Soldado
de Infantaria, n.º 13067768
MANUEL DA SILVA
CCac2448 - BC10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do
Despacho publicado na OE n.º 16 -
3.ª série, de 1970.
Agraciado com a Cruz
de Guerra de 4.ª classe, nos termos
do artigo 12.º do Regulamento da
Medalha Militar, promulgado pelo
Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de
1946, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, de 1 de Maio de 1970:
O Soldado n.º
13067768, Manuel da Silva, da
Companhia de Caçadores n.º 2448 -
Batalhão de Caçadores n.º 10.
Transcrição do
louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 94, de 20 de
Dezembro de 1969, do Quartel General
da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):
Que, por seu despacho de 22 de
Novembro de 1969, louvou o Soldado
n.º 13067768, Manuel da Silva, da
Companhia de Caçadores n.º 2448 -
Batalhão de Caçadores n.º 10,
porque, no regresso de uma coluna,
tendo a sua viatura caído na zona de
morte durante urna forte emboscada,
aguentou sozinho, debaixo de fogo, o
ataque do grupo de assalto inimigo.
Ao verificar que a sua metralhadora
não funcionava, tentou desencravá-la
duas vezes e, não o conseguindo, com
risco de vida, repeliu os atacantes
com granadas de mão e intenso fogo
da sua arma individual.
Deste modo, contribuiu de forma
decisiva para o fracasso da
emboscada, ajudando assim a salvar a
vida de vários camaradas que seguiam
na mesma coluna.
Elemento muito cumpridor, modesto,
de personalidade discreta mas que se
faz notar nas horas difíceis, é um
exemplo para os seus camaradas,
merecendo a admiração destes e de
todos os seus superiores que muito o
apreciam e consideram.
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Jornal do Exército, ed. 132, pág.
62, de Dezembro de 1970
SOLDADO MANUEL DA
SILVA, da CCac2448
«Louvado porque no regresso de
uma coluna e tendo a sua viatura
caído na zona de morte durante uma
forte emboscada, aguentou sozinho
debaixo de fogo o ataque do grupo de
assalto inimigo.
Ao verificar que a sua metralhadora
MG não funcionava, tentou
desencravá-la duas vezes e, não o
conseguindo, com risco de vida
repeliu os atacantes com granadas de
mão e intenso fogo da sua arma
individual. Deste modo contribuiu de
forma decisiva para o fracasso da
emboscada, ajudando assim a salvar a
vida de vários camaradas que seguiam
na mesma coluna.
Elemento
cumpridor, modesto, de personalidade
discreta mas que se fez sentir nas
horas difíceis, é um exemplo para os
seus camaradas, merecendo a
admiração destes e de todos os seus
superiores que multo o apreciam e
consideram.
Condecorado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª Classe.»
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Companhia de Caçadores 2448
Identificação:
CCac2448
Unidade
Mobilizadora:
Batalhão de Caçadores 10
(BC10 - Chaves)
Comandante:
Capitão Mil.º Manuel
Nunes Teixeira da Silva
Divisa:
"SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS"
Partida:
Embarque no dia 21 de
Outubro de 1968 no NTT «Niassa»;
desembarque no dia 20 de Novembro de
1968.
Regresso:
Embarque no dia 21 de
Dezembro de 1970
Síntese da
Actividade Operacional
Desembarcou em Mocímboa
da Praia, a 20 de Novembro de 1968,
seguindo para Nangololo, onde rendeu
a Companhia de Caçadores 1805 do
Batalhão de Caçadores 1937
(CCac1805/BCac1937).
Na situação de intervenção do
Batalhão de Caçadores 1937
(BCac1937), até Fevereiro de 1969 e
do Batalhão de Caçadores 2862
(BCac2862), que naquele mês, rendera
o 1.º em Nangololo (subsector BNG),
efectuou abertura dos itinerários
para Muidumbe, Muatide e Miteda,
desactivando muitos engenhos
explosivos, escoltas a colunas
logísticas de Nangololo para Mueda,
patrulhamentos, nomadizações e
batidas nas regiões de Napula,
Muidumbe, Muatide e proximidades de
Nangololo,
nomeadamente as operações
"Gerês 2 a 5",
"Chimpanzé",
"Águia",
"Florete" e
"Raposa".
De 10 de Dezembro de 1968 a 25 de
Janeiro de 1969, participou na
segurança à Companhia de Engenharia
2393 (CEng2393), na abertura da
picada Muidumbe - Cavanca - Macopela.
Em Junho de 1969, foi colocada em
Antadora na situação de quadrícula,
mantendo a subordinação operacional
ao Batalhão de Caçadores 2862
(BCac2862). Rendeu a Companhia de
Caçadores 2422 (CCac2422).
Efectuou operações nas margens dos
rios Muera e Nango e região de
Antadora, designadamente:
"Jacaré 1",
"Cobra",
"Pedrada",
"Moçambique",
"Golfinho 2",
"Pescada",
"Corça" e
"Gazela 3", abertura de itinerário e
escoltas a colunas logísticas na
picada Antadora - Diaca.
Participou nos trabalhos de
reparação de pontes sobre o rio
Muera e de pontões na picada de
Nambude.
Em Fevereiro de 1970, rendida em
Antadora, pela Companhia de
Artilharia 2647 do Batalhão de
Artilharia 2901 (CArt2647/BArt2901,
foi transferida para Balama,
continuando na dependência
operacional do Batalhão de Caçadores
2862 (BCac2862), que naquele mês,
fora transferido de Nangololo para
Montepuez (subsector BTZ).
Substituiu um pelotão da Companhia
de Caçadores 2305 do Batalhão de
Caçadores 2831 (CCac2305/BCac2831).
Guarneceu Namuno com um pelotão.
Em 12 de Outubro de 1970, cedeu um
pelotão de reforço à Companhia de
Caçadores 2449 (CCac2449) (Toma do
Nairoto), destacado no acampamento
de caça no rio Lugenda.
A actividade operacional, consistia
em patrulhamentos e nomadizações,
numa vasta área, que ia de Namuno à
margem direita do rio Messalo e
escoltas a colunas logísticas de
Montepuez para Mueda.
Estabeleceu permanente contacto com
autoridades gentílicas e com a
população, prestando-lhes
assistência educativa e
medicamentosa.
Foi rendida em Balama, em Dezembro
de 1970, pela Companhia de Caçadores
2665 (CCac2665).