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Condecorações

Manuel da Costa Monteiro, Furriel Mil.º de Cavalaria: Cruz de Guerra, de 3.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

 

 

 

 

Manuel da Costa Monteiro

 

Furriel Miliciano de Cavalaria
 

Companhia de Cavalaria 2391

 

«CENTURIÕES»

 

Moçambique:

 

13Jun1968 a 20Mai1970

 

Cruz de Guerra, de 3.ª classe 

 

Louvor Individual e Colectivo

 

 

Manuel da Costa Monteiro, Furriel Mil.º de Cavalaria.


Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 – Lisboa) «REGIMENTO DO CAIS» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, integrado na Companhia de Cavalaria 2391 (CCav2391) «CENTURIÕES», no período de 13 de Junho de 1968 a 20 de Maio de 1970.


Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe, publicado na Ordem de Serviço n.º 9, de 31 de Janeiro de 1970, do Quartel General da Região Militar de Moçambique, na Ordem do Exército n.º 15 – 3.ª série, de 1970, e na Revista da Cavalaria, edição de 1970, pág. 113.

 

 

Cruz de Guerra de 3.ª classe

 

Furriel Miliciano de Cavalaria
MANUEL DA COSTA MONTEIRO
 

CCav2391 - RC7
MOÇAMBIQUE
 

3.ª CLASSE
 

Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 15 – 3.ª série, de 1970.
 

Por Portaria de 05 de Maio de 1970:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique, o Furriel Miliciano de Cavalaria, Manuel da Costa Monteiro, da Companhia de Cavalaria n.º 2391 - Regimento de Cavalaria n.º 7.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 9, de 31 de Janeiro de 1970, do Quartel General da Região Militar de Moçambique):


Que, por seu despacho de 27 de Dezembro de 1969, louvou o Furriel Miliciano de Cavalaria, Manuel da Costa Monteiro, da Companhia de Cavalaria n.º 2391 - Regimento de Cavalaria n.º 7, pela forma corajosa e eficiente como se comportou no ataque a uma importante base inimiga.


Lançando-se decididamente sobre o objectivo e ultrapassando todos os elementos do seu Grupo de Combate, arrastou consigo alguns dos seus homens e moveu perseguição imediata aos defensores em fuga, abatendo dois elementos armados e capturando um terceiro.


Depois, como encarregado da segurança do objectivo e perante a reacção desencadeada pelo inimigo, revelou serena energia debaixo de fogo, ao transmitir ordens precisas aos seus subordinados, sem receio de se expor ao fogo do adversário, o que contribuiu para neutralizar aquela reacção e também para a destruição da base e consequente recolha de armamento e outros materiais abandonados.


Deste modo, o Furriel Miliciano Monteiro, que já anteriormente se revelara em acções semelhantes, foi um elemento fundamental no êxito da operação "Centuriões Fronteiros 2", demonstrando nos momentos mais críticos, decisão, sangue-frio e desprezo pelo perigo, qualidades que o tornam credor de admiração e pública homenagem.

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Louvor Colectivo


COMPANHIA DE CAVALARIA N.º 2391


(Ordem do Exército n.º 5 – 2.ª série, de 1 de Março de 1971)


Louvada a Companhia de Cavalaria n.º 2391, da Região Militar de Moçambique, porque, ao longo de vinte e um meses na Zona Norte daquela província, desenvolveu intensa actividade operacional, patenteando grande espírito de corpo e disciplina, elevado grau de agressividade, resistência, espírito de sacrifício e inquebrantável valentia debaixo de fogo.


Destinada a missão de intervenção no Sector A, desenvolveu adequada actividade, dando provas de grande resistência e espírito de sacrifício, sem se poupar a esforços para o completo êxito da sua missão.


Igual entusiasmo e espírito de missão demonstrou em outras regiões (Muembe e Unango) que, sucessivamente, lhe foram destinadas, e onde a sua actuação obteve apreciáveis resultados na captura de armamento, elementos inimigos armados e população fugida.


A actuação desta Companhia continuou em fase ascencional, tendo realizado uma série de operações «LOBOS CENTURIÕES», que obtiveram assinaláveis êxitos numa zona que, sistemática e agressivamente, bateu em todas as direcções, alheia às maiores dificuldades que teve de suportar, em resultado das deficientes condições de alojamento e reabastecimento.


