Carlos Alberto da Silva Figueiredo,
Soldado de Cavalaria n.º 02036266,
da CCav1602/RC3
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
Carlos
Alberto da Silva Figueiredo
Soldado de Cavalaria n.º 02036266
Companhia de Cavalaria 1602
«NEM NA MORTE PARAMOS!» - «…NA
GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Moçambique:
23Set1966 a 16Ago1968
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
Louvor Individual
Carlos Alberto da Silva Figueiredo,
Soldado de Cavalaria n.º
02036266, natural do Montijo.
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz)
«DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 24 de Agosto de 1966, na Gare Marítima da Rocha
do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT,
integrado na Companhia de Cavalaria 1602 (CCav1602) «NEM
NA MORTE PARAMOS!» - «…NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE», rumo ao porto de Porto de Amélia,
onde desembarcou no dia 23 de Setembro de 1966;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo Capitão de Cavalaria
José Rocha de Oliveira Pinto, foi
colocada no Chai, onde rendeu a
Companhia de Artilharia 1513
(CArt1513) do Batalhão de Artilharia
1881 (BArt1881) «0MNIA OMNIBUS»;
destacou duas secções para a ponte
do rio Messalo; sob o comando do
Batalhão de Caçadores de Porto
Amélia (subsector BPA) e do Batalhão
de Caçadores 1907 (BCac1907) «ORDEM
POR CUMPRIR», que
assumira em Maio de 1967, a
responsabilidade do subsector BMC,
com sede em Macomia, criado à custa
da divisão do BPA, efectuou escoltas
a Macomia, Mataca e Moja,
patrulhamentos e nomadizações nas
localidades de Tchadular, Namurra,
Maiva, Namua, monte dos Oliveiras,
Singuidita, Caxengure, Nantomba,
Incona, Maacha margens dos rios
Messalo, Riambedo e Muirite e nos
itinerários Chai - Rucia e Chai -
ponte do rio Messalo, nomeadamente
as operações "Zero Dois" (zona da
Serração Mecânica), "Barrela"
(margem direita do rio Messalo a SW
do Chai), "Zero Um" (região da lagoa
do Chai) e "Vamos Ver" (entre a
povoação de Tuco e Serração
Mecânica); participou em:
"Cilindragem", efectuada sob o
comando do Sector B (Porto Amélia)
com Posto de Comando Avançado em
Mueda, numa extensa zona
compreendida por Mueda, Miteda,
Nangololo, Muidumbe e rio Messalo,
resultou baixas inimigas, captura de
material de guerra e destruição de
dezenas de acampamentos, "Ripagem"
(entre os rios Micoca e Messalo e
estrada Chai - Macomia), "Polinómio"
(de SW de Nambude à ponte Chai -
baixas inimigas, destruída base
Inhambane), "Razia" (SW do Chai),
"01" (margem sul do rio Messalo a W
do Chai), "02" (Serra do Mapé e
região de Nachala) e "Finalmente"
(região limitada por: N - rio
Messalo, O - Serra Nicheua, S -
estrada Macomia - Mucojo e E - orla
marítima; destruídos muitos
acampamentos e capturado material de
guerra); não obstante a intensa
actividade operacional, não foi
possível evitar duas emboscadas em 7
de Julho de 1967 e 26 de Dezembro de
1967 na picada de Maiva, sofrendo
muitas baixas; rendida no Chai, em
Fevereiro de 1968, pela Companhia de
Caçadores 2323 (CCac2323) do
Batalhão de Caçadores 2837
(BCac2837), foi transferida para
Montepuez, mantendo a subordinação
operacional ao Batalhão de Caçadores
1907 (BCac1907), que no mesmo mês,
fora transferido para aquela
localidade (subsector BTZ); rendeu a
Companhia de Caçadores 1504
(CCac1504) do Batalhão de Caçadores
1878 (BCac1878); destacou um pelotão
para a ilha de Ibo; a actividade
operacional, consistia em
patrulhamentos, acção educativa e
psicológica e assistência
medicamentosa à população numa vasta
área, nomeadamente das regiões de
Piripiri, Namuno, Mualia, Napa,
Muatuca, Modjico, Nalangira,
Nancuata, Mualo, Meloco, Nicoque,
Matico, Namagere, Namanhumbir,
Naune, Metina, Nanripo, Muatela,
Chuco, Tato, Navante, Muagico,
M'Pomba, Toma, Perevere, Montepuez e
Moja; foi rendida em Montepuez (em
Agosto de 1968), pela Companhia de
Caçadores 1669 (CCac1669) «POSSÍVEL
O IMPOSSÍVEL» do
batalhão de Caçadores 1907
(BCac1907) «ORDEM PARA CUMPRIR».
