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Condecorações

Ilídio Rodrigues Neto, Soldado de Artilharia, da CArt2730/BArt2846: Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

 

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 497, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 1, pág.s 325 a 328, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, 119, pág. 55, de Novembro de 1969

Imagens dos distintivos cedidas por Carlos Coutinho

 

 

Ilídio Rodrigues Neto

 

Soldado de Artilharia, n.º 09947067

 

Companhia de Artilharia 2730

 

«DIABOS VERMELHOS»

 

Batalhão de Artilharia 2846

 

«FORTES E CORAJOSOS»

 

Moçambique:

15Jun1968 a 18Jun1970

 

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

Prémio Governador-Geral de Moçambique

 

 

 

Ilídio Rodrigues Neto, Soldado de Artilharia, n.º 09947067.

 

Mobilizado pelo Regimento de Artilharia Ligeira 5 (RAL5 - Penafiel) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Artilharia 2730 «DIABOS VERMELHOS» do Batalhão de Artilharia 2846 «FORTES E CORAJOSOS», no período de 15 de Junho de 1968 a 18 de Junho de 1970.

 

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

 

Soldado de Artilharia, n.º 09947067
ILÍDIO RODRIGUES NETO
 

CArt2370/BArt2846 - RAL5
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE
 

Transcrição do Despacho publicado na OE n.º 25 - 3.ª série, de 1969.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 20 de Junho findo,


O Soldado n.º 09947067, Ilídio Rodrigues Neto, da Companhia de Artilharia 2370 do Batalhão de Artilharia 2846 -Regimento de Artilharia Ligeira n.º 5.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 29, de 12 de Abril de 1969, do Quartel General da Região Militar de Moçambique (QG/RMM):


Que, por seu despacho de 29 de Novembro de 1969, louvou o Soldado n.º 09947067, Ilídio Rodrigues Neto, da Companhia de Artilharia n.º 2370 do Batalhão de Artilharia n.º 2846, porque, tendo sido gravemente ferido por uma armadilha a que se seguiu uma emboscada, demonstrou, em tais circunstâncias, grande coragem, sangue-frio, decisão e serena energia debaixo de fogo, mantendo junto de si um prisioneiro que lhe fora confiado e servia de guia, conseguindo, apesar da situação, não abandonar o local em que se encontrava e reagir pelo fogo, só pedindo que o socorressem depois de o inimigo ter retirado.
 

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Jornal do Exército, ed. 119, pág. 55, de Novembro de 1969

 

SOLDADO ILÍDIO RODRIGUES NETO, da CArt2370/BArt2846

«Porque, tendo sido gravemente ferido por uma armadilha a que se seguiu urna emboscada, demonstrou, em tais circunstâncias, grande coragem, sangue-frio, decisão e serena energia debaixo de fogo, mantendo seguro em si um prisioneiro que lhe fora confiado e servia de guia, acrescendo que, sem abandonar o seu posto, reagiu imediatamente, pelo fogo, só pedindo que o socorressem depois de o inimigo ter retirado»

 


 

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Batalhão de Artilharia N.º 2846

Identificação:
BArt2846


Unidade Mobilizadora:
Regimento de Artilharia Ligeira 5 (RAL5)


Comandante:
Tenente-Coronel e Artilharia Nuno Bessa de Almeida Frazão


2.º Comandante:
Major de Artilharia Altinino Fernandes Gonçalves


Oficial de Informações e Operações / Adjunto:
Capitão de Artilharia Luís Filipe Godinho Bilro


Comandantes de Companhia:


Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão de Artilharia José Faia Pires Correia


Companhia de Artilharia 2369 (CArt2369):
Capitão de Artilharia Joaquim Machado da Costa


Companhia de Artilharia 2370 (CArt2370):
Capitão de Artilharia Rui Manuel da Fonseca Fernandes


Companhia de Artilharia 2371 (CArt2371):
Capitão de Artilharia Jaime Simões da Silva


Teve sob o seu comando:
Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389)
Companhia de Artilharia 2329 (CArt2329)
Companhia de Caçadores 2419 (CCac2419) e
Companhia de Cavalaria 2415 (CCav2415)
 

Divisa:
«FORTES E CORAJOSOS»
 

Partida:
Embarque, no NTT «Niassa», no dia 18 de Maio de 1968; Desembarque no dia 15 de Junho de 1968.
 

