Manuel Fernando da
Silva Pereira, Alferes Mil.º de Infantaria: Cruz de Guerra de
4.ª classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Manuel
Fernando da Silva Pereira
Alferes Mil.º de Infantaria
Comandante de pelotão
da
Companhia de Caçadores
1797
Batalhão de Caçadores 1935
«OS GALGOS - SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS»
Moçambique:
01Nov1967
> 27Nov1969
Cruz de Guerra, de 4.ª
classe
Louvor Individual
Manuel
Fernando da Silva Pereira, Alferes Mil.º de Infantaria, natural da freguesia
de São João de Souto, concelho de Braga.
Mobilizado pelo
Batalhão de Caçadores 10 (BC10 –
Chaves) «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS» para servir Portugal na
Província Ultramarina de Moçambique;
No dia 10 de Outubro de 1967, na
Gare Marítima da Rocha do Conde
Óbidos, em Lisboa, embarcou num
navio de transporte de tropas,
como comandante de pelotão da Companhia de Caçadores
n.º 1797 do Batalhão de Caçadores
n.º 1935 «OS GALGOS –
SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS», rumo ao
porto de Nacala, onde desembarcou no
dia 1 de Novembro de 1967;
A sua subunidade de infantaria:
- Após o desembarque, foi colocada
em Révia onde rendeu a Companhia de
Artilharia 1595 (CArt1595) do
Batalhão de Artilharia
1893
(BArt1893);
- De Novembro de 1967 a Fevereiro de
1969, efectuou entre outras, as
operações: "Gago Coutinho" (região
de Cassero), "Galgos na Mata" (foz
do rio Chameze), "Galgos na
Ma-chamba" e "Galgos Ultrapassam"
(monte Xizeze), "Galgos no Rio"
(vale do rio Lugenda) e "Perseguição
dos Galgos" (entre os rios Lugenda e
Namacare). Participou nas operações
"Galgos em Casa
Alheia", "Galgos
Pintam a Manta", "Aniversário dos
Galgos" "Galgos Cambam" e "Galgos
Ladram";
- Em Fevereiro de 1969, rendida em
Révia, pela Companhia de Artilharia
2388 (CArt2388) «HONRA E
GLÓRIA» foi
transferida para Mabo-Tacuane, no
distrito da Zambézia, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 1634
(CCac1634) do Batalhão de
Caçadores
1899 (BCac1899) «EM ACÇÃO», sendo
retirada definitivamente ao
batalhão.
- Ficou sob o comando do Batalhão de
Caçadores 1937 (BCac1937) «RES NON
VERBA» no
subsector de Mocuba (DMO),
do sector D;
- Guarneceu, com 1 secção, os
destacamentos da represa da
"Companhia de Chá Nadal" e as
instalações da "Companhia de Chá
Tacuane";
- De 22 de Agosto a 14 de Outubro de
1969, esteve na situação de
intervenção do comando do Sector F
(Tete).
- De Fevereiro de 1969, até final da
comissão, além da actividade de
intervenção, a actividade
operacional, consistia em
patrulhamentos na sua zona de acção.
- Em Novembro de 1969, foi rendida
em Mabo Tacuane, pela Companhia de
Artilharia 2372 (CArt2372) do
Batalhão de Artilharia 2847
(BArt2847) «QUEM OUSA VENCE».
Louvado por feitos
em combate no teatro de operações de
Moçambique, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 29 de
Agosto de 1968, publicado na Ordem
de Serviço n.º 73, de 11 de Setembro
de 1969, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique;
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª Classe, pela Portaria de 28 de
Janeiro de 1969, publicado na Ordem do Exército
n.º 4 - 2.ª série, de 1969;
No dia 27 de Novembro de 1969, no
porto de Nacala, embarca no NTT
‘Vera Cruz’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 15 de
Dezembro de 1969.
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Cruz de Guerra, de 4.ª
classe
Alferes
Miliciano de Infantaria
MANUEL FERNANDO DA SILVA PEREIRA
CCac1797/BCac1935 — BC10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
OE n.º 4 — 2.ª série, de 1969.
Por Portaria de 28 de Janeiro de 1969:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento
da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província de
Moçambique, o Alferes Miliciano de Infantaria, Manuel
Fernando da Silva Pereira, da Companhia de Caçadores n.º
1797 do Batalhão de Caçadores n.º 1935 - Batalhão de
Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.° 73, de 11 de
Setembro de 1968, do Quartel General da Região MIlitar
de Moçambique (QG/RMM):
Que, por seu despacho de 29 de Agosto de 1968, louvou o
Alferes Miliciano de Infantaria, Manuel Fernando da
Silva Pereira, da Companhia de Caçadores n.º 1797 do
Batalhão de Caçadores n.º 1935, pela forma eficiente
como tem desempenhado as funções de comandante de
Pelotão, ao qual tem imprimido elevado grau de
agressividade que lhe permitiu, nas várias missões que
lhe foram confiadas, obter os melhores resultados.
Integrado nas tácticas da contra-guerrilha, tem sabido
resolver, de forma cabal, situações inopinadas que se
lhe deparam no decorrer das acções.
De salientar a sua conduta quando do ataque a uma base
inimiga, no decorrer da operação "Os Galgos Filam", a
qual comandava, em que, à frente dos seus homens,
indiferente ao perigo, demonstrando coragem, decisão,
serena energia debaixo de fogo e sangue-frio, apesar dos
bandoleiros reagirem violentamente com o fogo das suas
armas, conseguiu ocupar as posições inimigas, capturando
grande quantidade de material e aprisionando grande
número de bandoleiros e elementos da população que com
eles viviam.
Dotado de excepcionais qualidades de carácter e dum
espírito generoso, é a sua conduta merecedora de apreço
dos seus soldados e do reconhecimento deste Comando,
pois muito tem contribuído, com o seu esforço, para
contrariar e anular os intentos do inimigo na sua Zona
de Acção.
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Jornal do Exército, ed. 131, pág.
73, de Novembro de 1970
ALF. MIL. MANUEL FERNANDO DA
SILVA PEREIRA
MEDALHA DA CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE
Foi condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra
de 4.ª classe, o Alferes Miliciano de Infantaria
Manuel Fernando da Silva Pereira, natural da
freguesia de S. João de Souto, Braga, «pela
forma eficiente como desempenhou as funções de
comandante de pelotão, ao qual imprimiu elevado
grau de agressividade que lhe permitiu, nas
várias missões que lhe foram confiadas, obter os
melhores resultados.
«Integrado nas tácticas de contraguerrilha,
soube resolver de forma cabal situações
inopinadas que se lhe deparavam no decorrer das
acções. De salientar a sua conduta quando do
ataque a uma base inimiga, a qual comandava, em
que, à frente dos seus homens, indiferentemente
ao perigo, demonstrando coragem, decisão, serena
energia debaixo de fogo e sangue-frio, apesar
dos bandoleiros reagirem violentamente com o
fogo das suas armas, conseguiu ocupar as
posições inimigas, capturando grande quantidade
de material e aprisionando grande número de
bandoleiros e elementos da população que com
eles viviam.
Dotado de excepcionais qualidades de carácter e
dum espírito generoso, é a sua conduta
merecedora do apreço dos seus soldados e do
reconhecimento do Comando, pois muito
contribuiu, com o seu esforço, para contrariar e
anular os intentos do inimigo na sua Zona de
Acção.»