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Condecorações

José Nunes Martins, Soldado Atirador de Infantaria, da CCac1805: Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação

do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"
Barata da Silva
, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 472, da RHMCA / CECA / EME

8.º Volume, Tomo III, pág. 268, da RHMCA / CECA / EME

Imagens dos distintivos cedidas por Carlos Coutinho

Com o apoio de um colaborador do portal UTW

 

 

 

José Nunes Martins

 

Soldado Atirador de Infantaria, n.º 02270467

 

Companhia de Caçadores 1805

 

Batalhão de Caçaores1937

«EXCELENTE E VALOROSO»

 

Moçambique

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

(Título póstumo)

 

 

José Nunes Martins, Soldado Atirador de Infantaria, n.º 02270467, natural da freguesia de Montargil, concelho de Ponte de Sor, filho de Simão António Martins e de Perpétua Nunes Martins, solteiro;

 

Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1805 (CCac1805) do Batalhão de Caçadores 1937 (BCac1937) «EXCELENTE E VALOROSO»;


Faleceu, no dia 29 de Janeiro de 1968, no Hospital Militar 125 (HM125), em Nampula, vítima de ferimentos em combate, em consequência do 2.º ataque de 'frelos' ao posto de vigilância das Nossas Tropas em Nancatari (sector de Mueda);


Está inumado no cemitério da freguesia de Montargil, concelho de Ponte de Sor.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, a título póstumo.

 

Paz à sua Alma

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

(Título póstumo)

 

 

Soldado de Infantaria, n.º 02270467
JOSÉ NUNES MARTINS
 

CCac1805/BCac1937 - RI2
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE (Título póstumo)


Transcrição do Despacho publicado na OE n.º 20 - 3.ª série, de 1969.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 09 de Maio de 1969, a título póstumo, o Soldado n.º 02270467, José Nunes Martins, da Companhia de Caçadores n.º 1805 do Batalhão de Caçadores n.º 1937 - Regimento de Infantaria n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 72, de 07 de Setembro de 1968, do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):


Que seja considerado como concedido pelo General Comandante da Região Militar de Moçambique, o seguinte louvor, que se transcreve da OS n.º 21, de 17 de Maio de 1968, do Comando do Sector B (Despacho de 15 de Agosto de 1968):


Louvado, a título póstumo, o Soldado atirador n.º 02270467, José Nunes Martins, da Companhia de Caçadores n.º 1805 do Batalhão de Caçadores n.º 1937, porque no ataque que o inimigo levou a efeito, em 29 de Janeiro de 1968 (nota1), ao estacionamento daquela Companhia, estando de guarda no posto de vigilância do sector por onde foi lançado o assalto, se manteve firme no seu posto, apesar da enorme massa atacante e do seu grande potencial bélico, batendo-se com denodo até ser atingido pelas granadas do inimigo e perder a vida.


Revelou excepcionais qualidades de valentia, sangue-frio e desprezo pela vida, tendo contribuído com a sua acção para retardar e desorganizar o assalto ao aquartelamento e incutir ânimo aos seus camaradas, impondo-se ao respeito e admiração destes e dos superiores.

 

(nota1):

 Naquele dia [29Jan1968] tombaram mais 2 HEROICOS Militares:

 

Hermenegildo António Branco

Hermenegildo António Branco, Soldado Apontador de Metralhadora, n.º 09721666, da Companhia de Caçadores 1805 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1805/BCac1937);

 

Natural da freguesia do Rosário, do concelho de Almodôvar, filho de Manuel António Branco e de Balbina Antónia, solteiro;

 

Está inumado no cemitério da freguesia do Rosário, concelho de Almodôvar;

 

Ocorrência:

Encontrava-se de sentinela; evacuado para o Hospital Militar 125 (HM125) onde foi declarado o óbito;

 

A título póstumo agraciado com a Cruz de Guerra de 4ª classe.


 

Serafim Ferreira Mendes

Serafim Ferreira Mendes, Soldado Condutor-Auto, n.º 04319367, da Companhia de Caçadores 1805 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1805/BCac1937);

 

Natural da freguesia do Bonfim, concelho do Porto, filho de Amaro Ferreira Mendes e de Maria Adelina Ferreira, solteiro;

 

Está inumado no cemitério da freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar.

   

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Batalhão de Caçadores N.º 1937
 

Identificação:
BCac1937
 

Unidade mobilizadora:
Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes)
 

Comandante:
Tenente-Coronel de Infantaria Francisco José Vilela Forte Faria
 

2.º Comandante:
Major de Infantaria Horácio Vilhena de Andrade
 

Oficial de Informações e Operações / Adjunto:
Major de Infantaria Joaquim Vilhena Rodrigues
 

Comandantes de Companha:
 

Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão do Serviço Geral do Exército José Cardoso Vidas
 

Companhia de Caçadores 1803 (CCac1803):
Capitão de Infantaria António Leopoldo Junqueira Coelho
 

Companhia de Caçadores 1804 (CCac1804):
Capitão de Infantaria José Domingos Ferro de Andrade
 

