Ricardo Ângelo Pereira Benoliel,
Soldado Condutor Auto-Rodas n.º
71121667, natural da freguesia do
Alto Maé, concelho de Lourenço
Marques (Moçambique), filho de Raul
Oliveira Benoliel e de Odete
Baptista Aidos Ferreira Benoliel.
Mobilizado pela Região Militar de
Moçambique para servir Portugal
naquela Província Ultramarina
integrado no Esquadrão de Cavalaria
2 «FORÇA, ARDIL E CORAÇÃO».
Faleceu no dia 29 de Janeiro de
1968, na estrada de Mueda a
Nancatári, vítima de ferimentos em
combate, devido ao rebentamento de
16 fornilhos e emboscada.
Está sepultado na campa n.º 24364,
do talhão dos Combatentes, do
cemitério de São José de Lhanguene,
em Lourenço Marques (hoje, Maputo) -
Moçambique
Soldado,
condutor auto, n.º 71121667
RICARDO ÂNGELO PEREIRA BENOLIEL
ECav 2 - RMM
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição do Despacho publicado
na OE n.º 20 - 3.ª série de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado Decreto n.º 35
667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 04
de Junho de 1968:
O Soldado, condutor auto, n.º
71121667, Ricardo Ângelo Pereira
Benoliel, do Esquadrão de Cavalaria
n.º 2, a título póstumo.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 14, de 05 de
Abril de 1968, do Comando de Sector
B):
Louvado, a título póstumo, o Soldado
condutor auto, n.º 71121667, Ricardo
Ângelo Pereira Benoliel, do
Esquadrão de Cavalaria n.º 2, da
Região Militar de Moçambique, por
sempre ter revelado possuir
qualidades de coragem, decisão,
serena energia debaixo de fogo e
sangue-frio em frente do inimigo,
nomeadamente no dia 21 de Setembro
de 1967, no decorrer da operação
"Tufão IV", em que mais uma vez se
ofereceu para o assalto à "Loko
Branch Chipungo" que foi destruída
com a captura de material e baixas
infligidas ao inimigo.
Também, e novamente, ofereceu-se
para acorrer a Nancatari, quando da
acção de socorro ao segundo ataque
do inimigo, no dia 29 de Janeiro de
1968, conduzindo, voluntariamente, a
primeira viatura. Ao passar no local
onde estava montada uma fortíssima
emboscada inimiga, que comandou à
distância o accionamento de
dezasseis fornilhos, a sua viatura
foi seriamente atingida e o Soldado
Benoliel ficou gravemente ferido.
Com a sua arma destruída,
impossibilitado de ripostar ao fogo
inimigo que estava concentrado
fortemente na sua viatura, não se
deixou desanimar procurando até
incitar os seus camaradas à luta,
embora as forças fossem gradualmente
faltando, vindo a falecer horas
depois de ser evacuado.
Os serviços prestados ao Esquadrão
de Cavalaria 2, ao Exército e à
Pátria, pelo Soldado Benoliel,
ficarão bem presentes para sempre na
nossa memória.