José
Joaquim Varela Martins
Soldado de
Cavalaria, n.º 03038167
Companhia de Cavalaria 1730
Batalhão de
Cavalaria 1923
«NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE»
Moçambique:
03Set1967 a
12Out1969
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
Prémio
Governador-Geral de Moçambique
Louvor Colectivo
Medalha Comemorativa
das Campanhas
"Moçambique 1967 - 69"
José Joaquim Varela Martins, Soldado
de Cavalaria, n.º 03038167, com a especialidade de
apontador de lança-granadas foguete;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE» para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 3 de Agosto de 1967, na Gare Marítima da Rocha do
Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado Companhia de Cavalaria 1730 (CCav1730) do
Batalhão de Cavalaria 1923 (BCav1923) «NA
GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE», rumo a Mocímboa de Praia, onde
desembarcou no dia 3 de Setembro de 1967;
A sua subunidade de cavalaria, após o desembarque:
- Foi colocada em Negomano, onde rendeu a Companhia de
Caçadores 1555 (CCac1555) do Batalhão de
Caçadores 1890
(BCac1890) «OS FRONTEIROS DO ROVUMA»;
- De Setembro de 1967 a Maio de 1968, executou, entre
outras, as operações: "Jacaré" e "Trapézio" (vale do rio
Rovuma) e "Flagelo" (região de Nazombe);
- Tomou parte nas operações, "Corta-Mato" e "Palpite";
- Em Maio de 1968 foi rendida pela Companhia de
Cavalaria 2377 (CCav2377) do Batalhão de Cavalaria 2848
(BCav2848) «CONDUTA MAIS BRILHANTE» e transferida de
Negomano para Tete, onde rendeu a
Companhia de
Artilharia 1511 (CArt1511) do
Batalhão de Artilharia
1881 (BArt1881) «OMNIA OMNIBUS»;
- Na situação de intervenção do comando do Sector F
(Tete), participou em operações efectuadas em várias
regiões do distrito de Tete, designadamente: "Tripper"
(vale do rio Capoche), "1.ª Bucha" (confluência dos rios
Capoche e Zambeze), "2.ª Bucha" (serra Sacari), "3.ª
Bucha" e "Atalaia" (serra Salambidua), "Natal" (região
de Bene) e "Presença" (região de Cabora-Bassa);
- A 03 de Março 1969, foi transferida por troca com a
Companhia de Cavalaria 1728 (CCav1728) do Batalhão de
Cavalaria 1923 (BCav1923) «NA GUERRA CONDUTA MAIS
BRILHANTE», de Tete para Moatize, regressando ao
batalhão.
- Guarneceu Zobué com 1 pelotão.
- A partir de 28 de Abril de 1969 guarneceu com 1
pelotão o destacamento de Caldas Xavier.
- Até final da comissão, efectuou entre outras, as
operações: "Teia" (Caji), "Alpino" (Mogunda) e "Olá"
(vale do rio Zambeze). Embora na situação de quadrícula,
participou
em operações planeados e comandadas pelo
Sector F, designadamente: "Relâmpago" (subsector de
Furancungo), "Ereza" e "Grandes Chefes" (subsector
de
Bene).
- Foi rendida em Moatize, em Setembro de 1969, pela
Companhia de Caçadores 2319 (CCac2319) do Batalhão de
Caçadores 2836 (BCac2836) «NADA POR NÓS, TUDO PELA
PÁTRIA».
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações de Moçambique, por despacho de 2 de
Outubro de 1968, publicado na Ordem de Serviço n.º 85,
de 23 de Outubro de 1968, do Quartel General da
Região
Militar de Moçambique e na Revista da Cavalaria do ano
de 1968, página 135;
Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe,
por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, de 21 de Novembro de 1968, publicado na
Ordem do Exército n.º 36 – 3.ª série, de 30 de Dezembro
de 1968;
Agraciado com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique, publicado no Jornal do
Exército n.º 112, página 59, de Maio de 1969;
No dia 12 de Outubro de 1969, embarcou
num navio de
transporte de tropas de regresso à
Metrópole.
