António Maria Nobre, Soldado de
Infantaria, n.º 01678065
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
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HONRA E GLÓRIA
e
nota de
óbito |
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Faleceu no dia 16 de Janeiro de 2024,
na freguesia de Ermidas do Sado, concelho de Santiago do
Cacém, o
veterano
António Maria Nobre
Soldado de Infantaria, n.º 01678065
Companhia de Caçadores 1560
«LEOPARDOS»
Batalhão de Caçadores 1891
«LEAIS E
VALOROSOS»
Moçambique:
21Mai1966 a 16Ago1968
Duas Cruzes de Guerra
de 1.ª e 3.ª classes
Dois Louvores
Individuais

Cruz de Guerra de 3.ª classe
Soldado
de Infantaria, n.º 01678065
ANTÓNIO MARIA NOBRE
CCac 1560/BCac 1891 — RI 16
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 6 — 3.ª série, de 1968.
Por Portaria de 06 de Fevereiro de
1968:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província de
Moçambique, o Soldado n.º 01678065,
António Maria Nobre, da Companhia de
Caçadores n.º 1560 - Regimento de
Infantaria n.º 16.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 63, de 03 de
Dezembro de 1966, do Quartel-General
da Região Militar de Moçambique):
Louvo o Soldado n.º 01678065,
António Maria Nobre, da Companhia de
Caçadores n.º 1560, em reforço no Sector "E" por,
no dia 16Out66, no decorrer da
operação "Ou Vai ou Racha", em que a
sua Companhia tomou parte e em que
actuava como apontador de
lança-granadas foguete, depois de
atingido por um estilhaço numa coxa
e debaixo de intenso fogo inimigo
que varria a área onde se
encontrava, ter carregado e
disparado sozinho por quatro vezes o
seu Lança-Granadas Foguete sobre a principal posição
inimiga, silenciando-a, o que em
conjugação com o fogo do morteiro,
acabou por neutralizar uma emboscada
inimiga.
Apesar de ser ele o ferido mais
grave pediu para só ser socorrido em
último lugar, tendo feito
voluntariamente a pé o percurso de
vários quilómetros até ao local onde
se encontravam as viaturas, para que
o seu comandante de Secção, também
ferido, pudesse utilizar a única
maca então disponível.
Este Soldado demonstrou assim, com o
seu comportamento, possuir
qualidades de coragem em combate,
sangue frio, serena determinação e
energia debaixo de fogo, espírito de
sacrifício e elevado moral frente ao
inimigo, qualidades que muito o
honram e ao Exército a que pertence.