João Manuel Machado Montalvão dos
Santos e Silva
- em 01Out1962, cadete-aluno da
Academia Militar, promovido a
aspirante-a-oficial de artilharia e
colocado na EPA-Vendas Novas;
-
em 22Jul1963 transferido para o
RL2-Ajuda;
- em 16Ago1963 promovido a alferes
do QP n/m 51373411;
- em 09Jul1964, tendo sido
mobilizado pelo RAAF-Queluz,
embarca em Lisboa no NTT 'Vera Cruz'
rumo a Luanda, integrado em uma das
subunidades de artilharia antiaérea
destinadas a reforço do dispositivo
da guarnição normal de Angola;
- em 01Dez1965 promovido a tenente;
- em 28Jul1966 regressa à Metrópole;
- em 31Jan1968, tendo sido
mobilizado pelo RAP2 para servir
em Moçambique, embarca em Lisboa no
NTT 'Vera Cruz' rumo ao porto de
Nacala, como comandante da
CArt2324/BArt2838;
- em 02Mar1970 concluída a sua 2ª
comissão ultramarina, inicia no NTT
'Vera Cruz' a torna-viagem à
Metrópole;
- em 21Mar1970 fica colocado no
RAL1-Sacavém;
- em 05Mai1970 agraciado com a Cruz
de Guerra de 2ª classe, por
distintos feitos em combate;
- em 13Jan1972 novamente mobilizado
para servir em Angola, embarca em
Lisboa rumo a Luanda;
- em 20Fev1974 concluída a sua 3ª
comissão ultramarina, regressa
definitivamente à Metrópole e fica
colocado no EME;
- em 17Jun1974 transferido para o
RAC-Oeiras;
- em 03Out1974 regressa ao
RAL1-Sacavém.
Cruz de Guerra, de 2.ª classe
Capitão
de Artilharia
JOÃO MANUEL MACHADO MONTALVÃO
DOS SANTOS E SILVA
CArt 2324/BArt 2838 — RAP 2
MOÇAMBIQUE
2.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na OE n.º 10 — 2.ª série, de 1970.
Por Portaria de 05 de Maio de 1970:
Condecorado com a Cruz de Guerra de
2.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província de Moçambique,
o Capitão de Artilharia, João Manuel
Machado Montalvão dos Santos e
Silva, da Companhia de Artilharia
n.º 2324/Batalhão de Artilharia n.º
2838 — Regimento de Artilharia
Pesada n.º 2.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado nas OS n.º 17, de 12 de
Novembro de 1969, do CCFAM e n.º 90,
de 06 de Dezembro do mesmo ano, do
QG/RMM):
Por proposta do Comandante da Região
Militar de Moçambique, Sua Ex.ª o
General Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, por seu
despacho de 05Nov69, louvou o
Capitão de Artilharia, João Manuel
Machado Montalvão dos Santos e
Silva, Comandante da Companhia de
Artilharia n.º 2324, do Batalhão de
Artilharia n.º 2838 — RAP 2, porque,
em todas as acções de combate em que
tomou parte neste Subsector — e
muitas foram já — evidenciou
bravura, coragem ponderada, com
grave risco da própria vida,
excepcionais qualidades de comando,
tudo evidenciando altos méritos que
vêm assinalando progressivamente e
de forma brilhante, a sua carreira
militar.
Tais qualidades, aliadas a uma
inteligência construtiva, a uma
vontade sempre orientada no sentido
da acção, por mais difícil e
arriscada, foram mais uma vez postas
à prova nas operações "Lobo Novo" e
"Lobo Insiste", em que à frente das
forças que comandava, as conduziu
por dificílimo percurso a uma
importantíssima base inimiga.
Conseguiu então uma vitória decisiva
sobre os terroristas que se supunham
a coberto de qualquer intervenção
das nossas tropas, dada a quase
impraticabilidade do terreno que
conduzia àquela base, tendo
desenvolvido brilhante acção que
culminou com a neutralização de
importantes elementos, com a captura
de material e com a destruição dessa
base.
Chefe militar por natureza e
profissional extremamente
competente, firme nas suas decisões,
colaborador dedicado, franco e leal
em extremo, o Capitão Montalvão e
Silva merece que por esta forma seja
posta em público destaque a
excelência dos seus méritos e que os
serviços prestados, com honra e
lustre para as instituições
militares, sejam considerados
relevantes e distintos.
Companhia
de Artilharia 2324
A CArt 2324 desembarcou em Nacala e
foi colocada em Nova Coimbra, onde
rendeu a CCaç 1558/BCaç 1891.
Guarneceu com 1 secção o
destacamento de Messumba. De 01 a
20Set68, montou base em Bandece,
onde efectuou operações.
De Fev68 a Mai69, executou, entre
outras, as operações "Lobo Forte"
(região da infiltrante de Caluloma),
"Lobo Branco" (vales dos rios
Lussefa, Luile, Michesa e Chimdumbe),
"Lobo Esfomeado" (vale do rio
Liquisi), "Lobo Bronzeado" (vale do
rio Matumbué) e "Lobo sem Loba"
(monte Juzagombe). Tomou parte nas
operações "Lobo Arremete" e "Cavalo
Preto".
Em Mai69, foi rendida em Nova
Coimbra pela CArt 2497/BArt 2869, e
transferida para Ribaué, onde rendeu
a CCaç 1714/BCaç 1918, sendo
retirada definitivamente ao
batalhão. Guarneceu Iapala com 1
pelotão. Sob o comando operacional
do BCaç 1918 e, do BCaç 2837,
(rendeu o 1.º em Set69, no subsector
de Ribaué), a actividade
operacional, consistiu em
patrulhamentos, colaboração com as
autoridades administrativas, e
contacto com a população
prestando-lhe assistência
médico-sanitária. Em Set69 e de
Nov69 a Jan70, esteve sedeada em
Porto Amélia, na situação de
intervenção do comando do sector B.
Não foi rendida em Ribaué.