"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro


Manuel
Francisco Serra
2.º Sargento de Cavalaria, n.º 50203211
Pelotão de Reconhecimento Daimler
1106
«OS
CAVALEIROS BLINDADOS»
Guiné: 06Jun1966 a
25Jan1968
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual e Colectivo
Manuel Francisco
Serra, 2.º Sargento de Cavalaria,
n.º 50203211;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 7 (RC7 – Ajuda, Lisboa)
«QUO TOTA VOCANT» - «REGIMENTO DO
CAIS» para servir Portugal na
Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 31 de Maio de 1966, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou num
navio de transporte de tropas,
integrado no Pelotão de
Reconhecimento Daimler 1106 «OS
CAVALEIROS BLINDADOS», rumo ao
estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 6 de Junho de
1966;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo Alferes de Cavalaria
João Francisco Ramos do Rego Bayan,
aquartelou em Bissau; em Agosto de
1966, foi
destinada ao Sector de
Bula, onde actuou em reforço,
primeiramente, do Batalhão de
Cavalaria 790 (BCav790) «SINE
SANGUINE NON EST VICTORIA», depois
do Batalhão de Caçadores 1876
(BCac1876) «DETERMINAÇÃO –
TENACIDADE –
AGRESSIVIDADE» e
finalmente do Batalhão de Cavalaria
1915 (BCav1915) «TIGRES» - «NA
GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»;
durante a sua permanência neste
importante Sector, patrulhou quase
todos os itinerários nele
existentes, deu protecção a colunas
que por eles transitam e tomou parte
em operações, como reforço doutras
forças, de que se destacam as
operações ‘Bolanha’, ‘Bernarda’,
‘Borrasca’ e Brusquidão’, nas quais,
após forte contacto, contribuiu para
o desbaratamento do inimigo; a sua
actividade é bem digna de ser
mencionada;
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações da Guiné,
publicado na Ordem de Serviço n.º
29, de 29 de Junho de 1967, do
Quartel General do Comando
Territorial
Independente da Guiné e
na Revista da Cavalaria do ano de
1967, página 108;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, de 12 de Julho de
1967, publicado na Ordem do Exército
n.º 24 – 3.ª série, de 30 de Agosto
de 1967;
Louvor Colectivo - Pelotão de
Reconhecimento Daimler 1106 –
publicada na Ordem de Serviço n.º
241 de 13 de Outubro de 1967 do
Batalhão de Caçadores 1876 e na
Revista da Cavalaria do ano de 1967,
página 214;
No dia 25 de Janeiro de 1968,
embarcou no NTT 'Quanza' de regresso à Metrópole, onde
desembarcou no dia 4 de Fevereiro de
1968.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
2.º
Sargento de Cavalaria, n.º 50203211
MANUEL FRANCISCO SERRA
PelRecDaimler1106 - RC7
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 24 – 3.ª
série, de 30 de Agosto de 1967.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 12 de
Julho de 1967:
O 2.º Sargento de Cavalaria n.º
50203211, Manuel Francisco Serra, do
Pelotão de Reconhecimento Daimler
n.º 1106 adstrito ao Batalhão de
Caçadores n.º 1876 - Regimento de
Cavalaria n.º 7.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
29, de 29 de Junho de 1967, do
Quartel General do Comando
Territorial Independente da Guiné):
Louvo o 2.º Sargento n.º 50203211,
Manuel Francisco Serra, do Pelotão
de Reconhecimento Daimler 1106, pela
maneira altamente eficiente como
comandou a sua Secção nas emboscadas
sofridas pelas Nossas Tropas no dia
21 de Janeiro de 1967.
Na primeira emboscada, estando o
inimigo instalado dos dois lados da
estrada e sendo em grande número,
conseguiu o 2.º Sargento Serra
proteger os atiradores com o fogo e
manobra da sua viatura.
No regresso do patrulhamento e já de
noite, instalou-se à frente da
coluna e fez face a nova emboscada
entrando pelo mato dentro e
protegendo novamente a acção dos
atiradores.
Deste modo, o 2.º Sargento Serra
demonstrou possuir coragem, decisão,
serena energia debaixo de fogo e
sangue frio, qualidades que definem
o Soldado Português, contribuindo
grandemente com o seu desembaraço,
bom senso e acção para pôr o inimigo
em fuga.
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Louvor Colectivo
Pelotão de Reconhecimento Daimler
n.º 1106
(Ordem de
Serviço n.º 241 de 13 de Outubro de
1967 do Batalhão de Caçadores 1876)
Louvo o Pelotão de Reconhecimento
Daimler n.º 1106, pela sua acção
decidida e agressividade sempre
patenteada, quer na protecção a
colunas em que a reacção às
emboscadas inimigas se tornou
necessária, quer na prontidão quase
instantânea com que sobre o mesmo
inimigo se lançava sempre que era
desencadeado um ataque ao
Aquartelamento.
Bem integrado no espírito do
Batalhão sempre se dedicou às
missões que lhe foram confiadas sem
hesitações e com o espírito ofensivo
que constitui o seu apanágio.
Ao seu Comandante e a todos os
Sargentos e Praças endereço os
protestos do meu muito
reconhecimento e admiração desejando
a todos um bom resto de comissão,
bons êxitos na sua actuação e feliz
regresso ao seio de suas famílias.
(in Revista
da Cavalaria do ano de 1967, página
214)
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