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Condecorações

José de Almeida Marques, Furriel Mil.º de Artilharia, CArt1626: Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

 

 

 

José de Almeida Marques

 

Furriel Mil.º de Artilharia

 

Companhia de Artilharia 1626

«HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA»

 

Moçambique: 29Nov1966 a 19Nov1968

 

Cruz de Guerra de 3.ª classe

 

Louvor Individual

 

Prémio Governador-Geral de Moçambique

 

José de Almeida Marques, Furriel Mil.º de Artilharia;


Mobilizado pelo Regimento de Artilharia de Costa (RAC - Oeiras) «MOSTRANDO A RUDA FORÇA QUE SE ESTIMA» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique;


No dia 9 de Novembro de 1966, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Império’, integrado na integrado na Companhia de Artilharia 1626 (CArt1626) «HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA», rumo ao porto de Nacala, onde desembarcou no dia 29 de Novembro de 1966;


A sua subunidade de artilharia, comandada pelo Capitão Mil.º Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, após o desembarque, foi colocada em Muôco, sob o comando operacional do Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS», que sedeado em Marrupa (subsector ERU), fora rendido pelo Batalhão de Caçadores 1906 (BCac1906) «NON NOBIS», em Março de 1967, e transferido para Maúa, a fim de assumir a responsabilidade de novo subsector (EUA), criado à custa da divisão do primeiro;

 

Em virtude do Muôco ficar integrado no novo subsector de Maúa, manteve a subordinação operacional ao Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»;

 

Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Namarica, Napuruja e Matoto e dos rios Lugenda, Luchire, Nahopa, Macequesse e Uriate nomeadamente as operações "Gavião", "Javali", "Põe - te a Pau", "Cuco", "Dobradiça", "Impala", "Zambeze", "Capim Alto" e "Cobra";

 

Participou entre outras, em: "Salado" (entre a margem direita do rio Lugenda e monte Chevalama, na região de Muôco), "Ourique" (região de Révia), "Buçaco" (regiões de Révia e Mantia), "Pica Pau" (margem direita do rio Lugenda a W de Révia), "Vendaval" (zona do rio Minhange a NE de Belém), "Cheque Mate" (imediações do rio Luchire);

 

De salientar os resultados das duas últimas (destruição das bases Namarica na primeira e Punhala na segunda, baixas ao inimigo, captura de material de guerra e recuperação de população, que se encontrava sob controle do inimigo);

 

Estabeleceu permanente contacto com a população prestando-lhe assistência medicamentosa, designadamente das regiões de Matoto, Namarica, Muitetere, Minicua, Punhala, Intepo, Namicunde, Maguma e Umpuhua;


Louvado por feitos em combate no teatro de operações de Moçambique, publicado Ordem de Serviço n.º 88, de 04 de Novembro de 1967, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique;


A sua subunidade foi rendida no Muôco pela Companhia de Caçadores 1798 (CCac1798) do Batalhão de Caçadores 1935 (BCac1935) «OS GALGOS – SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», instalou-se em Nipepe a 08 de Novembro de 1967 sob o comando do Batalhão de Caçadores 1935 (BCac1935) «OS GALGOS – SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», que, naquele mês, rendera em Maúa, o Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»;

Rendeu a Companhia de Artilharia 1596 (CArt1596) do Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»;

 

Em 23 de Dezembro de 1967, foi rendida em Nipepe, pela Companhia de Caçadores 1796 (CCac1796) do Batalhão de Caçadores 1935 (BCac1935) «OS GALGOS – SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», e colocado em Vila Cabral, na situação de intervenção do comando do Sector A, ali sedeado;

 

Submetida a intensa actividade operacional, deslocou-se para:


- Catur e Massangulo (Janeiro e Fevereiro de 1968):

 

Efectuou operações junto à fronteira com o Malawi, nomeadamente: "Pantera", "Hiena", "Leão", "Impala", "Chacal", "Tigre", "Pacaça", "Búfalo", "Leopardo" e "Lince";

Participou ainda nas operações "Caima" e "Certima" (picada de Cuizimba) e "Cambra" (zona do rio Lucumesi).


- Malapísia (de 06 a 27 de Março de 1968):

 

Participou em operações numa vasta zona a sul de Vila Cabral, nomeadamente: "Varoza", "Távora", "Tua", "Tuela", "Sabor", "Sousa", "Lima" e "Homem".


