Monumentos aos Combatentes,
Memoriais e Campas
Monumentos aos Combatentes e
Campas
(Listagens e imagens de memoriais e campas de antigos
combatentes)
Em
memória daqueles que tombaram em defesa
de
Portugal na Guerra do Ultramar
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sublinhado que se segue
Listagem dos mortos naturais do concelho
de
Loulé
Querença
Fontes:
5.º
Volume, Tomo V, da RHMCA / CECA / EME
8.º
Volume, Tomo III, Livro 1, da RHMCA /
CECA / EME
Imagens cedidas pelo veterano
Pedro
Figueiredo
HONRA
E GLÓRIA
Eusébio Viegas da Silva
Cruz
de Guerra, de 1.ª classe
Eusébio Viegas da Silva,
Alferes Mil.º de Infantaria n.º
00538665, nascido a 29 de Outubro de
1944, na localidade de Corte Garcia,
freguesia de Querença, concelho de
Loulé, casado com Fernanda Filipe Ramiro
da Silva, filho de Joaquim da Silva e de
Antónia Machado Viegas.
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 15 (RI15 - Tomar), para servir Portugal na
Província Ultramarina de Moçambique, integrado na 2.ª
Companhia do Batalhão de Caçadores 16.
Faleceu, no dia 8 de
Março de 1969, na região de Lalamo -
Meluco, vítima de ferimentos em combate.
Tinha 24 anos de idade
Está sepultado no
cemitério de Faro
Que a sua Alma
descanse em Paz
Cruz de Guerra, de
1.ª classe
Alferes
Miliciano de Infantaria
EUSÉBIO VIEGAS DA SILVA
2.ª CCac/BC
16 - RMM
MOÇAMBIQUE
1.ª CLASSE
(Título póstumo)
Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 18 — 2.ª
série de 1969.
Por Portaria de 12 de Agosto de 1969:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, a
título póstumo, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do
Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em acções de combate na
Província de Moçambique, o Alferes Miliciano n.º
00538665, Eusébio Viegas da Silva, da 2.ª Companhia
do Batalhão de Caçadores n.º 16, da Região Militar
de Moçambique.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Por
Portaria da mesma data, publicada naquela OE):
Louvado, a título póstumo, o Alferes Miliciano,
Eusébio Viegas da Silva, da 2.ª Companhia do
Batalhão de Caçadores n.º 16, da Região Militar de
Moçambique, porque, no comando de um destacamento
militar no Norte de Moçambique, que sofreu um ataque
inimigo de efectivo bastante superior, imediatamente
procurou acorrer a todos os postos situados na
primeira linha de defesa, de modo a poder orientar
de forma mais conveniente a salvaguarda do
aquartelamento à sua responsabilidade.
Em seguida começou pessoalmente a executar eficaz
tiro de morteiro sobre os assaltantes até que,
atingido nas pernas por estilhaços de uma granada
inimiga que, de forma progressiva, lhe iam fazendo
esvair as forças e tendo terminado a dotação de três
cunhetes de granadas de morteiro, penosa e
dolorosamente se arrastou debaixo de fogo até ao
paiol, donde trouxe novo lote de munições,
recomeçando o tiro interrompido, muito embora a sua
perda de sangue se fosse gradualmente acentuando.
Com o seu exemplo altamente dignificante, contagiou
e galvanizou o pessoal seu subordinado, que procurou
e conseguiu resistir e impedir a entrada do inimigo
no seu reduto defensivo central, e, tendo de novo
terminado as munições tornou ao paiol onde uma vez
mais se reabasteceu, até que, já no retorno à sua
posição de combate, foi abatido por um elemento
inimigo.
Tal procedimento permite concluir que o Alferes
Eusébio praticou em campanha valoroso e distinto
feito de armas, patenteando firmeza, audácia, rara
decisão, excepcional coragem, bravura e arrojo
frente ao inimigo, além da alta e heroica
compreensão do dever militar que cumpriu até ao
sacrifício da própria vida, honrando o Exército e a
Nação e contribuindo para a valorização moral do
País e das Instituições Militares.