Cruz de Guerra de 3.ª classe
Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando
JOSÉ VICTOR DA SILVA BARBOSA
32ªCCmds - CIOE
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do
Exército n.º 15 – 2.ª série, de 1974.
Agraciado, com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, nos
termos do artigo 20.º do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro de
1971, por despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 15 de Maio de 1974, o Alferes
Miliciano de Infantaria Comando, José Victor da Silva
Barbosa, da 32.ª Companhia de Comandos do Centro de
Instrução de Operações Especiais.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 33, de 23 de Abril de
1974, do Quartel General da Região Militar de
Moçambique):
Por seu despacho de 8 de Março de 1974, louvou o Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando, José Victor da Silva
Barbosa, pela forma altamente eficiente como impulsionou
e dinamizou o seu Grupo de Combate, no decurso de
intensa e árdua actividade operacional em áreas
particularmente difíceis, onde actuou a sua Companhia,
evidenciando sempre excepcionais qualidades militares,
que o impuseram como chefe e combatente de grande valor,
plenamente consciente das responsabilidades e sabendo
ainda incutir, nos seus subordinados, invulgar
determinação, agressividade e elevado espírito de corpo.
Oficial extremamente corajoso e muito desembaraçado,
dotado de excelentes qualidades de comando de tropas em
campanha, soube dar ao seu Grupo de Combate uma forte
disciplina e notável sentido de missão, tornando-o uma
pequena força dentro da Companhia, verdadeiramente
coesa, determinada e agressiva que actuou sempre com
assinalável êxito cm combate.
Da actividade operacional de elevado mérito que
desenvolveu, são de salientar as operações "Bairro
Alto", "Barrela", "Moda Nova", "Talismã", "Tango
Argentino", "Rajada 4", "Falcão 6", "Brasa" e
"Trifásica", em que revelou grande coragem e
sangue-frio, decisão, desprezo pela vida e serena
energia debaixo de fogo.
De salientar a sua actuação na operação "Moda Nova" em
que, perante um inimigo fugaz e diluído que operava num
terreno totalmente favorável, conseguiu com uma manobra
serena e ardilosa iludi-lo e colher resultados
significativos.
Também na operação "Tango Argentino" o Alferes Barbosa
se destacou na sua acção de comando pois conseguiu, com
manobra imaginativa e plena de decisão, actuar sobre um
inimigo difícil, que cautelosamente manobrava a pouca
distância do estacionamento das nossas tropas e obter
resultados que desarticularam e desordenaram toda a sua
actividade na área.
Na operação "Trifásica", novamente a sua actuação se
reflectiu na condução da operação e nos resultados
obtidos que, para a zona em questão e tipo de inimigo,
são extraordinários.
Militar muito inteligente, consciencioso e decidido,
ocupando sempre as posições de maior risco, numa
inequívoca demonstração de vontade frente ao inimigo,
contagiou o seu pessoal com uma força de vontade e
desejo de obter sucessos compensadores, sabendo vencer
todas as dificuldades e situações adversas, tendo
conseguido pelo exemplo afirmar-se como excelente
condutor de homens.
Pelo que fica descrito é o Alferes Barbosa merecedor que
os seus serviços sejam tornados público e considerados
como honrosos e prestigiantes para o Exército que tão
devotadamente serviu.