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Condecorações

Luís Samuel de Sousa Freitas, Furriel Mil.º de Infantaria, da CCac2705: Cruz de Guerra de 4.º classe

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo VII, pág. 120, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 1, pág.s 220 a 222, da RHMCA / CECA / EME

 

 

Luís Samuel de Sousa Freitas

 

Furriel Mil.º de Infantaria

 

Companhia de Caçadores 2705

 

«AD AUGUSTA PER AUGUSTA»

 

Batalhão de Caçadores 2914

 

«PARA QUE A TERRA NÃO ESQUEÇA»

 

Moçambique:

 

11Mai1970 a Mai1972

 

Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

Luís Samuel de Sousa Freitas, Furriel Mil.º de Infantaria

 

Mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 10 (BC10 - Chaves) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, integrado na Companhia de Caçadores 2705 (CCac2705) «AD AUGUSTA PER AUGUSTA» do Batalhão de Caçadores 2914 (BCac2914) «PARA QUE A TERRA NÃO ESQUEÇA», no período de 11 de Maio de 1970 a Maio de 1972.

 

Louvado e condecorado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe, publicado na Ordem de Serviço n.º 11, de 9 de Fevereiro de 1972, do Quartel General da Região Militar de Moçambique, e na Ordem do Exército n.º 16 - 3.ª série, de 1972

 

 

Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

 

 

Furriel Miliciano de Infantaria
LUÍS SAMUEL DE SOUSA FREITAS
 

CCac2705/BCac2914 - BC10
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE
 

Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 16 - 3° série, de 1972.
 

Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do art.º 20.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro de 1971, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 15 de Março último, o Furriel Miliciano de Infantaria, Luís Samuel de Sousa Freitas, da Companhia de Caçadores n.º 2705 do Batalhão de Caçadores n.º 2914 — Batalhão de Caçadores n.º 10.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.

 

(Publicado na Ordem de Serviço n.º 11, de 9 de Fevereiro de 1972, do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):
 

Que, por seu despacho de 27 de Janeiro de 1972, louvou o Furriel Miliciano de Infantaria, Luís Samuel de Sousa Freitas, da Companhia de Caçadores n.º 2705 do Batalhão de Caçadores n.º 2914 — Batalhão de Caçadores n.º 10, pelas excepcionais qualidades de combatente que demonstrou durante a operação "Jaguar VII".


Comandando a equipa de assalto a uma base onde o inimigo se encontrava fortemente instalado e oferecia grande resistência, lançou-se ao assalto com arrojo e agressividade invulgares, indiferente ao intenso fogo, com risco da própria vida, obrigando o inimigo a fugir precipitadamente, causando-lhe baixas e apreendendo-lhe grande quantidade de material e documentos.


Pela sua actuação em combate, em que revelou coragem, decisão, serena energia debaixo de fogo e sangue-frio, é o Furriel Freitas merecedor que os seus serviços em campanha sejam patenteados à consideração geral através deste público louvor.
 

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Batalhão de Caçadores N.º 2914
 

Identificação:
BCac2914


Unidade Mobilizadora:
Batalhão de Caçadores 10 (BC10 – Chaves)


Comandante:
Tenente-Coronel de Infantaria António Dias Machado Correia Dinis
Tenente-Coronel de Artilharia António de Campos Gil


2.º Comandante:
Major de Infantaria António Barata Alves
Major de Infantaria Francisco António Alves Pereira da Rocha


Oficial de Informações e Operações / Adjunto
Capitão de Infantaria Francisco António Alves Pereira da Rocha


Comandantes de Companhia


Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão Mil.º José Fausto Dias de Carvalho


Companhia de Caçadores 2705 (CCac2705):
Capitão de Infantaria António Feijó de Andrade Gomes

Capitão Mil.º Carlos Alberto Pais de Almeida
 

Companhia de Caçadores 2706 (CCac2706):
Capitão de Infantaria Luís de Sousa Pereira

Companhia de Caçadores 2707 (CCac2707):
Capitão de Infantaria Rui Martins Rodrigues
 

Divisa:
«PARA QUE A TERRA NÃO ESQUEÇA»
 

Partida:
Embarque, no NTT «Vera Cruz», no dia 25 de Abril de 1970; Desembarque no dia 11 de Maio de 1970.
 

Regresso:
Embarque, em avião, nos dias 30 de Abril, 14, 17 e 28 de Maio de 1972.
 

Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala.


Foi colocado em Mecula, no distrito do Niassa, onde rendeu o Batalhão de Caçadores 2880 (BCac2880), no subsector EME.


As Companhias de Caçadores 2705, 2706 e 2707, foram colocadas, respectivamente, em Chiulezi, Candulo e Nantuego, integradas no dispositivo do batalhão [BCac2914].


Na região de Candulo, situava-se o "Corredor de Mataca", uma das principais linhas de infiltração do inimigo, o qual tinha início no rio Rovuma, passando normalmente pelas ruínas do antigo Forte Maziva, penetrando no subsector em direcção aos férteis vales dos rios Lugenda e Luatize e à região de Cassero.


Um segundo "corredor", com início na zona de Negomano, seguia o vale do rio Lugenda e conduzia, quer à região de Cassero, quer à de Balama-Montepuez.


