subordinação operacional ao Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893).


Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de
 

Namarica,
Napuruja e
Matoto e dos rios
Lugenda,
Luchire,
Nahopa,
Macequesse e
Uriate,


nomeadamente as operações
 

"Gavião",
"Javali",
"Põe-te a Pau",
"Cuco",
"Dobradiça",
"Impala",
"Zambeze",
"Capim Alto" e
"Cobra".


Participou entre outras, em:
 

"Salado" (entre a margem direita do rio Lugenda e monte Chevalama, na região de Muôco),
"Ourique" (região de Révia),
"Buçaco" (regiões de Révia e Mantia),
"Pica Pau" (margem direita do rio Lugenda a W de Révia),
"Vendaval" (zona do rio Minhange a NE de Belém),
"Cheque Mate" (imediações do rio Luchire).
 

De salientar os resultados das duas últimas (destruição das bases Namarica na 1.ª e Punhala na 2.ª, baixas ao inimigo, captura de material de guerra e recuperação de população, que se encontrava sob controle do inimigo.


Estabeleceu permanente contacto com a população prestando-lhe assistência medicamentosa, designadamente das regiões de


Matoto,
Namarica,
Muitetere,
Minicua,
Punhala,
Intepo,
Namicunde,
Maguma e
Umpuhua.

 

Rendida no Muôco pela Companhia de Caçadores 1798 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1798/BCac1935), instalou-se em Nipepe a 8 de Novembro de 1967 sob o comando do Batalhão de Caçadores 1935 (BCac1935), que, naquele mês, rendera em Maúa, o Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893). Rendeu a Companhia de Artilharia 1596 do Batalhão de Artilharia 1893 (CArt1596/BArt1893).


Em 23 de Dezembro de 1967, foi rendida em Nipepe, pela Companhia de Caçadores 1796 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1796/BCac1935), e colocado em Vila Cabral, na situação de intervenção do comando do Sector A, ali sedeado.


Submetida a intensa actividade operacional, deslocou-se para:


Catur e Massangulo (de Janeiro a Fevereiro de 1968).


Efectuou operações junto à fronteira com o Malawi, nomeadamente:
 

"Pantera",
"Hiena",
“Leão",
"Impala",
"Chacal",
"Tigre",
"Pacaça",
"Búfalo",
"Leopardo" e
"Lince".
Participou ainda nas operações
"Caiena" e "Certima" (picada de Cuizimba) e
"Cambra" (zona do rio Lucumesi).
Malapísia (de 6 a 27 de Março de 1968).


Participou em operações numa vasta zona a sul de Vila Cabral, nomeadamente:
 

"Varoza",
"Távora",
"Tua",
"Tuela",
"Sabor",
"Sousa",
"Lima" e
"Homem".


Muembe (de 9 de Abril a 6 de Junho de 1968).


Efectuou várias operações nas imediações de Muembe designadamente:


"Pereira Leite",
"Morgado Alves",
"Eduardo Coelho",
"Almeida Marques",
"Rodrigues Miguel",
"Torres Ribeiro",
"Viriato Grande" e
"Vieira Dias".


Em 6 de Junho de 1968 aquartelou no Catur, onde foi rendida pela Companhia de Cavalaria 2391 (CCav2391), a 17 daquele mês e transferida para Errego. Rendeu a Companhia de Caçadores 1552 do Batalhão de Caçadores 1889 (CCac1552/BCac1889).


Guarneceu Namarroi com um pelotão. Sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 1891 (BCac1891), até Agosto de 1968 e de Batalhão de Caçadores 1934 (BCac1934) (rendeu o 1.º em Vila Junqueiro - subsector DGR), a actividade operacional, consistia em patrulhamentos e contacto com a população e autoridades gentílicas em acção educativa e psicossocial nomeadamente das regiões de


Errego,
Macaba,
Mogudo,
Correia,
Sinuco,
Niaga,
Mulevala,
Irriba,
Socone,
Muconha,
Lipali,
Camba,
Tebo,
Regone,
Murrua,
Mocapola,
Maquiringa,
Carvalho,
Mutuela,
Sicote,
Namarroi,
Nampevo,
Mutuali,
Cacativa,
Inlugo,
Mepeia,
Mucanga,
Malucuela,
Mecopela,
Mutuasse,
Mugulama,
Marata,
Lua,
Munhanha,
Namaja,
Cuelele,
Barrone e
Mirone.


Foi rendida em Errego (Novembro de 1968), pela Companhia de Caçadores 1803 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1803/BCac1937).

 

 

 

 

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