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Condecorações

Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, Capitão Mil.º de Artilharia, CArt1626: Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 215, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 2, pág.s 221 e 222, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 129, pág. 65 de Set1970

Imagens dos distintivos cedidas por Carlos Coutinho

 

 

 

Eduardo de Almeida Nogueira Coelho

 

Capitão Mil.º de Artilharia

 

Comandante da

 

Companhia de Artilharia 1626

 

«HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA»

 

Moçambique: 29Nov1966 a 19Nov1968

 

Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

 

Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, Capitão Mil.º de Artilharia, natural de Lisboa


Mobilizado pelo Regimento de Artilharia de Costa (RAC - Oeiras) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique como comandante da Companhia de Artilharia 1626 «HONRA, GLÓRIA, PÁTRIA», no período de 29 de Novembro de 1966 a 19 de Novembro de 1968.

 

Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

 

Capitão Miliciano de Artilharia
EDUARDO DE ALMEIDA NOGUEIRA COELHO
 

CArt1626 - RAC
MOÇAMBIQUE
 

3.ª CLASSE
 

Transcrição da Portaria publicada na OE N.º 16 - 2.ª série, de 1968.
Por Portaria de 30 de Julho de 1968:
 

Condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique, o Capitão de Artilharia, Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, da Companhia de Artilharia n.º 1626 — Regimento de Artilharia de Costa.

 

Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS N.º 32, de 20 de Abril de 1968, do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):

 

Que, por seu despacho de 23 de Março de 1968, louvou o Capitão Mil.º de Artilharia, Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, pela extraordinária decisão, tenacidade e serena energia debaixo de fogo que demonstrou como Comandante da Companhia de Artilharia n.º 1626, nas operações "Vendaval" e "Xeque-Mate", de ataque às bases inimigas de Namarica e Punhala.


Compenetrado da necessidade urgente de executar estes ataques exclusivamente com os próprios meios, soube imprimir à sua Companhia verdadeiro espírito ofensivo e elevado grau de combatividade, conduzi-la sob intenso fogo inimigo ao assalto daquelas duas bases, que destruiu, causando elevado número de baixas ao inimigo e capturando grande quantidade de valioso material de guerra, o que muito contribuiu para o desequilíbrio do inimigo numa região crítica para a contenção da subversão violenta, desmoralizando-o a tal ponto que perdeu o controlo das populações raptadas, chegando alguns dos seus elementos, posteriormente, a abandonar material e fugir da região.


Pela sua fortaleza de animo, elevado sentido de responsabilidade, excelente forma física e extraordinária determinação em combate, demonstrou o Capitão Mil.º Coelho, possuir qualidades de comando, em campanha, que o impõem à consideração dos seus superiores e muito honram as tradições do nosso Exército.

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Jornal do Exército, ed. 129, pág. 65 de Set1970

 

Foi condecorado com a medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe o capitão miliciano de Artilharia Eduardo de Almeida Nogueira Coelho, natural de Lisboa, «pela extraordinária tenacidade, coragem e energia debaixo de fogo com que comandou a sua companhia em diversas operações de ataque a acampamentos inimigos em Moçambique.


«Compenetrado da necessidade urgente de executar estes ataques exclusivamente com os próprios meios, soube imprimir à sua companhia verdadeiro espírito ofensivo e elevado grau de combatividade, conduzi-la sob intenso fogo inimigo ao assalto dos acampamentos que destruiu, causando elevado número de baixas ao inimigo e capturando grande quantidade de valioso material de guerra. A sua acção muito contribuiu para o desequilíbrio do inimigo numa região crítica para a contenção da subversão violenta, desmoralizando-o a tal ponto que perdeu o controlo das populações raptadas, chegando alguns dos seus elementos, posteriormente, a abandonar material e fugir da região.


«Pela sua fortaleza de ânimo, elevado sentido de responsabilidade, excelente forma física e extraordinária determinação em combate, demonstrou o capitão Coelho possuir qualidades de comando em campanha que o impõem à consideração dos seus superiores e muito honram as tradições do nosso Exército.»

 


 

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Companhia de Artilharia N.º 1626


Identificação:
CArt1626

 

Unidade Mobilizadora:

Regimento de Artilharia de Costa (RAC - Oeiras)
 

Comandante:
Capitão Mil.º Eduardo de Almeida Nogueira Coelho
 

Divisa:
"Honra, Glória, Pátria"
 

Partida:
Embarque em 9 de Novembro de 1966. no NTT «Império»; Desembarque em 29 de Novembro de 1966


Regresso:
Embarque em 19 de Novembro de 1968, no NTT «Niassa»


Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala, a 29 de Novembro de 1966.


