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Condecorações

Manuel Alves Gomes, Soldado de Infantaria, da CCac1554/BCac1889: Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 167, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 1, pág.s 119 a 121, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 120, pág. 65 de Dez1969

Imagens dos distintivos cedidas pelo veterano Carlos Coutinho

 

 

 

Manuel Alves Gomes

 

Soldado de Infantaria, n.º 09909565

 

Companhia de Caçadores 1554

 

Batalhão de Caçadores 1889

 

«AT JUSTAM PACEM»

 

Moçambique:

19Mai1966 a 02Jul1968

 

 

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

Manuel Alves Gomes, Soldado de Infantaria, n.º 09909565, natural da freguesia de Rio Covo (Santa Eulália), concelho de Barcelos.

 

Em 26 de Outubro de 1965 foi incorporado no Regimento de Infantaria 10 (RI10 - Aveiro).

 

Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1554 do Batalhão de Caçadores 1889 «AT JUSTAM PACEM», no período de 13 de Maio de 1966 a 2 de Julho de 1968.

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 


Soldado de Infantaria, n.º 09909565
MANUEL ALVES GOMES
 

CCac1554/BCac1889 - RI2
MOÇAMBIQUE


4.ª CLASSE


Transcrição do Despacho publicado na OE n.º 12 — 3.ª série, de 1968.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 21 de Março de 1968:


O Soldado n.º 09909565, Manuel Alves Gomes, da Companhia de Caçadores n.º 1554 do Batalhão de Caçadores n.º 1889 - Regimento de Infantaria n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 37, de 15 de Setembro de 1967, do Comando de Sector A (CmdSecA):


Louvo o Soldado n.º 09909565, Manuel Alves Gomes, da Companhia de Caçadores 1554 (CCac1554), pela rápida e enérgica reacção que teve no decorrer de um ataque In, ao estacionamento da força empenhada em operações na área de Namarica, em 18 de Agosto de 1967.


Durante a acção inimiga, o Soldado Gomes, apesar de a cerca de dez metros do seu abrigo ter explodido uma granada de LGFog (Lança-Granadas Foguete) inimiga, não se atemorizou e, de pé, prontamente, reagiu ao fogo inimigo, mostrando muita coragem e serenidade.


Com a sua arma cruzada com o corpo, fez fogo utilizando dilagramas, batendo a região em que o inimigo estava instalado, obrigando-o a retirar com baixas prováveis.


Após esta acção, o Soldado Gomes, no regresso ao quartel, no dia imediato, foi incansável na pesquisa de minas, que detectou e ajudou a levantar.


Em tudo evidenciou o Soldado Gomes ser possuidor de muita coragem, serenidade e sangue frio, qualidades que muito apraz registar.

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Jornal do Exército, ed. 120, pág. 65, de Dez1969

 

SOLDADO MANUEL ALVES GOMES

 

MEDALHA DE CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE

 

«Foi condecorado com a Medalha de Cruz de Guerra de 4.ª classe o Soldado Manuel Alves Gomes, natural da freguesia de Rio Covo, Barcelos, pela rápida e enérgica reacção no decorrer de um ataque inimigo ao estacionamento de uma Força empenhada em operações, em Moçambique.


Durante a acção inimiga, apesar de a cerca de dez metros do seu abrigo ter explodido uma granada-foguete inimiga, com muita coragem e serenidade, reagiu prontamente, de pé, ao fogo do adversário, batendo, com granadas de espingarda, a região em que o inimigo estava instalado, obrigando-o a retirar com baixas prováveis.


Após esta acção, no regresso ao quartel, foi incansável na pesquisa de minas, que detectou e ajudou a levantar, demonstrando sempre muita coragem, serenidade e sangue-frio.

- Natural do concelho de Barcelos, freguesia de Rio Covo - Santa Eulália.
- Incorporado no Regimento de Infantaria 10 (RI10 - Aveiro) em 26 de Outubro de 1965.
- Profissão: Trabalhador rural.
- Colocado no Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes)
- Especialidade: Atirador de Infantaria.
- Mobilizado para a Companhia de Caçadores 1554
»


 

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Batalhão de Caçadores N.º 1889


Identificação:
BCac1889


Unidade Mobilizadora:
Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes)


Comandante:
Tenente-Coronel de Infantaria José Alves Pereira


2.º Comandante:
Major de Infantaria Paulo Eurico de Lacerda Oliveira Martins


Oficial de Informações e operações / Adjunto:
Capitão de Infantaria António dos Santos Ramalho Eanes