Regresso:
Embarque, em navio, no dia 18 de Junho de 1970.
 

Síntese da Actividade Operacional
Desembarcou em Mocímboa da Praia.


Rendeu em Mueda (Cabo Delgado), o Batalhão de Caçadores 1916 (BCac1916), no subsector BMU.


As Companhias de Artilharia 2369, 2370 e 2371, foram colocadas respectivamente, em Mueda, Diaca e Sagal, integradas no dispositivo do batalhão [BArt2846].


Ficaram sob o seu comando:


Companhia de Cavalaria 2389 (CCav2389) em Nancatari (de Outubro de 1968 a Agosto de 1969),


Companhia de Artilharia 2329 (CArt2329) em Mutamba dos Macondes (de Junho de 1968 a Agosto de 1968),


Companhia de Caçadores 2419 (CCac2419) em Mutamba dos Macondes (de Agosto a Outubro de 1968) e no Sagal (de Outubro de 1968 a Agosto de 1969).


Numa zona de subversão violenta intensa, o batalhão [BArt2846] desenvolveu a actividade operacional através de abertura de itinerários, escoltas, nomadizações, patrulhamentos e emboscadas, nomeadamente as operações:

 

"Dragão Branco" (Sagal),
"Zona dos Paus", (Chomba e Mueda),
"Faia" (região da "Base Quelimane"),
"Raio Azul 2" (região da "Tawi Branch Andrea"),
"Raio X" (região da "Base Moçambique"),
"Trovão 2" (nascente do rio Muera),
"Barba Ruiva" (entre os rios Sinheu e Mutamba),
"Barba Longa" (Antadora),
"Relâmpago 5" e "Zorba 4" (região da "Base Nampula"),
"Arreda 1" (vale do rio Muera),
"Terramoto 1" (vale do rio Nido) e
"Terramoto 3" (zona da "Base Gungunhana").


Em Agosto de 1969, permutando com o Batalhão de Caçadores 15 (BCac15), foi transferido de Mueda para Vila Barreto, no distrito de Moçambique, assumindo a responsabilidade do subsector de Vila Barreto (CVB).

 

Teve sob o seu comando a Companhia de Artilharia 2329 (CArt2329) em António Enes, rendida em Fevereiro de 1970 pela Companhia de Cavalaria 2415 (CCav2415).


Numa região sem quaisquer indícios de subversão, a actividade operacional do batalhão [BArt2846], consistia em patrulhamentos, contactos com as populações, colaboração com as autoridades administrativas, assistência médico-sanitária e acção psicológica.


Foi rendido em Vila Barreto (Junho de 1970), pelo Batalhão de Artilharia 2918 (BArt2918).
 

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A Companhia de Artilharia 2369 (CArt2369) desembarcou em Mocímboa da Praia.


Foi colocada em Mueda, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1710 do Batalhão de Caçadores 1916 (CCac1710/BCac1916).


De 14 de Outubro de 1968 a 20 de Julho de 1969, reforçou com 1 pelotão a Companhia de Artilharia 2370 (CArt2370).


De Junho de 1968 a Agosto de 1969, executou entre outras, as operações


"Raio Negro 1" e "Raio Negro 2" ("Zona dos Paus"),
"Raio Negro 5" (vale do rio Lipuede),
"Aves 1" (região da "Loko Branch Dianca"),
"Cavilha 2" (região da "Tawy Branch Oreste") e
"Cavilha 5" (Chindorilho).


Tomou parte nas operações, "Dragão Branco " e "Barba Longa".


Em Agosto de 1969, foi transferida, por troca com a Companhia de Caçadores 2451 (CCac2451), de Mueda para Meponda, no distrito do Niassa, sendo retirada definitivamente ao batalhão [BArt2846]. Ficou sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 20 (BCac20), no subsector de Vila Cabral (AVC).


De Agosto de 1969, até final da comissão, efectuou patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Meponda, itinerário Meponda - Vila Cabral, dos rios Timba, Násia e Luaice e montes Nococosse, Namalove, Mapange, Mualimba, Chaban-ga e Chicanga, designadamente as operações


"Javali",
"Vergasta",
"Cernelha" e
"Pargo".


Foi rendida em Meponda (Junho de 1970), pela Companhia de Caçadores 2450 (CCac2450).


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A Companhia de Artilharia 2370 (CArt2370) desembarcou em Mocímboa da Praia.


