Vítor Sélcio Pinto Galhano,
Alferes Mil.º de Infantaria;
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 15 (RI15 – Tomar) «NON
NOBIS» - «FIRMES E CONSTANTES» para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 23 de Abril de 1966, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Vera Cruz’, como comandante de
pelotão da Companhia de Caçadores
1570 (CCac1570) «PÉ DESCALÇO» -
«FIRMES E CONSTANTES» - «NON NOBIS»,
rumo a Porto Amélia, onde
desembarcou no dia 14 de Maio de
1966;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo Capitão Mil.º Paul
Hans Lourenço
Muller, desembarcou em
Porto Amélia, a 14 de Maio de 1966;
foi colocada no Meluco, sob o
comando operacional do Batalhão de
Caçadores de Porto Amélia (subsector
BPA) [em Abril
de 1967, este
batalhão passou a designar-se por
Batalhão de Caçadores 14 (BCac14)
«EM GUARDA» - «FRONTEIROS DO
NORTE»]; rendeu a 1.ª Companhia
do
Batalhão de Caçadores de Nampula;
destacou um pelotão para Mataca, na
situação de reforço à Companhia de
Caçadores 804 (CCac804) «INDOMÁVEIS»
até 7 de
Outubro de 1966 e à
Companhia de Caçadores 1584
(CCac1584) «BOTA-ABAIXO», que
naquela data, rendera a
primeira em
Macomia; foi rendido em 20 de
Outubro de 1966 por um da Companhia
de Artilharia 1599 (CArt1599) «PELA
ÁTRIA LUTAR»; efectuou
patrulhamentos e nomadizações na
Serra do Mapé, regiões de Muaguide e
Ravia, floresta Namarra, Monte Nhata
e margem direita do rio Messalo;
tomou parte nas operações "Centauro
Vingador" (margem norte do rio
Messalo a sudoeste de Miteda),
"Cilindragem" efectuada sob o
comando do sector, com Posto de
Comando Avançado em Mueda, numa
extensa zona compreendida por Mueda,
Miteda, Nangololo, Muidumbe e rio
Messalo, resultando baixas inimigas,
captura de material de guerra e
destruição de dezenas de
acampamentos "Ripagem" (entre os
rios Micoca e Messalo e estrada Chai
- Macomia), "Martelada" (sul de
Miteda), "Saca Rolhas" (sul da Serra
do Mapé e regiões de Coveque,
Mitumba e Darumba) e "Finalmen-te"
(zona limitada por: a norte pelo rio
Messalo, e a oeste pela serra
Nicheua, sul pela estrada Macomia -
Mucojo e a este
pela orla marítima);
foram destruídos muitos acampamentos
e capturado material de guerra e
outro; rendida pela Companhia de
Caçadores 1670 (CCac1670) dp
batalhão de Caçadores 1907
(BCac1907) «ORDEM PARA CUMPRIR», foi
transferida em 10 de Maio de 1967
para Lourenço Marques, onde rendeu a
Companhia de Cavalaria 755
(CCav755);
subordinada ao Comando da
Defesa de Lourenço Marques
(COMDELM), a actividade da Companhia
consistia em patrulhamentos e
contacto com a população; foi
rendida em Lourenço Marques, em Maio
de 1968, pela Companhia de Cavalaria
1601 (CCav1601) «É PARA JÁ».
Agraciado com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique,
publicado no Jornal do Exército n.º
97,
página 31, de Janeiro de 1968:
“Alferes
Miliciano Vítor Sélcio Pinto Galhano
«Pela maneira excepcional como tem
conduzido o seu Pelotão em todas as
circunstâncias, nomeadamente em
combate, onde sempre se tem
distinguido pela sua coragem, arrojo
e valentia.
Ocupando sempre os lugares de maior
risco, actua sempre com a maior
rapidez e oportunidade, de maneira a
obter surpresa.
Entre outras, pode citar-se a sua
acção durante a operação
CILINDRAGEM, em que à sua parte pôs
fora de combate vários terroristas,
muito contribuindo, com a sua acção,
no tocante à sua Subunidade.
Sendo disciplinado e disciplinador,
interessando-se ainda pelos assuntos
administrativos da sua Companhia,
tornou-se o Alferes PINTO GALHANO um
ótimo subalterno e pelas suas
qualidades um bom camarada, admirado
pelos seus superiores e
subordinados, merecendo que desta
forma seja com justiça realçar»”
No dia 24 de Maio de 1968, embarcou
no NTT ‘Vera Cruz’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia
13 de Maio de 1968.
Condecorado com a Medalha
Comemorativa de Comissões de
Serviços Especiais das Forças
Armadas Portuguesas, com a legenda
‘Moçambique 1966 – 68’, por despacho
de 20 de Fevereiro de 2009,
publicado na Ordem do Exército n.º 3
– 3.ª série, de 31 de Março de 2009