Comandantes de Companhia


Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão do Serviço Geral do Exército João Grilo


Companhia de Caçadores 1552 (CCac1552):
Capitão Mil.º Alberto Rui Freixo Guedes de Moura


Companhia de Caçadores 1553 (CCac1553):
Capitão Mil.º Manuel Câmara Rodrigues


Companhia de Caçadores 1554 (CCac1554):
Capitão Mil.º António Guido D. Coelho da Silva


Teve sob o seu comando:
Companhia de Artilharia 1542 do Batalhão de Artilharia 1885 (CArt1542/BArt1885),
Companhia de Caçadores 1592 (CCac1592),
Companhia de Caçadores 1608 (CCac1608),
Companhia de Caçadores 1671 do Batalhão de Caçadores 1907 (CCac1671/BCac1907),
Companhia de Caçadores de Vila Gouveia (CCac de Vila Gouveia),
Companhia de Caçadores de Vila Manica (CCac de Vila Manica) e
Esquadrão de Cavalaria 3 (ECav3).
 

Divisa:
"Ad Justam Pacem".
 

Partida:
Embarque, no NTT «Vera Cruz», em 23 de Abril de 1966; Desembarque em 13 de Maio de 1966, em Nacala.
 

Regresso:
Embarque, no NTT «Niassa», em 2 de Julho de 1968.
 

Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala.


Foi colocado em Valadim, onde assumiu a responsabilidade do recém-criado subsector de Valadim (AVL), do Sector A.


As Companhia de Caçadores 1552, 1553 e 1554, foram colocadas, respectivamente, em Valadim, Muembe e Nova Vizeu, integradas no dispositivo do batalhão [BCac1889].


Ficou sob o seu comando a Companhia de Artilharia 1542 do Batalhão de Artilharia 1885 (CArt1542/BArt1885), em Valadim, de 13 de Junho a 30Julho de 1966, na situação de intervenção.


Desenvolveu a actividade operacional, através de abertura de itinerários, escoltas, reconhecimentos, nomadizações, patrulhamentos, emboscadas e golpes de mão, efectuando entre outras operações "Rainha "(Metarica), "Princesa" (regiões de Valadim e do rio Lusanhando), "Aproveita Agora" (entre os rios Lucuisse e Lijombo), "Terra Alta" (Mataca), "Papaia Verde" (região da "Base Nacambale"), "Leão Grande" (região da "Base Geral de Mataca"); "Caçada" (entre os rios Liqui e Luquesi) e a série "Nuno Vaz"(região da "Base Chipamulo").


Em Setembro de 1967, foi rendido em Valadim pelo Batalhão de Caçadores 1918 (BCac1918), e transferido para Catur, (subsector ACT, criado naquele mês).


Foram-lhe retiradas definitivamente as Companhias de Caçadores 1552, 1553 e 1554.


Teve sob o seu comando:
A Companhia de Caçadores 1592 (CCac1592) em Malapísia, a
Companhia de Caçadores 1671 do Batalhão de Caçadores 1907 (CCac1671/BCac1907) em Massangulo e a
Companhia de Caçadores 1608 (CCac1608) em Litunde.


A 30 de Outubro de 1967, saiu do Catur, ficando a guarnecer a localidade, um pelotão da Companhia de Caçadores 1608 (CCac1608), até à chegada do Batalhão de Caçadores 1936 (BCac1936), em 2 de Novembro de 1967.


Colocado em Vila Pery, rendeu o Batalhão de Caçadores 20 (BCac20).


Assumiu a responsabilidade do subsector de Vila Pery (CTCVP), do CTC (Comando Territorial do Centro).


Ficaram sob o seu comando a
Companhia de Caçadores de Vila Gouveia (CCac de Vila Gouveia),
Companhia de Caçadores de Vila Manica (CCac de Vila Manica) e
Esquadrão de Cavalaria 3 (ECav3), em Vila Pery.


De Setembro de 1967 até final da comissão, a actividade operacional consistia em patrulhamentos, contacto com as populações, colaboração com as autoridades administrativas, assistência médico-sanitária e acção psicológica.


Foi rendido em Vila Pery (Junho de 1968), pelo Batalhão de Caçadores 1916 (BCac1916).


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A Companhia de Caçadores 1552 (CCac1552), desembarcou em Nacala.


Colocada em Valadim, rendeu a Companhia de Caçadores de Quelimane.