Companhia de Caçadores 1805 (CCac1805):
Capitão Mil.º Antero José Lopes
 

Teve sob o seu comando:
Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389),
2.ª Bateria de Bocas de Fogo do Grupo de Artilharia de Campanha de Nampula (2ªBtrbf/GACN),
Companhia de Caçadores 2447 (CCac2447),
Companhia de Caçadores 2448 (CCac2448),
Companhia de Caçadores 2449 (CCac2449),
Companhia de Caçadores 1796 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1796/BCac1935),
Companhia de Caçadores 1797 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1797/BCac1935),
Companhia de Caçadores 1798 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1798/BCac1935),
Companhia de Caçadores de Quelimane (CCacQuelimane),
Companhia de Caçadores de Milange (CCacMilange).
 

Divisa:
"Excelente e Valoroso"
 

Partida:
Embarque no dia 11 de Outubro de 1967, no NTT "Vera Cruz"; Desembarque no dia 31 de Outubro de 1967.
 

Regresso:
Embarque, em navio, no dia 1 de Dezembro de1969.
 

Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Nacala.


Colocado em Nangololo, no distrito de Cabo Delgado, rendeu o Batalhão de Caçadores 1878 (BCac1878), no subsector BNG.


As Companhia de Caçadores 1803, 1804 e 1805, foram colocadas respectivamente em Miteda, Muidumbe e Nancatári, integradas no dispositivo do batalhão [BCac1937].


A partir de 18 de Junho de 1968, ficou sob o seu comando a Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389), que rendera a Companhia de Caçadores 1805 (CCac1805), em Nancatári.


A partir de Outubro de 1968, a zona de acção do subsector foi reduzida, passando a Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389), a ficar sob o comando do Batalhão de Artilharia 2846 (BArt2846), sedeado em Mueda (subsector BMU).


A 21 de Outubro de 1968, recebeu o reforço de 1 pelotão de bocas de fogo da 2.ª Bateria de Bocas de Fogo do Grupo de Artilharia de Campanha de Nampula (2ªBtrbf/GACN).


Em Novembro de 1968, foram-lhe retiradas definitivamente as subunidades de caçadores (CCac1803, CCac1804 e CCac1805), ficando sob o seu comando as
Companhia de Caçadores 2447 (CCac2447) em Miteda,
Companhia de Caçadores 2448 (CCac2448) em Nangololo, e
Companhia de Caçadores 2449 (CCac2449) em Muidumbe,
(renderam, respectivamente, as Companhias de Caçadores 1803, 1805 e 1804)


No subsector, a subversão violenta era intensa, através de implantação sistemática de engenhos explosivos nos itinerários, emboscadas e ataques a aquartelamentos, com tentativas de assalto a alguns, a partir de Janeiro de 1968.


De Novembro de 1967 a Fevereiro de 1969, a actividade operacional, consistia em abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, nomadizações, patrulhamentos, cercos, batidas, golpes de mão e emboscadas.


Planeou e efectuou entre outras, as operações:
"Hipócrates" (região da "Base Lúrio"),
"Tripé" (vale do rio Ingunde),
"Capita I" e "Capita II" (região da "Base Moçambique"),
"Vespeiro" (monte Sinalo),
"Labirinto" (vale do rio Muatide),
"Insistência" (entre os itinerários Muidumbe-Nangololo e Muidumbe-Capoca),
"Cuca" (vale do rio Némua),
"Mouzinho" (região da "Base Moçambique"),
"Tareco" e "Condor" (vale do rio Uteco),
"Pluto" (Magude),
"Alicate" (região da "Loko Branch Muatide"),
"Raposa" e "Boxer" (região das "Tawi Branch Issai e Namede"),
"Leão da Rodésia" (Miteda), e
"Mabeco" (região da nova "Base Urjo").


Em Fevereiro de 1969, foi rendido em Nangololo, pelo Batalhão de Caçadores 2862 (BCac2862) e transferido para Mocuba, no distrito da Zambézia, onde rendeu o Batalhão de Caçadores 1899 (BCac1899), no subsector DMO. Ficaram sob o seu comando, a
Companhia de Caçadores 1796 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1796/BCac1935) em Chire, a
Companhia de Caçadores 1797 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1797/BCac1935) em Mabo-Tacuane, a
Companhia de Caçadores 1798 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1798/BCac1935) em Morrumbala, a
Companhia de Caçadores de Quelimane (CCacQuelimane), e
Companhia de Caçadores de Milange (CCacMilange).


Em Agosto de 1969, a Companhia de Caçadores 1796 do Batalhão de Caçadores 1935 (CCac1796/BCac1935), foi rendida no Chire, pela Companhia de Caçadores de Quelimane (CCacQuelimane) e colocada em Milange, onde rendeu a Companhia de Caçadores de Milange (CCacMilange), transferida para Chiuta (Tete).