Louvado por feitos em combate na
Província Ultramarina de Moçambique,
publicado na Ordem de Serviço n.º
45, de 05 de Junho de 1968, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz
de Guerra de 4.ª classe, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 08
de Julho de 1968, publicado na Ordem
do Exército n.º 23 - 3.ª série, de
1968;
No dia 16 de Agosto de 1968, no
porto de Nacala, embarcou no NTT
‘Vera Cruz’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 4 de
Setembro de 1968
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado
de Cavalaria, n.º 02036266
CARLOS ALBERTO DA SILVA FIGUEIREDO
CCav 1602 — RC 3
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na OE n.º 23 — 3.ª série de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º, do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 08
de Julho de 1968:
O Soldado n.º 02036266, Carlos
Alberto da Silva Figueiredo, da
Companhia de Cavalaria n.º 1602 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 45, de 05 de
Junho de 1968, do QG/RMM):
Louvo o Soldado n.º 02036266, Carlos
Alberto da Silva Figueiredo, da
Companhia de Cavalaria n.º 1602,
pela sua actuação relevante quando
da emboscada que sofreu uma coluna
auto daquele Unidade que ia render o
pessoal do Posto de Vigilância N.º
11 (Nantoba), na Zona de Intervenção
Norte, de Moçambique, em 26Dez67.
Tendo sido atingida por granadas de
bazooka a Berliet em que seguia, o
que provocou mortos
[nota] e ferimentos
graves em todos os seus ocupantes, o
Soldado Figueiredo, com ambas as
pernas atingidas por estilhaços,
saltou da viatura, e, debaixo de
fogo inimigo, procurou ajudar os
feridos, recolhendo o armamento
espalhado pelo chão, ao mesmo tempo
que fazia fogo sobre as posições
inimigas, evitando um possível
assalto.
Pela sua coragem, sangue frio,
decisão, serena energia debaixo de
fogo e elevado espírito de
camaradagem, honra o Soldado
Figueiredo a sua Arma e o Exército
português.
Jornal do Exército, ed. 159, de
Março de 1978:
CONDECORADO com a medalha de Cruz de
Guerra de 4.ª classe, o soldado
Carlos Alberto da Silva Figueiredo,
natural do Montijo, pela sua
actuação relevante quando da
emboscada que sofreu uma coluna auto
que ia render o pessoal de um Posto
de Vigilância no Norte de
Moçambique.
Tendo sido atingida por granadas de
bazooka, a Berliet em que seguia, o
que provocou mortes e ferimentos
graves em todos os seus ocupantes, o
soldado Figueiredo, com ambas as
pernas atingidas por estilhaços,
saltou da viatura, e, debaixo de
fogo inimigo, procurou ajudar os
feridos, recolhendo o armamento
espalhado pelo chão, ao mesmo tempo
que fazia fogo sobre as posições
inimigas, evitando um possível
assalto.
Pela sua coragem, sangue-frio,
decisão, serena energia debaixo de
fogo e elevado espírito de
camaradagem, honra o soldado
Figueiredo a sua Arma e o Exército
Português.
Gaspar Fernando Peixoto de Bourbon,
Alferes Mil.º Atirador de Cavalaria, n.º 00306861,
natural da freguesia e concelho de Vila do Conde,
solteiro, filho de Gonçalo Manuel Peixoto de Bourbon e
de Maria Isabel Ferreira Peixoto de Boubon.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério de Santo
Estevão de Briteiros, concelho de Guimarães.
José Ferreira Pereira, Soldado Atirador
de Cavalaria, n.º 01399666, natural da freguesia da
Marinha das Ondas, concelho da Figueira da Foz,
solteiro, filho de António Pereira e de Marcolina
Ferreira.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério da freguesia de
Marinha das Ondas, concelho da Figueira da Foz.
Francisco Sales Branquinho, Soldado
Atirador de Cavalaria, n.º 01665666, natural da
freguesia de Santo Aleixo de Restauração, concelho de
Moura, solteiro, filho de Joaquim Carreira Branquinho e
de Maria Felizarda Branco.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério da freguesia de
Santo Aleixo de Restauração, concelho de Moura.
Eliziário Merendão Penedo, Soldado
Atirador de Cavalaria, n.º 01311166, natural do lugar do
Monte dos Cortes, freguesia de Figueira dos
Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo, solteiro,
filho de João Francisco Penedo e de Virgínia Maria
Brandão.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Armindo Ratinho Farinha, Soldado Atirador
de Cavalaria, n.º 01891766, natural da freguesia e
concelho de Fronteira, solteiro, filho de Manuel Farinha
e de Mariana Ratinho.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado na sepultura n.º 1948,
Talhão Militar, do cemitério de Porto Amélia,
Moçambique.
Alfredo António Canhoto Sequeira, 1.º
Cabo Atirador de Cavalaria, n.º 08851966, natural da
freguesia de Santo Ildefonso, concelho de Elvas,
solteiro, filho de José Augusto Sequeira e de Adélia
Rosário Conceição Canhoto.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Manuel Jacinto Matos, 1.º Cabo Atirador
de Cavalaria, n.º 08957066, natural do lugar de Asas
Novas, freguesia de São Bartolomeu da Serra, concelho de
Santiago do Cacém, solteiro, filho de José Jacinto e de
Leonilde de Matos.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério de São
Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém.
Carlos Alberto Viegas, Soldado Condutor
Auto-Rodas, n.º 02410165, natural da freguesia de
Lourosa, concelho de Oliveira do Hospital, solteiro,
folho de Manuel Viegas e de Dulce Assunção.
Mobilizado pelo Grupo de Companhia Trem
Auto (GCTA - Lisboa) para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique integrado no Centro de
Instrução de Condução Auto (CICA - Moçambique, no
entanto estava adido à Companhia de Cavalaria 1602.
Faleceu no dia 26 de Dezembro de 1967 na
região do Chai, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério de São Domingos
de Rana, concelho de Cascais.