Alferes Mil.º CMD Carlos Eduardo Leal de Carvalho Afonso - Cruz de
Guerra de 1.ª classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA |
Elementos cedidos pelo veterano JC Abreu dos
Santos
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Carlos Eduardo Leal
de
Carvalho Afonso
Alferes Mil.º 'Comando', n.º 02171569
Comandante de Grupo de Combate da
37.ª Companhia de Comandos
«A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»
Angola: 28Out1971 a 20Fev1973 (data
do falecimento)
Cruz de Guerra, 1.ª
classe
(Título póstumo)
Louvor Individual
(Título póstumo)
Carlos Eduardo Leal
de Carvalho Afonso, Alferes Mil.º ‘Comando’, n.º 02171569, natural da
freguesia da Sé, concelho de Faro, filho de Joaquim de Carvalho e de
Maria Silvéria
Rodrigues Leal de Carvalho Afonso, solteiro;
Mobilizado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE –
Lamego) «QUE OS MUITOS, POR
SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS» para servir
Portugal na Província Ultramarina de Angola;
Em 28 de Outubro de 1971, embarcou em voo Boeing - 707 TAM do Figo
Maduro para a Base Aérea n.º 9 (BA9 - Luanda), com outros cadetes e
cabos milicianos, com destino ao Centro de Instrução de Comandos da
Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO
SE OFERECE», em Belo Horizonte, a fim de frequentar o
23.º
Curso de Comandos, o qual decorreu no período de 16 de Novembro de 1971
a 7 de Março de 1972;
Após a conclusão do
Curso de Comandos, foi qualificado com a especialidade 959 - Comandos e
foi-lhe
atribuído
o comando do 1.º Grupo de Combate da 37.ª Companhia de Comandos
(37ªCCmds) «A SORTE PROTEJE OS AUDAZES»;
A sua subunidade de comandos operou nas Zonas Militares Norte
e Leste da Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO
SACRIFÍCIO SE OFERECE»;
Faleceu no dia 20 de Fevereiro de 1973, no Hospital Militar de Luanda,
em consequência de ferimentos em combate, ocorrido na região do Zala,
durante a operação “Pinhal”/BIH;
Está inumado no cemitério da Ajuda, no concelho de Lisboa;
A sua Alma
descansa em Paz
Louvado, a título póstumo, por feitos em combate no Teatro de Operações
de Angola, pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, com
base em proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola,
constante no processo n.º 43/77 existente do Arquivo Geral do Exército;
Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 1.ª classe, a título
póstumo, pela Portaria de 28 de Dezembro de 1976, publicada na Ordem do
Exército n.º 2 – 2.ª série, de 1977
Cruz de Guerra de
1.ª classe
Alferes Miliciano,
Comando
CARLOS EDUARDO LEAL DE CARVALHO AFONSO
37.ª CCmds/CICmds –
CIOE
ANGOLA
1.ª CLASSE (Título
póstumo)
Transcrição da Portaria publicado na Ordem do Exército n.º 2 – 2.ª
série, de 1977.
Por Portaria de 28 de Dezembro de 1976:
Manda o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, com base em
proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola, condecorar, a
título póstumo, o Alferes Miliciano, Comando, Carlos Eduardo Leal de
Carvalho Afonso, da 37.ª Companhia de Comandos - Centro de Instrução de
Comandos – Centro de Instrução de Operações Especiais, com a Medalha da
Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 14.º, 15.º e 16.º,
do Regulamento da Medalha Militar, de 20 de Dezembro de 1971, e do
artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 715/74, de 12 de Dezembro.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Do Processo individual n.º 43/77 existente no Arquivo Geral do
Exército):
Manda o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, com base em
proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola, louvar, a
título póstumo, o Alferes Miliciano, Comando, Carlos Eduardo Leal de
Carvalho Afonso, da 37.ª Companhia de Comandos do Centro de Instrução de
Comandos – Centro de Instrução de Operações Especiais, porque, durante
um ano em que serviu naquela Companhia, onde desempenhou de forma
exemplar as funções de adjunto, revelou grande coragem, determinação,
espírito de sacrifício e de missão, nas diversas operações em que tomou
parte.
Conduzindo sempre o Grupo de Combate de maneira firme, merece destaque
especial a sua actuação numa operação em que capturou elementos
adversários e, durante a qual, ao ser por duas vezes emboscado, reagiu
com grande decisão e desprezo pelo perigo, sempre na testa do grupo,
desalojando o adversário a quem capturou material.
As mesmas qualidades foram comprovadas em dois heli-assaltos levados a
efeito em determinada região conseguindo, apesar de pequeno efectivo de
que dispunha, a desarticulação do adversário e a captura de armamento, e
ainda, de forma valorosa e abnegada, noutra operação, conduziu o seu
Grupo de Combate em exaustiva perseguição de um grupo fortemente armado
e operando em terreno favorável. Nesta última acção, lançou-se uma vez
mais, audaciosamente e em primeiro lugar, ao assalto da posição do
adversário, sofrendo graves ferimentos de que veio a falecer, e
conseguiu, já depois de ferido, com o seu exemplo de serenidade e grande
estoicismo, que o Grupo que comandava saísse vitorioso da difícil
situação em que se encontrava.
A conduta do Alferes Carvalho Afonso, que culminou com o sacrifício da
própria vida, tornou-o merecedor do reconhecimento do Exército e da
Nação, que tão nobremente soube servir e honrar.
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Com devida vénia,
reproduzimos as
imagens extraídas do site da 37ªCCmds
Alferes Mil.º
'Comando'
Carlos Eduardo Leal
de Carvalho Afonso
Alferes Afonso,
Furriel Luz com alguns elementos do 1.º Grupo
Natal de 1972 no
Luso
Alferes Afonso,
Furriel Cordas e elementos do 1.º Grupo
Imagem dolorosa do
ferimento sofrido pelo Alferes Afonso,
que resultou no seu
falecimento
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