.

 

Início O Autor História A Viagem Moçambique Livros Notícias Procura Encontros Imagens Mailing List Ligações Mapa do Site

Share |

Brasões, Guiões e Crachás

Siga-nos

Fórum UTW

Pesquisar no portal UTM

Moçambique

António Lourenço Cordeiro, Furriel Mil.º de Infantaria, Cruz de Guerra de 3.ª classe

 

HONRA E GLÓRIA

 

António Lourenço Cordeiro

 

Furriel Mil.º de Infantaria

 

Companhia de Caçadores 1504 «NÓS OU NINGUÉM»

 

Batalhão de Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E BRAVA»

 

Moçambique: 06Fev1966 a 27Fev1968

 

 

Cruz de Guerra, 3.ª classe

 

António Lourenço Cordeiro, Furriel Mil.º de Infantaria, natural da freguesia de Regueira de Pontes, concelho de Leiria.

 

Incorporado na Escola Prática de Infantaria, em 12 de Setembro de 1964 e colocado no Batalhão de Caçadores 10 (BC10 - Chaves), com a especialidade de atirador

 

 

Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 16 (RI16 - Évora) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1504 (nota) «NÓS OU NINGUÉM» do Batalhão de Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E BRAVA», no período de 6 de Fevereiro de 1966 a 27 de Fevereiro de 1968.

 

 

(nota):

Comandante da Companhia de Caçadores 1504 «NÓS OU NINGUÉM»: Capitão de Infantaria Silvério Henrique da Costa Jónatas.


A Companhia de Caçadores (CCaç 1504) desembarcou na Beira [06 de Fevereiro de 1966]. Foi colocada em Mabo-Tacuane, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 570 (CCav 570). Cedeu até 15 de Outubro de 1966, 1 pelotão de reforço à Companhia de Comando e Serviços (CCS) do batalhão.


De Fevereiro de 1966 a Janeiro de 1967, efectuou patrulhamentos e contacto com a
população. Participou nas operações "Ambrósio" e Bate-Bate".


Em Janeiro de 1967, permutando com a Companhia de Cavalaria 1510 do Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav 1510/BCav 1880), foi transferida para Muidumbe.


De Janeiro a Novembro de 1967, efectuou abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, patrulhamentos e nomadizações, nomeadamente as operações: "Atacar Sempre" (região do "Acampamento Liquenque"), "Surpresa I e Surpresa II" (regiões dos lagos N'Guri e Namanga), e "Açor" (Muidumbe). Tomou parte nas operações "Castanha", "Martelada", "Trolha", "Hiena", "Polvo" e "Leão Desconfiado".


Em Novembro de 1967, foi rendida em Muidumbe, pela Companhia de Caçadores 1804 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCaç 1804/BCaç 1937), e transferida para Montepuez, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1480 do Batalhão de caçadores 1873 (CCaç 1480/BCaç 1873). Destacou 1 pelotão para a ilha de Ibo.


Foi rendida em Montepuez (Fevereiro de 1968), pela Companhia de Cavalaria 1602 (CCav 1602).

 

 

Cruz de Guerra, 3.ª classe

 

 

 


Furriel Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO LOURENÇO CORDEIRO

 


CCac 1504/BCac 1878 — RI 16
MOÇAMBIQUE
 

3.ª CLASSE
 


Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 25 - 3.ª série, de 1968.
Por Portaria de 06 de Agosto de 1968:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique, o Furriel Miliciano de Infantaria, António Lourenço Cordeiro, da Companhia de Caçadores n.º 1504/Batalhão de Caçadores n.º 1878 - Regimento de Infan-taria n.º 16.

Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 23, de 20 de Março de 1968, do QG/RMM):

Louvo o Furriel Mil de Infantaria, n.º 5434364, António Lourenço Cordeiro, da CCac 1504/BCac 1878, pelo alto merecimento com que tem desempenhado, em acções de combate, as suas funções de Comandante de Secção.

