Henrique Matos
de Almeida
Furriel Mil.º
de Cavalaria 'Comando'
10.ª Companhia
de Comandos
«COBRAS»
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique:
01Jan1968 a
06Dez1969
Cruz de Guerra
de 4.ª classe
Henrique Matos
de Almeida, Furriel Mil.º de Cavalaria ‘Comando’.
Mobilizado pelo Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL1 – Sacavém)
«EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS»
para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique, integrado na 10.ª Companhia de Comandos
(10ªCCmds) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
No dia 7 de Dezembro de 1967, na Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Príncipe Perfeito’ rumo aquela
Província Ultramarina, onde desembarcou no dia 1 de Janeiro de 1968,
em Porto Amélia;
No dia 6 de Dezembro de 1969, embarca de regresso à Metrópole.
Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe,
publicado na Ordem de Serviço n.º 25, de 28 de Março de 1970, do
Quartel General da Região Militar de Moçambique, na Ordem do
Exército n.º 18 – 3.ª série, de 1970, e na Revista da Cavalaria do
ano de 1970, página 117.
Cruz de Guerra
de 4.ª classe
Furriel
Miliciano de Cavalaria, Comando
HENRIQUE MATOS DE ALMEIDA
10.ª CCmds -
RAL1
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 18
– 3.ª série, de 1970.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 27 de Abril último, o Furriel
Miliciano de Cavalaria, Henrique Matos de Almeida, da 10.ª Companhia
de Comandos - Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 25, de 28 de Março de 1970, do
Quartel General da Região Militar de Moçambique)
Que, por seu despacho de 20 de Fevereiro de 1970, louvou o Furriel
Miliciano de Cavalaria, Comando, Henrique Matos de Almeida, da 10.ª
Companhia de Comandos, pela coragem, decisão e serena energia, mais
uma vez demonstradas nas operações em que tomou parte durante a
comissão de serviço.
O seu auto-domínio e energia permitiram-lhe visar certeiramente um
dos três elementos inimigos que, durante a operação "Giboia", se
acercavam da sua equipa, mover tenaz perseguição aos restantes e
apreender a arma do primeiro. Apesar de atingido por vários
estilhaços durante o ataque à importante base inimiga, continuou na
operação, encorajando outros camaradas, como ele feridos pelo
accionamento de uma armadilha.
Também na operação "Aurora 2", demonstrou uma vez mais ser óptimo e
aguerrido condutor de homens, ao capturar com muito dinamismo,
percepção e inteligência, e sem deixar fugir praticamente nenhum, os
elementos inimigos presos nos vários acampamentos.
Correcto, disciplinado e disciplinados, o Furriel Almeida colaborou
notavelmente com o seu comandante de Grupo, mostrando-se sempre
generoso e de grande espirito de sacrifício, durante os longos
períodos de ausência de outros graduados com baixa ao hospital.
Desta forma, o Furriel Miliciano Almeida, bem merece a admiração dos
seus superiores e o respeito e consideração de camaradas e
subordinados, e é digno de ser apontado como militar de muito
mérito, que prestigia e honra o Exército Português.
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10.ª Companhia
de Comandos
Identificação:
10ªCCmds
Unidade
Mobilizadora:
RAL1 -
Lisboa
Comandante:
Capitão de
Infantaria ‘Comando’ Eduardo da Silva Fernandes Magueijo
Tenente de Cavalaria ‘Comando’ Luís Alberto Santos Banazol
Capitão de Infantaria ‘Comando’ António Ivo do Nascimento Viçoso
Divisa:
"Cobras"
Partida:
Embarque
no dia 7 de Dezembro de 1967 no NTT “Príncipe Perfeito”; Desembarque
em Porto Amélia no dia 1 de Janeiro de 1968
Regresso:
Embarque no dia 6 de Dezembro de 1969
Síntese da
Actividade Operacional:
Desembarcou em Porto Amélia, a 1 de Janeiro de 1968.
Com curtos períodos de repouso em Porto Amélia, desenvolveu intensa
actividade operacional numa vasta área do distrito de Cabo Delgado.
Montou base em várias localidades, a fim de efectuar operações,
nomeadamente as indicadas:
|
|
LOCAL / BASE |
PERÍODO |
OPERAÇÕES |
REGIÃO / ZONA |
|
CABO DELGADO |
Sagal
a) |
02Jan a 18Out1968 |
Pesquisa |
Nancatari |
|
Flecha
b) |
Nancatari |
|
Víbora Mouzinho
c) |
Chindorilho |
|
Giboia
d) |
Entre Muatide e o rio Muera |
|
Águia Real |
Entre Muatide e o rio Muera |
|
Águia Vermelha |
Nascentes do rio Muera Monte
Ungulé e confluência dos rios Nambole e Homba |
|
Titan
f) |
Muidumbe |
|
Vampiro
g) |
Rio Mutamba |
|
Despedida
h) |
Diaca |
|
Mocímboa da Praia |
04Nov a 03Dez1968 |
Gavião 1 |
Margens do rio Muera |
|
Gavião 2 |
Entre os rios Nango e Bandaze |
|
Gavião 4 |
Sul da picada Mocímboa da
Praia - Diaca |
|
Mucojo |
16Dez a 31Dez1968 |
Urano 1 |
Imediações da lagoa de
Litamanda |
|
Urano 2 |
Nascentes dos rios Nambidge e
Natumbile (Serra do Mapé) |
|
Mocímboa da Praia |
03Fev a 06Abr1969 |
Lacrau 3 |
Vales dos rios Muera e
Muenguede |
|
Lacrau 4 |
Nambude |
|
Lacrau 5 |
Imediações do lago N'Guri |
|
Vulcão 1 |
Imediações da lagoa Coia |
|
Macomia |
11Mai a 03Jun1969 |
Águia Negra 1 |
Norte da estrada Macomia -
Cruz Alta |
|
Águia Negra 2 |
Nascentes do rio Muacamula |
|
Mueda |
04Jun a 13Jun1969 |
Zeta
i) |
Margem sul do rio Rovuma a
norte de Mocímboa do Rovua |
|
Chai |
16Jul a
20Jul1969
e 24Jul a
29Ago1969 |
Esquilo 1 |
Chai |
|
Esquilo 3 |
Norte do rio Liucué |
|
Esquilo 6 |
Norte do rio Liucué |
|
Macomia |
31Set a 15Nov1969 |
Aurora 1 |
Nhongolo |
|
Aurora 4 |
Serra do Mapé |
|
Aurora 5 |
Imediações do lago Nhange |
|
Aurora 6
j) |
Oeste de Mataca |
a)
- De 2 a 31 de Janeiro e 1968, efectuou treino operacional.
b)
- Ficou gravemente ferido o Comandante da Companhia devido ao
accionamento de armadilha.
c)
- d) e) f) g) h) i) Participou.
f)
- Destruída base Branch Muidumbe, 12 acampamentos, baixas inimigas e
destruída grande quantidade de géneros alimentícios.
i)
- Operação de grande envergadura. Destruída base Limpopo e baixas
inimigas. Capturada grande quantidade de material de guerra e outro
e documentação. As Nossas Tropas sofreram algumas baixas resultantes
do accionamento de armadilhas.
j)
- Destruída base Manica. Baixas inimigas e capturado material de
guerra.