Rendeu em Diaca, a Companhia de Caçadores 1711 do Batalhão de Caçadores 1916 (CCac1711/BCac1916).


De 14 de Outubro de 1968 a 20 de Julho de 1969, estabeleceu destacamento em Antadora com 4 pelotões (2 seus, 1 da Companhia de Artilharia 2369 (CArt 2369) e 1 da Companhia de Artilharia 2371 (CArt2371)), com a missão de protecção aos trabalhos da Companhia de Engenaria 2393 (CEng2393) na reparação da EN243 (Macomia - Antadora - Largo do Oasse).


De Junho de 1968 a Julho de 1969, executou entre outras, as operações:


"Dragão Castanho" (região do Largo do Oasse),
"Arranque" (região da "Area Branch Diaca"),
"4 sem Trunfo" e "Leão 4" (vale do rio Mutamba) e
"Ás de Espadas" (região do "Acampamento Lyanda").
Tomou parte nas operações, "Dragão Branco" e "Barba Longa".


Em Julho de 1969, permutando com a Companhia de Caçadores 2422 (CCac2422), foi transferida de Diaca para Namapa.


Guarneceu, com 1 pelotão, os destacamentos de Muhula e Lúrio e com uma secção a ponte sobre o rio Lúrio, em Ocua.


De 25 de Setembro a 9 de Novembro de 1969 e de 28 de Dezembro de 1969 a 14 de Fevereiro de 1970, esteve na situação de intervenção do Batalhão de Caçadores 2881 (BCac2881), no subsector de Macomia, onde efectuou as operações "Confirmação 1 a 6" e "Júlia 1 e 3".


De Julho de 1969, até final da comissão, além da actividade como força de intervenção, executou patrulhamentos e contacto com a população em acção educativa e medicamentosa.


Foi rendida em Namapa (Junho de 1970), pela Companhoia de Caçadores 2451 (CCac2451).


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A Companhia de Artilharia 2371 (CArt2371) desembarcou em Mocímboa da Praia.


Colocada no Sagal, rendeu a Companhia de Caçadores 1712 do Batalhão de Caçadores 1916 (CCac1712/BCac1916). De 14 de Outubro de 1968 a 20 de Julho de 1969, reforçou com 1 pelotão, a Companhia de Artilharia 2370 (CArt2370).


De Junho de 1968 a Julho de 1969, executou, entre outras, as operações:


"Águia Azul" (região da "Tawy Branch Andrea"),
"Raio Branco 2" (vale do rio Nhapa),
"Corridinho 1" (entre os rios Nauinde e Sinheu),
"Corridinho 4" (região de N'Tuche),
"Vampiro 3" (Antadora) e
"Vampiro 4" (Chindorilho).


Tomou parte nas operações, "Dragão Branco", "Barba Ruiva" e "Barba Longa".


Em Julho de 1969, permutando com a 1.ª Companhia do Batalhão de Caçadores 15 (1ªCCac/BCac15), foi transferida do Sagal para Nacaroa.


Guarneceu, com 1 pelotão, os destacamentos de Imala e Memba.


De 1 de Outubro a 12 de Novembro de 1969, actuou como força de intervenção do Batalhão de Artilharia 2839 (BArt2839), sedeado em Marrupa, onde efectuou as operações "Impala Fidelis" e "Impala Gran-de".


De 7 de Janeiro a 23 de Fevereiro de 1970, instalou-se em Valadim, na situação de intervenção do Batalhão de Artilharia 2898 (BArt2898), ali sedeado, tendo executado as operações "Tipália 30" e "Águia Branca".


Durante a estada em Nacaroa, efectuou patrulhamentos e contacto com a população.


Foi rendida em Nacaroa (Junho de 1970), pela Companhia de Artilharia 2453 (CArt2453).


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Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão, salienta-se, entre o diverso material capturado: 1 morteiro, 2 lança granadas-foguete, 2 pistola-metralhadoras, 4 pistolas, 32 espingardas, 18 canhangulos, 43 granadas de mão, 3 granadas de morteiro, 25 granadas de lança granadas-foguete, 1 granada de canhão sem recuo, grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.


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Observações:
Na organização administrativa do inimigo o termo:
"Área Branch"- equivalia a administração, circunscrição ou posto administrativo,
"Loko Branch" - equivalia a regedoria,
"Tawi Branch" - equivalia a povoação.

 


 

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