De Maio de 1966 a Setembro de 1967, executou, entre outras, as operações: "Princesa" (regiões de Valadim e do rio Lussanhando), "Trazer para Casa" (entre os vales dos rios Lijombo e Lucheringo) e "Raposa" (zona do rio Lucingesse e da serra Macanca).


Tomou parte nas operações "Rainha II", "Terra Alta", "Papaia Verde", "Leão Grande", "Caçada" e série "Nuno Vaz".


Em Setembro de 1967, foi rendida em Valadim, pela Companhia de Caçadores 1713 do Batalhão de Caçadores 1918 (CCac1713/BCac1918) e transferida para Molumbo, no distrito da Zambézia, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 1507 do Batalhão de Cavalaria 1879 (CCav1507/BCav1879).


Foi retirada definitivamente do batalhão [BCac1889].


Em Fevereiro de 1968, rendida pela Companhia de Caçadores 1559 do Batalhão de Caçadores 1891 (CCac1559/BCac1891), foi colocada em Errego, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 1506 do Batalhão de Cavalaria 1879 (CCav1506/BCav1879). Sob o comando do Batalhão de Caçadores 191 (BCac1891) no subsector de Vila Junqueiro (DGR), a actividade operacional, consistiu em patrulhamentos na sua zona de acção.


Foi rendida em Errego (Junho de 196868), pela Companhia de Artilharia 1626 (CArt1626).
 

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A Companhia de Caçadores 1553 (CCac1553), desembarcou em Nacala, seguindo para Muembe, onde rendeu a Companhia de Caçadores 695 (CCac695).


Estabeleceu destacamentos de pelotão em Chicono e Luatize.


De Maio de 1966 a Setembro de 1967, efectuou entre outras, as operações: "Terra Seca" (Matende); "Serrania" (Lizimbague e Namatunungo) e "Planalto" (zona do rio Lucuisse e serra Maveia).


Participou nas operações "Terra Alta", "Leão Grande" e "Caçada".


Em Setembro de 1967, foi rendida em Muembe, pela Companhia de Caçadores 1714 do Batalhão de Caçadores 1918 (CCac1714/BCac1918) e transferida para Vila Coutinho, (distrito de Tete), onde rendeu a Companhia de Caçadores 802 (CCac802), sendo retirada definitivamente ao batalhão [BCac1889].


Ficou sob o comando do Batalhão de Caçadores 1890 (BCac1890), no recém-criado subsector de Furancungo.


Em Abril de 1968, devido a remodelação do dispositivo, Vila Coutinho passou para o subsector de Tete, ficando subordinada ao Batalhão de Artilharia 1881 (BArt1881).


De Setembro de 1967, até final da comissão, a actividade operacional consistiu em patrulhamentos e contacto com a população em acção educativa e assistência medicamentosa.


Foi rendida em Vila Coutinho (Junho de 1968), pela Companhia de Caçadores 1710 do Batalhão de Caçadores 1916 (CCac1710/BCac1916).
 

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A Companhia de Caçadores 1554 (CCac1554), desembarcou em Nacala.


Colocada em Nova Viseu, destacou 1 pelotão para Matucuta.


De Maio de 1966 a Setembro de 1967, efectuou entre outras, as operações: "Rainha I" (Meta-rica), "Agarra que é Ladrão" (Lumile e Panguiça) e "Sistema Solar" (Metela).


Participou nas operações "Rainha II", "Terra Alta" e série "Nuno Vaz".


Em Setembro de 1967, foi rendida em Nova Viseu, pela Companhia de Caçadores 1715 do Batalhão de Caçadores 1918 (CCac1715/BCac1918) e transferida para Ponta Mahone, no distrito de Lourenço Marques, onde rendeu a Companhia de Caçadores 803 (CCac803), sendo retirada ao batalhão [BCac1889].


Ficou sob o comando do Batalhão de Caçadores 18 (BCac18), (subsector de Lourenço Marques).


De Setembro de 1967, até final da comissão, a actividade operacional consistiu principalmente em patrulhamentos. Foi rendida em Ponta Mahone (Junho de 1968), pela Companhia de Artilharia 1600 (CArt1600).
 

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Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão [BCac1889], salienta-se, entre o diverso material capturado: 1 pistola, 2 pistolas metralhadoras, 32 espingardas, 4 granadas de lança granadas-foguete, 10 granadas de morteiro, 83 granadas de mão, 2 minas anticarro grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.

 

 

 

 

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