- Muembe (de 09 de Abril a 06 de Junho de 1968):

 

Efectuou várias operações nas imediações de Muembe designadamente: "Pereira Leite", "Morgado Alves", "Eduardo Coelho", "Almeida Marques", "Rodrigues Miguel", "Torres Ribeiro", "Viriato Grande" e "Vieira Dias";


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe, pela Portaria de 01 de Março de 1968, publicada na Ordem do Exército n.º 9 – 3.ª série, de 1968:


Furriel Miliciano de Artilharia
JOSÉ DE ALMEIDA MARQUES
 

CArt1626 - RAC
MOÇAMBIQUE
 

3.ª CLASSE


Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 9 – 3.ª série, de 1968.


Por Portaria de 01 de Março de 1968:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique:


O Furriel Miliciano de Artilharia, José de Almeida Marques, da Companhia de Artilharia n.º 1626 - Regimento de Artilharia de Costa.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 88, de 04 de Novembro de 1967, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique):


Louvado o Furriel Mil.º José de Almeida Marques, da Companhia de Artilharia n.º 1626, do Regimento de Artilharia de Costa, pela extraordinária coragem, decisão e serena energia debaixo de fogo que demonstrou durante a operação "Vendaval", quando do ataque à Base de Namarica, expondo-se sempre ao fogo intenso do inimigo, progredindo e galvanizando os seus homens com brados de incitamento, muito contribuindo com a sua acção para pôr o inimigo em debandada.


Na operação "Xeque-Mate", novamente se distinguiu no assalto à Base de Punhala, chegando a envolver-se em combate corpo-a-corpo com um elemento inimigo que abateu, capturando-lhe a arma de que era apontador.


Este graduado que já se revelara militar extraordinariamente disciplinado e disciplinador, pela sua combatividade, fortaleza de animo, determinação inabalável em combate e valentia debaixo de fogo inimigo, demonstrou possuir elevadas qualidades de comando em campanha, que o impõem à consideração dos seus superiores e muito honram as tradições do Exército Português.


Distinguido com o Prémio Governador-Geral de Moçambique, publicado no Jornal do Exército n.º 102, página 6, de Junho de 1968;


Em 06 de Junho de 1968, a sua subunidade aquartelou no Catur, onde foi rendida pela Companhia de Cavalaria 2391 (CCav2391) «CENTURIÕES», a 17 daquele mês e transferida para Errego;

 

Rendeu a Companhia de Caçadores 1552 (CCac1552) do Batalhão de Caçadores 1889 (BCac1889) «AD JUSTAM PACEM»;

 

Guarneceu Namarroi com um pelotão;

 

Sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 1891 (BCac1891) «LEAIS E VALOROSOS», até Agosto de 1968 e do Batalhão de Caçadores 1934 (BCac1934) « OS LAGARTOS» - «EFICIENTES E OPORTUNOS» (rendeu o primeiro em Vila Junqueiro - subsector DGR), a actividade operacional, consistia em patrulhamentos e contacto com a população e autoridades gentílicas em acção educativa e psicossocial nomeadamente das regiões de Errego, Macaba, Mogudo, Correia, Sinuco, Niaga, Mulevala, Iniba, Socone, Muconha, Lipali, Camba, Tebo, Regone, Murrua, Mocapola, Maquiringa, Carvalho, Mutuela, Sicote, Namarroi, Nampevo, Mutuali, Cacativa, Inlugo, Mepeia, Mucanga, Malucuela, Mecopela, Mutuasse, Mugulama, Marata, Lua, Munhanha, Namaja, Cuelele, Barrone e Mirone;

 

Foi rendida em Errego, em Novembro de 1968, pela Companhia de Caçadores 1803 (CCac1803) do Batalhão de Caçadores 1937 (BCac1937) «RES NON VERBA» - «EXCELENTE E VALOROSO»;


Em 19 de Novembro de 1968, no porto de Nacala, embarcou no NTT ‘Niassa’ de regresso à Metrópole, onde desembarcou no dia 18 de Dezembro de 1968.

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Prémio Governador-Geral de Moçambique

 

in Jornal do Exército, ed. 102, pág. 6, de Junho de 1968:

 

Furriel Mil.º José de Almeida Marques

 

Louvado «pela extraordinária coragem, decisão e serena energia debaixo de fogo inimigo demonstradas no decorrer da Operação Namarica, expondo-se sempre por tal forma no decorrer da acção que pelo seu exemplo conseguiu galvanizar os seus companheiros, os quais, sob o efeito dos seus incitamentos e atitudes, actuaram por tal forma que o inimigo debandou desordenadamente.

 

Noutra Operação, revalidou as suas altas qualidades de combatente, abatendo um elemento inimigo em luta corpo-a-corpo e apoderou-se da sua arma.

 

Pela sua combatividade, força de ânimo e determinação inabalável tem-se revelado um extraordinário condutor de homens em campanha.»

 


 

 

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