A actividade do inimigo, através de elementos provenientes do Malawi, consistia em acções de aliciamento da população, roubo e atentados pessoais nas regiões fronteiriças.
De Fevereiro de 1969, até final da comissão, a actividade operacional, caracterizou-se pela execução de escoltas, nomadizações, patrulhamentos, contacto com a população, colaboração com as autoridades administrativas, assistência médico-sanitária e acção psicológica.


Foi rendido [BCac1937] em Mocuba (Novembro de 1969), pelo Batalhão de Artilharia 2847 (BArt2847).
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A Companhia de Caçadores 1803 (CCac1803), desembarcou em Nacala.


Foi colocada em Miteda onde rendeu a Companhia de Caçadores 1502 do Batalhão de Caçadores 1878 (CCac1502/BCac1878).


De Novembro de 1967 a Novembro de 1968, executou, entre outras, as operações
"Marretada"(Monte Sigigombe) e
"Há Rato na Bota" (Sul de Miteda).
Tomou parte nas operações
"Capita II",
"Vespeiro",
"Labirinto",
"Insistência",
"Mouzinho",
"Tareco",
"Condor",
"Alicate" e
"Raposa".


Em Novembro de 1968, foi rendida em Miteda, pela Companhia de Caçadores 2447 (CCac2447) e transferida para Errego, no distrito da Zambézia, onde rendeu a Companhia de Artilharia (CArt1626), sendo retirada definitivamente ao batalhão [BCac1937].


Ficou sob o comando do Batalhão de Caçadores 1934 (BCac1934), no subsector de Vila Junqueiro (DGR), do sector D.


De Novembro de 1968, até final da comissão, efectuou patrulhamentos e contacto com a população.


Foi rendida em Errego (Novembro de 1969), pela Companhia de Cavalaria 2399 do Batalhão de Cavalaria 2850 (CCav2399/BCav2850).
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A Companhia de Caçadores 1804 (CCac1804), desembarcou em Nacala.


Foi colocada em Muidumbe, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1504 do Batalhão de Caçadores 1878 (CCac1504/BCac1878).


De Novembro de 1967 a Novembro de 1968, executou, entre outras, as operações
"Rosário"(Sul de Muindumbe) e
"Ninhada" (entre Muidumbe e as nascentes do rio Ingude).
Tomou parte nas operações
"Vespeiro",
"Labirinto",
"Cuca",
"Mousinho",
"Tareco",
"Pluto",
"Alicate",
"Boxer" e
"Leão da Rodésia".


Em Novembro de 1968, foi rendida em Muidumbe, pela Companhia de Caçadores 2449 (CCac2449) e transferida para Chibuto, no distrito de Gaza, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1608 (CCac1608), sendo retirada definitivamente ao batalhão [BCac1937].


Ficou sob o comando do Batalhão de Caçadores 17 (BCac17), no subsector de Inhambane, do CTS.


De Novembro de 1968 até final da comissão, efectuou patrulhamentos e contacto com a população.


Foi rendida no Chibuto (Novembro de 1969), pela Companhia de Cavalaria 2398 do Batalhão de Cavalaria 2850 (CCav2398/BCav2850).
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A Companhia de Caçadores 1805 (CCac1805), desembarcou em Nacala.


Colocada em Nancatári rendeu a Companhia de Caçadores 1503 do Batalhão de Caçadores 1878 (CCac1503/BCac1878).


Cedeu 1 pelotão de reforço à CCS do batalhão [BCac1937].


De Novembro de 1967 a Novembro de 1968, participou nas operações
"Tripé",
"Capita II",
"Labirinto",
"Insistência",
"Mousinho",
"Pluto",
"Condor",
"Raposa",
"Boxer" e
"Leão da Rodésia".


A 18 de Junho de 1968, foi rendida, em Nancatári, pela Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389) e transferida para Nangololo, sede do batalhão [BCac1937], tendo passado a constituir força de intervenção do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM)

 

Em Novembro de 1968, foi rendida, em Nangololo, pela Companhia de Caçadores 2448 (CCac2448) e transferida para Inhaminga, no distrito de Manica e Sofala, onde rendeu a Companhia de Artilharia 1627 (CArt1627), sendo retirada definitivamente ao batalhão [BCac1937].


Ficou sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 16 (BCac16), no subsector da Beira (CTCBR).


De Novembro de 1968, até final da comissão, a actividade operacional consistia em patrulhamentos e contacto com a população.


Foi rendida em Inhaminga (Novembro de 1969), pela Companhia de Cavalaria 2400 do Batalhão de Cavalaria 2850 (CCav 2400/BCav 2850).
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Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão, salienta-se, entre o diverso material capturado: 2 metralhadoras ligeiras, 1 pistola, 1 pistola-metralhadora, 47 espingardas, 24 canhangulos, 106 granadas de mão, 5 granadas de lança granadas-foguete, 10 granadas de morteiro, grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.
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Observações:
Na organização administrativa do inimigo o termo;
"Area Branch" - equivalia a administração, circunscrição ou posto administrativo,
"Loko Branch" - equivalia a regedoria,
"Tawi Branch" - equivalia a povoação.

 

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