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria 1923 –
publicado na Ordem de Serviço n.º 97, de 31 de Dezembro
de 1969, da Região Militar de Moçambique, e na Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 117 e 118;
Condecorado com a Medalha Comemorativa das Campanhas,
com a legenda “Moçambique 1967 – 69”, por despacho de 27
de Janeiro de 2017, do Brigadeiro-General Diretor de
Serviços de Pessoal, no âmbito da delegação de
competências, e em conformidade com as disposições do
Regulamento da Medalha Militar e das Medalhas
Comemorativas das Forças Armadas, promulgado pelo
Decreto-Lei n.º 316/2002, de 27 de Dezembro, publicado
na Ordem do Exército n.º 03/2007 – 3.ª série, página 55,
de 31 de Março.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado
de Cavalaria, n.º 03038167
JOSÉ JOAQUIM VARELA MARTINS
CCav1730/BCav1923
- RC3
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 36 – 3.ª
série, de 30 de Dezembro de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª Classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 21
de Novembro de 1968:
O Soldado n.º 03038167, José Joaquim
Varela Martins, da Companhia de
Cavalaria n.º 1730 do Batalhão de
Cavalaria n.º 1923 - Regimento de
Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
Transcrição do Louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
85, de 23 de Outubro de 1968, do
Quartel General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 2 de
Outubro de 1968, louvou o Soldado
n.º 03038167, José Joaquim Varela
Martins, da Companhia de Cavalaria
n.º 1730 do Batalhão de Cavalaria
n.º 1923, porque, no decorrer duma
operação levada a efeito no Norte de
Moçambique, na zona de acção da
Companhia de Cavalaria 2377, a que
estava adido, se houve com
extraordinário valor, cometendo, por
iniciativa própria, acto de bravura
que importa destacar.
Voluntário para a referida operação,
como apontador de lança-granadas
foguete, tendo sido, em plena acção,
alvejado pelo adversário com rajadas
de arma automática que bateram o
terreno a seus pés e ceifaram a
palhota a que estava encostado, não
só não recuou, nem tomou abrigo,
como municiando ele próprio e
sozinho o seu lança-granadas, fez
três disparos, com os quais pôs em
debandada o grupo inimigo,
causando-lhe baixas prováveis,
conforme os vestígios deixados no
local.
Nesta acção demonstrou o Soldado
Varela Marfins possuir elevada noção
do dever e qualidades de coragem,
audácia, valentia, serenidade
debaixo de fogo e decisão, que levam
a apontá-lo como um exemplo a seguir
e a distingui-lo pela maneira
valorosa como, assim, serviu a
Pátria e o Exército.
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Prémio Governador-Geral de
Moçambique
Soldado de Cavalaria José Joaquim
Varela Martins
Tem
revelado grande audácia e serenidade
debaixo de fogo, cometendo por sua
própria iniciativa actos de
extraordinário valor e bravura.
No decorrer duma operação, na qual
tomou parte voluntariamente, tendo
sido alvejado por tiros duma arma
automática que bateram o terreno a
seus pés e crivaram a palhota junto
da qual se encontrava, não só não se
retirou do seu posto de combate como
ainda, com grande decisão, municiou
ele próprio e sozinho o seu
lança-granadas e fez três disparos
certeiros com os quais pôs o grupo
inimigo em debandada, causando-lhe
baixas.
É condecorado com a Cruz de Guerra
de 4.ª Classe.
(in Jornal do Exército n.º 112,
página 59, de Maio de 1969)
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Louvor Colectivo
Batalhão de Cavalaria 1923
(Ordem
de Serviço n.º 97, de 31 de Dezembro
de 1969, da Região Militar de
Moçambique)
Louvo o Batalhão de Cavalaria n.º
1923 por, durante a comissão que foi
chamado a desempenhar na província
de Moçambique, ter sempre
demonstrado ser uma Unidade com
elevado espírito de corpo e um alto
sentido do cumprimento das missões
que lhe foram atribuídas, sendo
considerada pelo Comando do Sector
uma Unidade com que se pode contar
em todas as circunstâncias.
Tendo iniciado a sua missão numa
zona de acção de fronteira, onde o
inimigo estava particularmente
activo, não só com inúmeras
implantações de engenhos explosivos,
como também de emboscadas e
flagelações, revelou-se sempre com
grandes qualidades de disciplina e
de espírito de abnegação.
Transferido em Julho de 1968 para o
Comando do Sector “F” foi-lhe dada a
responsabilidade de uma área muito
extensa, com características bem
diferentes, na qual continuou a
manifestar o seu forte espirito de
missão com uma grande actividade de
patrulhamento e uma bem orientada
acção psicológica junto das
populações, tendo exercido grande
esforço na pesquisa de informações e
no conhecimento do terreno.
De salientar, ainda, os grandes
melhoramentos efectuados na sede do
Batalhão e o melhor espírito de
colaboração para ser elevado o nível
das messes de Oficiais e Sargentos
da Guarnição de Tete.
Da sua notável actividade, é grato a
este Comando dar público louvor
pelos serviços prestados pelo
Batalhão de Cavalaria 1923, o qual,
não só prestigiou a Arma a que
pertence, como também o Exército que
abnegadamente serve.
(in
Revista da Cavalaria do ano de 1969,
páginas 117 e 118)
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