Em 15 de Maio de 1971, o Sector E, foi extinto, passando o subsector de Mecula, para o Sector A, com a designação AML.


De Maio de 1970, até final da comissão, a actividade operacional, caracterizou-se pela execução de escoltas, reconhecimentos, nomadizações, patrulhamentos e emboscadas.


Planeou e executou, entre outras, as operações:
"Puma 1" (montes Jau),
"Javali" e "Coruja Branca" (vale do rio Lugenda),
"Coruja Nocturna" (margem sul do rio Rovuma),
"Zagalo" (serra Mecula),
"Decisão" (entre os montes Jau e o rio Mejauice),
"Jaguar VII" e "Jaguar VIII" (região da "Base Central Msumbiji"),
"Tigre 27" (zona do rio Lucabanga),
"Apocalipse V", (região da "Base Mecanhelas"),
"Leão 11" (vale do rio Chiulezi),
"Leão 25" (regiões do Candulo e Chiulezi) e
"Jaguar IX" (montes Jau e Ivangu).


Foi rendido em Mecula, em Maio de 1972, pelo Batalhão de Artilharia 3887 (BArt3887).
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A Companhia de Caçadores 2705 (CCac2705), desembarcou Nacala e foi colocada em Chiulezi, onde rendeu a Companhia de Caçadores 2550 do Batalhão de Caçadores 2880 (CCac2550/BCac2880).


Guarneceu com 1 pelotão o destacamento de Lussanhando.


De 1 de Junho a 28 de Novembro de 1970 e de 14 de Junho a 25 de Novembro de 1971, cedeu 2 pelotões para protecção da Companhia de Engenharia 2686 (CEng2686), empenhada na construção da estrada Chiulezi — Mataca e da ponte sobre o rio Lussanhando, o que condicionou a actividade operacional nesses períodos.


Efectuou patrulhamentos e nomadizações nas zonas dos rios Lugenda, Chiulezi, Lucabanga, Lussanhando e Ludimilé, montes Missego e Medeze, nomeadamente as operações


"Coruja Branca",
"Tigre 7, 19 e 27",
"Perdiz 1" e
"Juliana 18".
Participou nas operações:
"Puma 1", e
"Jaguar VII, VIII e IX".


Foi rendida em Chiulezi, pela Companhia de Artilharia 3556 do Batalhão de Artilharia 3887 (CArt3556/BArt3887).
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A Companhia de Caçadores 2706 (CCac2706), desembarcou em Nacala e foi colocada em Candulo, onde rendeu a Companhia de Caçadores 2551 do Batalhão de Caçadores 2880 (CCac2551/BCac2880).


Guarneceu com 1 pelotão o destacamento de Chamba.


De 1 de Junho a 28 de Novembro de 1970 e de 14 de Junho a 25 de Novembro de 1971, cedeu 1 pelotão para protecção à Companhia de Engenharia 2686 (CEng2686), empenhada na construção da estrada Chiulezi - Mataca e da ponte sobre o rio Lussanhando, o que condicionou a actividade operacional nesses períodos.


Efectuou patrulhamentos e nomadizações numa extensa área, junto ao rio Rovuma, designadamente nas zonas de: vales dos rios Chulezi, Mazeze, Ludimile, Lucabanga e Lussanhando, imediações de Candulo e monte Metondover, efectuando entre outras operações

 
"Audaciosos 1 e 2",
"Leão 11, 21 e 25" e
"Javali 15".
Participou nas operações
"Puma 1",
"Javali 1" e
"Jaguar IX".


Foi rendida a 21 de Abril de 1972, no Candulo, pela Companhia de Artilharia 3557 do Batalhão de Artilharia 3887 (CArt3557/BArt3887) e transferida para a Beira, onde a 30 daquele mês, efectuou o embarque de regresso.
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A Companhia de Caçadores 2707 (CCac2707), desembarcou em Nacala e foi colocada em Nantuego, onde rendeu a Companhia de Caçadores 2552 do Batalhão de Caçadores 2880 (CCac255/BCac2880).


De 20 de Junho a 10 de Agosto de 1970, reforçou a Companhia de Comando e Serviços (CCS) [do Batalhão de Caçadores 2914] com 1 pelotão.


Em 3 de Outubro de 1970, foi transferida para Mecula, sede do batalhão [BCac2914], ficando Nantuego, guarnecido com 1 pelotão.
Em 1 de Novembro de 1970, destacou 1 pelotão para Mussoma.


Devido à redução do efectivo, foi-lhe atribuída a missão de escoltar colunas logísticas.


Executou, entre outras, as operações:
"Coruja Nocturna", (região da margem Sul do rio Rovuma),
"Leopardo 11" (monte Sangano),
" Pavão" (regiões de Nanguare, Micunde e Alicumbe) e
"Janota 32" (serra Mecula).
Tomou parte nas operações
"Puma 1",
"Javali 1",
"Zagalo" e
"Apocalipse V".


Foi rendida em Mecula, pela Companhia de Artilharia 3558 do Batalhão de Artilharia 3887 (CArt3558/BArt3887).
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Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão [BCac2914], salienta-se, entre o diverso material capturado: 2 metralhadoras ligeiras, 9 espingardas, 5 granadas de mão, 3 granadas de lança-granadas foguete, grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.

 

 

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