HONRA E GLÓRIA |
Elementos cedidos por um
colaborador do portal UTW |
Raul
Manuel Moreira da Luz
Alferes Mil.º de Infantaria
'Comando'
Centro
de Instrução de Comandos da Região
Militar de Angola
Angola:
8 de Maio
a 12 de Agosto de 1969
21.ª
Companhia de Comandos
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique:
11 de
Setembro de 1969 a 19 de Agosto de 1971
Cruz
de Guerra, colectiva, de 1.ª classe
Cruz de
Guerra, de 3.ª classe
Raul
Manuel Moreira da Luz, Alferes Mil.º de
Infantaria ‘Comando’.
Mobilizado
pelo Centro de Instrução de Operações
Especiais (CIOE - Lamego) «QUE OS
MUITOS, POR
SEREM
POUCOS, NÃO TEMAMOS» para servir
Portugal nas Províncias Ultramarinas de
Angola e Moçambique;
No
dia 26 de Abril de 1969 embarca na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, com destino ao porto de Luanda,
a fim de ser colocado no Centro de
Instrução de Comandos (CIC) «A SORTE
PROTEGE
OS AUDAZES» da Região Militar de Angola
(RMA) «CONSTANTE E FIEL»;
No
dia 8 de Maio de 1969 inicia o 15.º
Curso de Comandos;
No dia 12 de Agosto1969 é qualificado
com a especialidade 959-Comandos, fica
integrado na 21.ª Companhia de Comandos
(21ªCCmds) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»,
como comandante de Grupo de Combate;
No
dia 27 de Agosto de 1969 embarca em
Luanda com a sua unidade no NTT
'Império' rumo ao porto de Porto Amélia, a fim
de servir na Província Ultramarina de
Moçambique;
No
dia 11 de Setembro de 1969 desembarca no
porto de destino e marcha com a sua
unidade para o Centro de Instrução de
Comandos (CIC) «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES» da Região Militar de Moçambique
(RMM) «CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»,
aquartelado em Montepuez;
No
dia 1 de Outubro de 1969, com a 21.ª
Companhia de Comandos (21ªCCmds) inicia
a sua actividade operacional na
Província Ultramarina de Moçambique;
No dia 19 de Agosto de 1971, por ter
terminado a sua comissão de serviço,
embarca num NTT de regresso à Metrópole;
Louvado e condecorado com a Medalha da
Cruz de Guerra de 3.ª classe, por
despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 5 de Abril de
1971, publicado na Ordem de Serviço n.º
83, de 13 de Outubro de 1971, do Quartel
General da Região Militar de Moçambique
e Ordem do Exército n.º 11 – 2.ª série,
de 1972;
Agraciado com a
Medalha da Cruz de
Guerra, colectiva, de 1.ª classe,
conforme Aviso (extracto) n.º 7722/2014,
publicado no Diário da República, n.º
127/2014, Série II, de 4 de Julho de
2014.
Cruz de
Guerra, de 3.ª classe
Alferes
Miliciano de Infantaria, Comando
RAUL MANUEL MOREIRA DA LUZ
21ªCCmds/CICmds (RMA)
MOÇAMBIQUE
3.ª
CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na Ordem do Exército n.º 11 – 2.ª série,
de 1972.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, nos termos do artigo 20.º do
Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 566/71, de
20 de Dezembro de 1971, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, de 5 de Abril de 1972, o
Alferes Miliciano de Infantaria,
Comando, Raul Manuel Moreira da Luz, da
21.ª Companhia de Comandos, do Centro de
Instrução de Comandos da Região Militar
de Angola e destacada na Região Militar
de Moçambique.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 83,
de 13 de Outubro de 1971, do Quartel
General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 1 de Outubro de
1971, louvou o Alferes Mil.º de
Infantaria, Comando, Raul Manuel Moreira
da Luz, da 21.ª Companhia de Comandos,
do Centro de Instrução de Comandos da
Região Militar de Angola, pelo modo como
ao longo de toda a sua comissão, de
vinte e quatro meses, conduziu os homens
do seu Grupo, nas operações em que
tornou parte, nas quais mostrou grandes
qualidades de decisão, agressividade,
sangue-frio e serena energia debaixo de
fogo, aliadas a grande espírito de
sacrifício.
Caracterizado pela regularidade da sua
actuação, em todas as operações que
realizou, entregou-se devotadamente ao
cumprimento da missão, acorrendo aos
locais de maior risco, galvanizando os
seus homens, num alarde de destemor
contagioso, que fizeram do Alferes Luz
um constante exemplo a seguir.
Pelo seu trato afável e compreensão das
características dos seus soldados,
conseguiu ver-se muito estimado por eles
e criou no seu Grupo de Combate um muito
forte espírito de corpo que ajudou a que
constituísse uma valiosa força
combatente.
Embora a sua acção fosse notada em todas
as operações, recorda-se a desenvolvida
nas Operações "Lotus 3", "Determinação"
e "Sereia 32". Nas duas primeiras, à
frente dos seus homens, galvanizando-os
pelo entusiasmo e pelo exemplo, carregou
sobre grupos inimigos que haviam
emboscado as suas forças, do que
resultou a sua fuga e apreensão do
material. Na terceira, sem que fizesse
obrigatoriamente parte da sua missão,
tomou a iniciativa de correr onde lhe
pareceu ser precisa a sua presença,
desprezando a sua própria segurança,
pois acompanhado apenas de quatro homens
procurou um grupo inimigo que, pelo
tiroteio, era em grande número e estava
fortemente armado. Além dos seus dotes
de coragem, é justo realçar o seu
espírito de sacrifício na operação
"Lotus 3" e em outras, que iniciou em
precárias condições físicas sem que
desse estado se aproveitasse para não
participar nas operações.
Por todas estas razões se apontam os
serviços do Alferes Luz, em campanha,
como muito importantes e valorosos e se
considera que os seus feitos em combate,
praticados debaixo de fogo, trouxeram
honra e glória ao Exército.