Monumentos aos Combatentes
e Campas
Em
memória daqueles que tombaram em defesa
de
Portugal na Guerra do Ultramar
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Listagem dos mortos naturais do concelho
de
Serpa
Vila Nova de São Bento
Elementos cedidos por um
colaborador do portal UTW
Foto
da autoria de José Romeiro
Saúde
Bento Valente Pica
Soldado Condutor Auto-Rodas, n.º 05489069
Companhia de
Engenharia 2686
«SÃO OS PRIMEIROS»
Moçambique:
Fev1970 a 04Jul1970 (data do
falecimento)
Louvor Colectivo
Bento Valente Pica, Soldado Condutor Auto-Rodas, n.º
05489069, nascido no dia 20 de Novembro de 1948, na
freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de
Serpa, filho de Bento Lourenço Pica e de Inês
Bárbara Carapina, solteiro;
Mobilizado pelo Regimento de Engenharia 1 (RE1 -
Pontinha) «SÃO OS PRIMEIROS» para servir Portugal
na
Província Ultramarina de Moçambique, integrado na
Companhia de Engenharia 2686 (CEng2686) «SÃO OS
PRIMEIROS»;
Faleceu no sábado, dia 4 de Julho de 1970, em
consequência de flagelação de frelos
com armas
pesadas ao destacamento das Nossa Tropas no Rio
Chiulézi, Mecula, nordeste distrital do Niassa;
Tinha 21 anos de idade;
Ao tempo a sua subunidade de engenharia estava
adstrita ao Batalhão de Caçadores 2914 (BCac2914)
«PARA QUE A TERRA NÃO ESQUEÇA»;
Está inumado no cemitério da freguesia de Vila Nova
de São Bento, concelho de Serpa
Paz à sua Alma
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Louvor à Companhia de
Engenharia 2686
Fonte: «Os
magros do Capim»
Dálio Valente Magro
Alferes Mil.º de Engenharia, da CEng2686
Pág. 1406
Continuação da Ordem de Serviço n.º 141 do Regimento
de Engenharia 1, de 16 de Junho de 1972
III – JUSTIÇA E DISCIPLINA
Artigo 4.º - Louvor Transcrição:
Da nota n.º 023719-Pº.H.156.72 do Quartel General /
1.ª Repartição, de 27 de Maio de 197, se transcreve:
“Encarrega-me
o Exm.º Brigadeiro Comandante Interino da Região
Militar de Moçambique, de remeter a V. Exª. para
efeitos de publicação e averbamento, a adjunta Ordem
de Serviço n.º 40 da Região Militar de Moçambique,
de 20 de Maio de 1972, que insere no seu artigo 2.º
o louvor concedido à Companhia de Engenharia 2686.
Mais solicito se digne promover que seja acusada a
recepção da mencionada Ordem de Serviço”.
Transcrição do artigo
acima referido:
Que, por seu despacho de 9 e Maio de 1972, louvou a
Companhia de Engenharia n.º 2686 – Regimento de
Engenharia 1 pela capacidade e qualidades técnicas e
humanas de que deu repetidas e permanentes provas no
decurso da sua missão de serviço na Região Militar
de Moçambique, totalmente cumprida em sectores de
actividade inimiga e em zonas de grande isolamento,
nomeadamente Candulo, Chiulézi, Lusannhando e
Nangade.
Numa compreensão plena das suas missões e num querer
unânime pouco depois da sua chegada à Região Militar
de Moçambique, arrancou para trabalhos em locais
afastados mais de 300 quilómetros da sua base de
apoio e construiu num tempo notável (três meses)
cento e trinta e cinco quilómetros de estrada para
todo o tempo, setenta dos quais com respectivas
obras de arte correntes.
Numa segunda época de trabalhos de estrada, apesar
de não haver sido rendida, da não substituição das
suas baixas, por esgotamento físico, acidentes de
acção directa do inimigo; da dispersão dos seus
destacamentos; das condições em que teve de viver em
sucessivos meses de trabalho, nunca deu indícios de
hesitação ou de afrouxamento, como nunca se furtou
ao cumprimento exacto e cabal das missões que lhe
foram atribuídas, ainda encontrando tempo e vontade
para apoiar as unidades que a protegiam quer na
melhoria das suas condições de vida, quer na acção
psicológica que desenvolviam junto das populações. A
actividade técnica, que se desenvolveu também na
época das chuvas, traduz-se pela abertura,
construção, reconstrução de quase três centenas de
quilómetros de estrada para todo o tempo, incluindo
algumas obras de arte com certo vulto, construção de
pistas para aviões ligeiros e médios, conclusão da
construção dum quartel de companhia e o
estabelecimento inicial da infra-estrutura da vila
de Nangade.
Assim, pelo seu estoicismo e inquebrantável espírito
de cumprimento do dever; pela decisão e coragem
serena de que os seus elementos deram repetidas
provas; pela capacidade técnica e espírito de
iniciativa; pela forma como soube superar todas as
dificuldades, sacrifícios e perdas; pelo exemplar
espírito de corpo; a Companhia de Engenharia 2686
honrou por forma notável a Arma a que pertence e
conquistou o direito a público louvor como
testemunho dos serviços prestados à Região Militar
de Moçambique e à Província de Moçambique.
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Cemitério da freguesia de Vila Nova de São Bento,
concelho de Serpa
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