Medalha por Promoção por
Distinção
Joaquim
Afonso Moreira, Capitão do SGE
'Comando' na situação de reforma;
Nasceu no
dia 6 de Setembro de 1938;
Em 5 de
Fevereiro de 1971, 2.º Sargento de
Infantaria
com o número
mecanográfico 39146459, tendo sido
em 22 de Dezembro de 1970 mobilizado
pelo Centro de Instrução de
Operações Especiais (CIOE – Lamego)
«QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS,
NÃO TEMAMOS» embarca em Lisboa no
NTT 'Vera
Cruz' rumo ao porto de
Luanda, integrado na formação
destinada ao 21.º Curso de Comandos
do Centro de Instrução de Comandos
da Região Militar de Angola (RMA)
«CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO
SACRIFÍCIO SE OFERECE»;
Em 27
de Junho de 1971 qualificado na
especialidade 959 - Comandos e
promovido a 1.º Sargento, colocado
na
32.ª
Companhia de Comandos «OS SABRES» -
«A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»
destinada a cumprir missão no norte
da Província Ultramarina de
Moçambique;
Em 11 de
Julho de 1971 no porto de Luanda
embarca com a sua Unidade no NTT
'Infante Dom Henrique', rumo ao
porto da Beira;
Em
9 de Agosto de 1971 a sua subunidade
inicia no nordeste de Moçambique
(Cabo Delgado) a sua actividade
operacional;
Louvado
por feitos em combate no teatro de
operações de Moçambique, por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 17
de Fevereiro de 1973, publicado na
Ordem de Serviço n.º 19, de 7 de
Março de 1973, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, por
despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 21 de
Abril de 1973, publicado Ordem do
Exército n.º 19 – 3.ª série, de
1973;
Em Julho de 1973, regressa à
Metrópole por via aérea (TAM
'Boeing-707');
Em 22 de
Abril de 1975 promovido por
distinção a Alferes SGE;
Agraciado com a
Medalha de
Ouro de Serviços Distintos com
palma, colectiva,
publicado na Ordem do Exército n.º
21 - 2.ª série, de 25 de Agosto de
1978.
Faleceu no
dia 16 de Julho de 2024 na Amadora, como
Capitão do SGE 'comando' na situação
de reforma;
Pelas 11:30
de 18 de Julho de 2024 funeral no
crematório de Barcarena.
Paz à sua
Alma
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Cruz de Guerra de 3.ª classe
1.º
Sargento de Infantaria, Comando
JOAQUIM AFONSO MOREIRA
32ªCCmds - BCmds -
CIOE
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do
Exército n.º 19 – 3.ª série, de 1973.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, nos termos
do artigo 20.º do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro de
1971, por despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 21 de Abril último [1973] o
1.º Sargento de Infantaria, Comando, Joaquim Afonso
Moreira, da 32.ª Companhia de Comandos / Batalhão de
Comandos - Centro de Instrução de Operações Especiais.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 19, de 07 de Março de
1973, do Quartel General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 17 de Fevereiro de 1973, louvou
o 1.º Sargento de Infantaria, Comando, Joaquim Afonso
Moreira, da 32.ª Companhia de Comandos / Batalhão de
Comandos - Centro de Instrução de Operações Especiais,
pelas invulgares qualidades de trabalho e comando
operacional que revelou durante a sua comissão na Região
Militar de Moçambique.
Designado para comandar um Grupo de Combate, tomou parte
nas operações "Barrela", "Búzio", "Botija 3", "Falcão
1", "Falcão 7", "Orchata", "Linda", "Palanca 2",
"Palanca 4" e "Rampa 4", sendo de destacar a sua
determinação e energia na forma como conduziu o Grupo
que comandava, aquando da operação "Búzio", num golpe de
mão efectuado a um acampamento terrorista, onde se
encontravam elementos inimigos armados. Ao verificar a
impossibilidade de avançar sem ser detectado, iniciou
ele próprio uma aproximação em corrida, a peito
descoberto, causando baixas e apreensão de material ao
inimigo, quando este se preparava para reagir pelo fogo.
Na operação "Palanca 4", ao ter conhecimento que
colaboradores do inimigo tentavam fugir ao contacto com
as nossas tropas, mais unia vez confirmou as suas
qualidades, explorando intensamente os refúgios inimigos
existentes que o levaram à captura dos restantes
elementos, neutralizando, assim, os meios de vida de que
os guerrilheiros dispunham naquela área, facto que
atesta o elevado rendimento operacional obtido pelo seu
Grupo de Combate.
Militar correcto, disciplinado e disciplinador,
transmitiu aos seus homens um invulgar espírito de
combatividade, levando-os com o seu dinamismo e energia
até ao limite das suas forças físicas para o cumprimento
das missões.
Extraordinariamente franco e simples, nunca regateando
esforços, é o 1.º Sargento Moreira um exemplo
característico dos "Comandos" que soube granjear a
amizade e consideração de superiores, camaradas e
subordinados.
Pela actuação realçada, pela sua coragem, decisão,
serena energia debaixo de fogo e sangue-frio, merece ser
destacado como elemento de elevado mérito nas fileiras
do Exército.