José Lúcio Espinheira Gomes
Alferes Mil.º de Cavalaria 'Comando'
9.ª Companhia de Comandos
«FANTASMAS»
«A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique:
13Ago1967 a 10Set1969
Cruz de Guerra de 3.ª classe
José
Lúcio Espinheira Gomes, Alferes
Mil.º de Cavalaria ‘Comando’, n.º
05828065.
Mobilizado pelo Regimento de
Artilharia Ligeira 1 (RAL1 –
Sacavém) «EM PERIGOS E GUERRAS
ESFORÇADOS»
para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique, como
comandante de pelotão da 9.ª
Companhia de Comandos «FANTASMAS».
No dia 15 de Julho de 1967, embarcou
na Gare Marítima
da
Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa,
no NTT «Angola», com destino a Porto
Amélia, onde desembarcou no dia 13
de Agosto de 1967.
No dia 10 de Setembro de 1969,
embarcou em Nacala, no NTT
«Império», de regresso à Metrópole,
onde desembarcou na Gare Marítima da
Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa,
no dia 4 de Outubro de 1969.
Louvado e agraciado com a Medalha da
Cruz de Guerra de 3.ª classe,
publicado na Ordem de Serviço n.º
84, de 15 de Novembro de 1969, do
Quartel General da Região Militar de
Moçambique, na Ordem do Exército n.º
5 – 2.ª série, de 1970, pág. 523, e
na Revista da Cavalaria, edição
1970, pág.s 109 e 110.
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Cruz de Guerra de 3.ª classe
Alferes
Miliciano de Cavalaria, Comando
JOSÉ LÚCIO ESPINHEIRA GOMES
9.ªCCmds - RAL1
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na Ordem do Exército n.º 5 - 2.ª
série, de 1970.
Por Portaria de 24 de Fevereiro de
1970:
Condecorado com a Cruz de Guerra de
3.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província de Moçambique,
o Alferes Miliciano de Cavalaria,
Comando, José Lúcio Espinheira
Gomes, da 9.ª Companhia de Comandos
- Regimento de Artilharia Ligeira
n.º 1.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
84, de 15 de Novembro de 1969, do
Quartel General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 15 de
Outubro de 1969, louvou o Alferes
Miliciano de Cavalaria, Comando,
José Lúcio Espinheira Gomes, da 9.ª
Companhia de Comandos, por ter
demonstrado uma excepcional vontade
de bem cumprir a par de uma
verdadeira noção do dever militar e
com um espírito de missão
invulgarmente acentuado. Já desde o
tempo da preparação da Companhia o
seu gosto pela especialidade que
havia escolhido o levou a dedicar-se
à instrução com denodo, determinação
e espírito de sacrifício que bem se
reconhece e demonstra entrega total
à missão.
Em todos os serviços de que foi
incumbido ao longo dos seus dois
anos de comissão, o Alferes
Espinheira evidenciou-se pela sua
total adesão ao espírito do Comando,
sem ofuscar a sua personalidade
vincada, as suas maneiras simples e
de forte camaradagem que lhe fizeram
granjear a estima entre superiores,
iguais e subordinados, sem contudo
se alhear de um espírito de
disciplina consentida.
Foi porém no aspecto operacional que
os seus naturais dotes de chefia a
par das qualidades inatas de bom
combatente cedo se revelaram.
Na operação "Dragão Negro" entrou
só, com outro camarada, num
acampamento inimigo ocupado, a fim
de fazer um reconhecimento,
demonstrando assim rara valentia a
par de uma determinação e coragem
digna de respeito.
Na operação "Abraço Longo", a sua
actuação mostrou-o um óptimo
colaborador do Comando, possuidor de
espírito de sacrifício, abnegação e
valentia.
Nas operações "Marte 7", "Etapa 5" e
"Pala-Pala 3", actuando com grupos
de c-mandos reduzidíssimos,
evidenciou uma serena energia
debaixo de fogo, uma determinação e
desprezo pela vida, dignos de serem
postos em destaque, ao capturar e
abater um número de elementos
inimigos superiores por vezes aos
nossos efectivos, utilizando somente
como armas, o silêncio, a astúcia e
a vontade.
Oficial muito estimado, conseguiu ao
longo de toda a comissão levar o
pessoal sob o seu comando a executar
qualquer missão com êxito, sendo
assim de apontar o Alferes
Espinheira como possuidor das mais
altas virtudes do militar Português,
que se soube dignificar com a sua
actuação muito apreciável.