Foi colocada no Muôco, sob o comando operacional do Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893), que sedeado em Marrupa (subsector ERU), fora rendido pelo Batalhão de Caçadores 1906 (BCac1906), em Março de 1967, e transferido para Maúa, a fim de assumir a responsabilidade de novo subsector (EUA), criado à custa da divisão do 1.°. Em virtude do Muôco ficar integrado no novo subsector de Maúa, manteve a subordinação operacional ao Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893).

 

Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Namarica, Napuruja e Matoto e dos rios Lugenda, Luchire, Nahopa, Macequesse e Uriate nomeadamente as operações "Gavião", "Javali", "Põe-te a Pau", "Cuco", "Dobradiça", "Impala", "Zambeze", "Capim Alto" e "Cobra".


Participou entre outras, em: "Salado" (entre a margem direita do rio Lugenda e monte Chevalama, na região de Muôco), "Ourique" (região de Révia), "Buçaco" (regiões de Révia e Mantia), "Pica Pau" (margem direita do rio Lugenda a W de Révia), "Vendaval" (zona do rio Minhange a NE de Belém), "Cheque Mate" (imediações do rio Luchire).


De salientar os resultados das duas últimas (destruição das bases Namarica na 1.ª e Punhala na 2.ª, baixas ao Inimigo, captura de material de guerra e recuperação de população, que se encontrava sob controle do Inimigo.


Estabeleceu permanente contacto com a população prestando-lhe assistência medicamentosa, designadamente das regiões de Matoto, Namarica, Muitetere, Minicua, Punhala, Intepo, Namicunde, Maguma e Umpuhua.


Rendida no Muôco pela Companhia de Caçadores 1798 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1798/BCac1935), instalou-se em Nipepe a 8 de Novembro de 1967 sob o comando do Batalhão de Caçadores 1935 (BCac1935), que, naquele mês, rendera em Maúa, o Batalhão de Artilharia 1893 (BArt1893). Rendeu a Companhia de Artilharia 1596 do Batalhão de Artilharia 1893 (CArt1596/BArt1893).


Em 23 de Dezembro de 1967, foi rendida em Nipepe, pela Companhia de Caçadores 1796 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1796/BCac1935), e colocado em Vila Cabral, na situação de intervenção do comando do Sector A, ali sedeado.


Submetida a intensa actividade operacional, deslocou-se para:


- Catur e Massangulo (Janeiro e Fevereiro de 1968). Efectuou operações junto à fronteira com o Malawi, nomeadamente: "Pantera", "Hiena", "Leão", "Impala", "Chacal", "Tigre", "Pacaça", "Búfalo", "Leopardo" e "Lince". Participou ainda nas operações "Caima" e "Certima" (picada de Cuizimba) e "Cambra" (zona do rio Lucumesi).


- Malapísia (6 a 27 de Março de 1968). Participou em operações numa vasta zona a sul de Vila Cabral, nomeadamente: "Varoza", "Távora", "Tua", "Tuela", "Sabor", "Sousa", "Lima" e "Homem".


- Muembe (9 de Abril a 6 de Junho de 1968). Efectuou várias operações nas imediações de Muembe designadamente: "Pereira Leite", "Morgado Alves", "Eduardo Coelho", "Almeida Marques", "Rodrigues Miguel", "Torres Ribeiro", "Viriato Grande" e "Vieira Dias".


Em 6 de Junho de 1968 aquartelou no Catur, onde foi rendida pela Companhia de Cavalaria 2391 (CCav2391), a 17 daquele mês e transferida para Errego. Rendeu a Companhia de Caçadores 1552 do Batalhão de Caçadores 1889 (CCac1552/BCac1889). Guarneceu Namarroi com um pelotão. Sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 1891 (BCac1891), até Agosto de 1968 e de Batalhão de Caçadores 1934 (BCac1934) (rendeu o 1.º em Vila Junqueiro - subsector DGR), a actividade operacional, consistia em patrulhamentos e contacto com a população e autoridades gentílicas em acção educativa e psicossocial nomeadamente das regiões de Errego, Macaba, Mogudo, Correia, Sinuco, Niaga, Mulevala, Irriba, Socone, Muconha, Lipali, Camba, Tebo, Regone, Murrua, Mocapola, Maquiringa, Carvalho, Mutuela, Sicote, Namarroi, Nampevo, Mutuali, Cacati-va, Inlugo, Mepeia, Mucanga, Malucuela, Mecopela, Mutuasse, Mugulama, Marata, Lua, Munhanha, Namaja, Cuelele, Barrone e Mirone.


Foi rendida em Errego (Novembro de 1968), pela Companhia de Caçadores 1803 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1803/BCac1937).

 

 

 

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