Valentim Pinto da Costa, Soldado de
Infantaria, n.º 00956370, da CCac3310/BCac3834
HONRA
E GLÓRIA
Fontes:
5.º Volume, Tomo IV,
pág. 193, da RHMCA /
CECA / EME
5.º Volume, Tomo IV,
pág. 344, da RHMCA /
CECA / EME
7.º Volume, Tomo III,
Livro 1, da RHMCA / CECA
/ EME
Jornal do Exército,
ed. 163, de Julho de
1973
Valentim
Pinto da Costa
Soldado de Infantaria, n.º
00956370
Companhia
de Caçadores 3310
Batalhão de Caçadores 3834
«SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS»
Moçambique: 20Fev1971 a Mar1973
2 Cruzes de Guerra, de 4.ª classe
Prémio Governador
Valentim Pinto da Costa, Soldado de
Infantaria, n.º 00956370, natural da
freguesia de Santão, concelho de
Felgueiras.
Mobilizado pelo Batalhão de
Caçadores 10 (BC10 - Chaves) para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique integrado
na Companhia de Caçadores 3310 (nota)
do Batalhão de Caçadores 3834
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», no
período de 20 de Fevereiro de 1971 a
Março de 1973.
(nota):
Companhia de Caçadores 3310
Comandantes:
Capitão de Infantaria Alcino
Alves da Costa Pina
Capitão Mil.º Graduado Francisco
Negrão Pinto de Mesquita
A Companhia de Caçadores 3310 (CCaç
3310) desembarcou em Porto Amélia.
Foi colocada em Omar, onde rendeu
a Companhia de Caçadores 2621 do
Batalhão de Caçadores 2894 (CCaç
2621/BCaç 2894).
De 19 de Abril de 1971 a 11 de
Novembro de 1971, esteve reforçada
com dois pelotões da Companhia de
Caçadores 2793 (C Caç 2793), sedeada
em Mocímboa do Rovuma.
De Março de 1971 a Março de 1972,
numa zona de subversão muito activa,
através de frequentes flagelações ao
aquartelamento com Morteiros 82mm (Mort
82mm) e Canhões Sem Recuo (Canh SR),
emboscadas e implantação de grande
quantidade de engenhos explosivos no
itinerário Omar-Mocímboa do Rovuma,
o esforço operacional da Companhia,
incidia prioritariamente na abertura
daquele itinerário (detectadas e
destruídas ou desactivadas muitas
minas — algumas causaram baixas às
NT), patrulhamentos e nomadizações
frequentes na zona de infiltração do
Kilido e vale do rio Nange,
efectuando, entre outras, as
operações "Bombordo 8, 12 e 19".
Participou nas operações "Olho Vivo
14 e 25", "Bombordo 14" e "Badanal".
Em Março de 1972, foi rendida pela
Companhia de Caçadores 3495 do
Batalhão de Caçadores 3874 (CCaç
3495/BCaç 3874) e transferida para
Toma do Nairoto, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 2664 do
Batalhão de Caçadores 2907 (CCaç
2664/BCaç 2907). Guarneceu com 1
pelotão o destacamento de Luma.
De Março de 1972, até final da
comissão, executou, entre outras, as
operações: "Luneta 8" (região de
Natuto), "Opala 8" (região de
Licuera) e "Luneta 16" (vale do rio
Rarena).
Foi rendida em Toma do Nairoto
(Fev73), pela Companhia de Caçadores
3396 do Batalhão de Caçadores 3851 (CCaç
3396/BCaç 3851).
2 Cruzes de Guerra, de 4.ª classe
Primeira:
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
Soldado
de Infantaria, n.º 00956370
VALENTIM PINTO DA COSTA
CCac 3310/BCac 3834 — BC 10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na OE n.º 27 - 3.ª série, de 1972.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do art.º 20.º
do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71,
de 20 de Dezembro de 1971, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 20
de Maio de 1972, o Soldado n.º
00956370, Valentim Pinto da Costa,
da Companhia de Caçadores
3310/Batalhão de Caçadores 3834 —
Batalhão de Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 24, de 25 de
Março de 1972, do QG/RMM ):
Que, por seu despacho de 16Mar72,
louvou o Soldado n.º 00956370,
Valentim Pinto da Costa, da
Companhia de Caçadores 3310/Batalhão
de Caçadores 3834 — Batalhão de
Caçadores n.º 10, porque, na
operação "Lastro 1", seguindo na
viatura da frente, da qual foi
projectado a distância por efeito do
accionamento de uma mina, que a
danificou, apesar de se encontrar
debaixo de fogo do inimigo
emboscado, voltou para cima da sua
viatura e, ocupando o seu lugar,
empunhou a metralhadora que lhe fora
confiada e reagiu ao fogo do
adversário, contribuindo decidamente
para a fuga precipitada do inimigo.
De uma intrepidez invulgar, de que
já tinha dado provas anteriormente
na operação "Olho Vivo 30", o que
lhe mereceu em devido tempo ser
louvado pelo seu comandante de
Batalhão, o Soldado Pinto da Costa
mais uma vez revelou um alto sentido
do dever, coragem, decisão,
sangue-frio e serena energia debaixo
de fogo, honrando-se em frente ao
inimigo.
Soldado
de Infantaria, n.º 00956370
VALENTIM PINTO DA COSTA
CCac 3310/BCac 3834 — BC 10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na OE n.º 19 - 3.ª série, de 1973.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do art.º 20.º
do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71,
de 20 de Dezembro de 1971, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 22
de Março de 1973, o Soldado n.º
00956370, Valentim Pinto da Costa,
da Companhia de Caçadores
3310/Batalhão de Caçadores n.° 3834
— Batalhão de Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 15, de 21 de
Fevereiro de 1973, do QG/RMM):
Que, por seu despacho de 13Fev73,
louvou o Soldado n.º 00956370,
Valentim Pinto da Costa, da CCac
3310/BCac 3834 — BC 10, pela maneira
corajosa, enérgica e decidida como
se comportou em duas emboscadas
sofridas pelas nossas tropas,
efectuadas por forças muito
superiores e bem armadas, durante
uma missão de escolta a uma viatura
de reabastecimento.
Durante a primeira emboscada, apesar
da surpresa do desencadeamento do
ataque, de pé, em cima da viatura,
fez o Soldado Pinto da Costa nutrido
fogo com a sua arma automática, até
à retirada do inimigo. No interregno
dos dois ataques, auxiliou um
camarada ferido e deu protecção ao
material e aos outros militares.
Aquando da segunda emboscada,
novamente reagiu com notável
valentia e, mesmo depois de ferido,
continuou a fazer fogo, incitando os
seus companheiros com o seu exemplo
e as suas palavras e contribuindo em
muito para impedir que o inimigo
fizesse o assalto, sendo obrigado a
retirar.
Com o seu comportamento revelou o
Soldado Pinto da Costa, mais uma
vez, as suas inatas qualidades de
combatente, serena energia debaixo
de fogo, coragem, decisão,
sangue-frio e desprezo pelo perigo,
qualidades estas que o honram frente
ao inimigo, merecendo a consideração
dos superiores e camaradas e o
respeito da Nação.