À persistência e valentia de todo o seu pessoal, se fica devendo a eliminação ou captura dos chefes ou guerrilheiros, a apreensão da quase totalidade do seu material de guerra, a destruição dos seus meios de vida e apoio, e a recolha de grande número de população, que servia de suporte às actividades do inimigo, na região.


Terminados doze meses de intensa actividade, foi a Companhia destinada a missão de quadrícula em zona de fronteira particularmente melindrosa, e, aí, continuou a manifestar a grande aptidão para a luta que se trava no Ultramar e a dar provas de grande agressividade, a par de grande colaboração e apoio às populações aldeadas, continuando, com entusiasmo, a acção psicológica e social do antecedente realizada na região.


A Companhia de Cavalaria n.º 2391, pela sua actuação em situação de campanha, merece ser apontada como Unidade excepcionalmente dotada, que, na Região Militar de Moçambique, desenvolveu grande actividade, mercê da qual, e das altas virtudes militares dos seus componentes, bem como excepcional valor dos seus feitos de bravura, foi digna continuadora das gloriosas tradições do Exército Português.


(in Revista da Cavalaria do ano de 1970, página 154)
 

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Companhia de Cavalaria n.º 2391

Identificação:
CCav2391


Unidade Mobilizadora:
Regimento de Cavalaria 7 (RC7 – Lisboa)


Comandante:
Capitão Mil.º Manuel Zanatti Aralla Pinto
 

Divisa:
«CENTURIÕES»
 

Partida:
Embarque no NTT «Niassa» no dia 18 de Maio de 1968; Desembarque em Nacala no dia 13 de Junho de 1968

 

Regresso:
Embarque no dia 20 de Maio de 1970

 
Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala, a 13 de Junho de 1968, seguindo para o Catur (sede do Batalhão de Caçadores 1936) onde rendeu a Companhia de Artilharia 1626 (CArt1626).


Na situação de intervenção do Sector A (Vila Cabral), intervalando com períodos de repouso no Catur, instalou-se nas seguintes localidades:


• Muembe — de meados de Junho de 1968 a final de Agosto de 1968, a fim de efectuar operações na zona, nomeadamente: "Checas", "Regresso", série "Lucheringo", "Bate Forte", "Chamando os Turras", "Centuriões Ferozes", "Sempre Persistentes", "Cotovia", "Empurra" e "Joga Fora".


• Unango — 2.ª quinzena de Setembro de 1968, efectuando entre outras, as operações "Dragão 1" (região do rio Luchimua a Sul de Unango) e "Dragão 5 e 7" (entre o rio Lucheringo e a picada de Matende a nordeste de Unango) e escoltas a Vila Cabral.


• Melulucas, Ponta Chinune e Chindala — de Outubro de 1968 a Maio de 1969. Submetida a intensa actividade operacional, sob o comando do Batalhão de Artilharia 2838 (BArt2838), sedeado em Metangula, (subsector AME) efectuou cerca de sessenta operações da série "Lobos Centuriões" nas regiões dos rios Timba, Melulucas, Luina, Lucefa, Naitoto e Mualage e sena Jusagombe). De salientar as denominadas "Lobos Centuriões 41" (golpe de mão à base Meponda na margem esquerda do rio Naitoto, a 16 de Março de 1969 resultando baixas inimigas e captura de material de guerra e documentos) e "Lobos Centuriões 52" (detectado pequeno depósito a 28 de Abril de 1969, na margem esquerda do rio Mualage com granadas de Canhões Sem Recuo, de Morteiros 82 mm e de mão defensivas, minas Anti-pessoais e cunhete de munições de armas ligeiras.


Terminada a situação de intervenção, em Junho de 1969, foi colocada em Massangulo, onde rendeu a Companhia de Caçadores 2418 (CCac2418). Sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 1936 (BCac1936), até Novembro de 1969 e do Batalhão de Caçadores 2895 (BCac2895), que naquele mês rendera o 1.º no Catur, (subsector ACT) a actividade operacional constava de patrulhamentos e nomadizações, prioritariamente na região fronteiriça com o Malawi, designadamente operações "Operação 313", "Operação 328", "Procura", "Centuriões Fronteiros 1 e 3", "Maneta" e "Berta".


Participou em: "Marreta" e "Centuriões Fronteiros 4" na região de Cuizimba.


Foi rendida em Massangulo (Maio de 1970), pela Companhia de Caçadores 2623 do Batalhão de Caçadores 2895 (CCac2623/BCac2895).
 

 

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