Luís António Andrade Âmbar, Alferes
de
Cavalaria: Cruz de Guerra de 1.ª classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Luís
António Andrade Âmbar
Alferes de Cavalaria, n.º
00530363
Companhia de Caçadores 1560
«LEOPARDOS»
Batalhão de Caçadores 1891 «LEAIS E
VALOROSOS»
Moçambique: 21Mai1966 a
25Jul1967 (data do falecimento)
Cruz de Guerra, de
1.ª classe
(Título póstumo)
Louvor Individual
(Título póstumo)
Luís
António Andrade Âmbar, Alferes de
Cavalaria, n.º 00530363, natural da freguesia de
São Pedro, concelho de Ponta Delgada (Açores),
filho de Aires Virgílio do Rêgo Âmbar e de Maria
Justina Banha de Andrade Âmbar, solteiro.
Em 1963 ingressa na Academia
Militar como cadete-aluno n/m 00530363;
Em Março de 1966, finalista do curso de cavalaria da
Academia Militar, colocado na Escola Prática de
Cavalaria (EPC - Santarém) para frequentar o
tirocínio, findo o qual é promovido a
aspirante-a-oficial de cavalaria;
Em 28
de Agosto de 1966 promovido a alferes de cavalaria;
Em 13 de Janeiro de 1967, tendo sido mobilizado pela
Escola Prática de Cavalaria (EPC - Santarém),
em comissão de regime individual, para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique,
embarca rumo a Nacala, de onde marcha para o
noroeste distrital do Niassa, ficando colocado
como comandante de pelotão da
Companhia de Caçadores 1560 (CCac1560)
«LEOPARDOS» do Batalhão de Caçadores
1891 (BCac1891) «LEAIS E VALOROSOS»
aquartelada em Maniamba;
Na 3.ª feira, dia 25 de Julho de 1967, participa na Operação
"Sobe-Sobe"
e efectua na serra do Juzagombe (região de
Maniamba) um golpe-de-mão
sobre acampamento inimigo, tendo logo de início da
acção sido mortalmente atingido no ventre pela
deflagração de uma granada;
Está inumado no cemitério do Alto
de São João, em Lisboa;
Paz à sua Alma
Em 25 de Junho de 1968, louvado e agraciado, a título
póstumo,com a Medalha da Cruz de Guerra de 1ª
classe, por relevantes actos em combate,
publicado na Ordem do Exército n.º 16, 2.ª
série, de 1968
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Cruz de Guerra, de 1.ª classe
(Título póstumo)
Alferes
de Cavalaria
LUÍS ANTÓNIO ANDRADE ÂMBAR
CCac1560/BCac1891 - RI 16
MOÇAMBIQUE
1.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 16 - 2.ª série, de 1968.
Por Portaria de 25 de Junho de 1968:
Condecorado, a título póstumo, com a Cruz
de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e
10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em acções de combate na
Província de Moçambique, o Alferes de Cavalaria, Luís
António Andrade Âmbar, da Companhia de Caçadores 1560 do
Batalhão de Caçadores 1891 - Regimento de Infantaria 16.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Por portaria da mesma data, publicada naquela OE):
Louvado, a título póstumo, o Alferes de Cavalaria, Luís
António Andrade Âmbar, pela sua extraordinária coragem,
abnegação e espírito de sacrifício frente ao inimigo e
debaixo de fogo, amplamente demonstrados nas numerosas
acções de combate em que tomou parte.
Destacam-se as suas actuações na operação "Quatro
Camaradas", em que, ao receber ordem para assaltar com o
seu Grupo de Combate, em ataque frontal, as posições
dominantes donde numeroso grupo inimigo varria as nossas
tropas com intenso fogo de armas automáticas, morteiros
e lança-granadas foguete, foi o primeiro a lançar-se
imediatamente para a frente, apesar de haver cerca de
800 m de terreno a percorrer, plano, descoberto e batido
pelo fogo inimigo. A sua actuação galvanizou de tal
maneira os seus homens que estes não hesitaram em
segui-lo, conseguindo, juntamente com outro Grupo de
Combate que actuava no seu flanco direito, desalojar o
inimigo ao fim de hora e meia de violento combate.
De realçar também a sua actuação na operação
"Sobe-sobe", em que, ao preparar-se para executar um
golpe de mão a uma base inimiga e havendo sido detectado
já sobre a base, não hesitou em dar a ordem de assalto
mais cedo do que fora previsto, a fim de evitar que o
grupo inimigo se pusesse em fuga. Ao dar esta ordem de
assalto, fê-lo com plena consciência do grave perigo que
corria devido à fraca visibilidade; no entanto, não
hesitou em correr este perigo, sendo ele o primeiro a
lançar-se ao assalto à frente dos seus homens, o que lhe
custou a vida, pois foi atingido pelo fogo inimigo.
Assim, o Alferes Âmbar, com o seu heroísmo e total
espírito de missão e sacrifício, acabou por dar,
conscientemente, a sua vida pela Pátria.