No dia 05Jun67, na região de Cavanga, durante uma forte emboscada inimiga que atingiu toda a coluna auto em que seguia, demonstrou possuir invulgares qualidades de comando, coragem e calma debaixo de fogo. Com a decisão e o dinamismo que lhe são peculiares, coordenou eficientemente a acção dos homens da sua Secção. Verificando que estavam quase esgotadas as granadas de morteiro, deslocou-se com uma praça ao longo de toda a zona de morte, que continuava a ser batida por intenso tiroteio adversário, a fim de recolher as que eram transportadas pelos restantes elementos do Pelotão. Depois disso, e com total desprezo pela vida, deslocou-se frequentemente junto dos seus subordinados, para melhor os orientar na reacção, podendo-se considerar que foi sobretudo devido á sua destacada actuação que o inimigo abandonou as posições.

Chegando ao quartel, e tendo tomado conhecimento de que no dia seguinte iria ser batida a região onde os terroristas tinham actuado, imediatamente se ofereceu para tomar parte em tal operação, apesar de se ter como certo o contacto com o In e não ser o seu Pelotão nomeado. Em nova emboscada sofrida pelas NT naquele dia, mais uma vez teve conduta de muito mérito, deslocando-se quase sempre na vanguarda.

Nas reacções a outras emboscadas, nos dias 15Jun67 e 01Ago67, confirmou as suas qualidades, demonstrando ser um combatente ousado. Na primeira, e a despeito da extraordinária violência do ataque inimigo, avançou à frente da Secção que comandava, debaixo de intenso tiroteio e do rebentamento de granadas, para o local de maior perigo, e onde se fazia sentir a falta de pessoal, por haver muitos feridos, e ali orientou os seus homens, com calma e eficiência, até o In ser posto em debandada, tendo contribuído, por esta forma, para que as NT saíssem duma situação difícil. Na segunda, voltou a distinguir-se, expondo a vida e comandando a sua Secção por forma eficaz.

Invulgarmente dotado para a guerra de guerrilha, como tem demonstrado com o seu comportamento heroico, alicerçado nas suas invulgares qualidades de bravura, sangue frio, espírito de iniciativa, decisão, serenidade debaixo de fogo, pujança física, agressividade e sentido do dever, consegue incutir nos seus homens o gosto pela missão a desempenhar, especialmente nas situações difíceis.

Aprumado, correcto e trabalhador, é digno da confiança ilimitada que nele depositam os seus chefes, tendo-se afirmado como um graduado que muito honra o Exército pelo seu exemplo de dedicação ao ideal da Pátria.
 

 

 

 

Jornal do Exército

 

Condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe porque durante uma emboscada em que foi atingida pelo fogo inimigo toda a coluna-auto em que seguia, verificando que estavam quase esgotadas as granadas de morteiro, deslocou-se com uma praça ao longo de toda a zona de morte quo continuava e ser batida por intenso tiroteio, e fim de recolher as que eram transportadas pelos restantes elementos. Depois disso e com total desprezo pela vida, deslocou-se frequentemente junto dos seus subordinados podendo considerar-se que foi sobretudo devido à sua destacada actuação que o inimigo abandonou as posições.


Chegado ao quartel o tendo conhecimento que no dia seguinte iria ser batida a região onde os terroristas tinham actuado, imediatamente se ofereceu para tomar parte na operação, apesar do se prever contacto com o inimigo e não ser o seu pelotão o nomeado. Em nova emboscada. mais uma vez se distinguiu, deslocando-se sempre na frente.


Em reacções a emboscadas noutras regiões, confirmou as suas qualidades demonstrando sor um combatente ousado. Numa delas, debaixo de intenso tiroteio e rebentamento de granadas, avançou para o local do maior perigo onde se fazia sentir a falta do pessoal e havia feridos, até o inimigo sor posto em debandada, tendo contribuído para que as nossas tropas saíssem duma situação difícil. Em outra ocasião voltou a distinguir-se arriscando a vida e comandando a sua secção por forma eficaz.


Invulgarmente dotado para a guerra de guerrilhas, demonstrou invulgares qualidades de bravura, agressividade, serenidade debaixo de fogo e sentido do dever, conseguindo incutir nos seus homens o gosto pela missão, especialmente nas situações difíceis.

 


 

 

 

© UTW online desde 30Mar2006

Traffic Rank

Portal do UTW: Criado e mantido por um grupo de Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar

Voltar ao Topo