Filomeno Jorge Malheiro Garcia,
Coronel de Cavalaria, nascido no dia
28 de Julho de 1937 na Maternidade
Alfredo da Costa, em Lisboa;
Em Outubro de 1947, ingressa no
Colégio Militar (CM) «ZACATRAZ» -
«UM POR TODOS, TODOS POR UM» como
aluno nº 311/1947;
Em 5 de Abril de 1960, Alferes de
Cavalaria, tendo sido mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» -
«…NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné, embarca em
Lisboa no Aeródromo Base n.º 1 (AB1
- Figo Maduro) em voo dos
transportes aéreos militares rumo ao
Aeródromo Base n.º 12 (AB2 –
Bissalanca), a fim de ser integrado
num pelotão do Esquadrão de
Reconhecimento 54 (ERec54);
Em 1 de Dezembro de 1961, promovido
a Tenente;
Em 2 de Agosto de 1962, embarca no
estuário do Geba a bordo do NTT 'Ana
Mafalda' de regresso à Metrópole;
Em 25 de Agosto de 1962, colocado no
Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOCANT» -
«REGIMENTO DO CAIS»;
Em 1 de Dezembro de 1963, promovido
a Capitão e transferido para o
gabinete do Ministro do Exército;
Em 25 de Fevereiro de 1966,
encontrando-se em comissão de
serviço militar no Comando
Territorial Independente (CTICV)
«PELA FÉ E PELA PÁTRIA» da Província
Ultramarina de Cabo Verde, regressa
à Metrópole ficando colocado no
Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOCANT» -
«REGIMENTO DO CAIS»;
Em 3 de Agosto de 1967, tendo sido
mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz)
«DRAGÕES
DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique, embarca em Lisboa no NTT
'Niassa' rumo a Mocímboa do Rovuma,
como comandante da Companhia de
Cavalaria 1729 (CCav1729) do
Batalhão de Cavalaria 1923
(BCav1923) «NA GUERRA CONDUTA MAIS
BRILHANTE»;
Em 22 de Março de 1969, agraciado
com a Medalha de Mérito Militar de
3.ª classe, publicado na Ordem do
Exército n.º 7 – 2.ª série, pág.
760, de 1969;
Em 3 de Agosto de 1969, transferido
para Nampula, por ter sido nomeado
Ajudante-de-Campo do General
Comandante da Região Militar de
Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS»;
Em 26 de Maio de 1970, agraciado com
a 2.ª Medalha de Mérito Militar de
3.ª classe, e louvado
«porque
como comandante da Companhia de
Cavalaria n.º 1729, durante o
período de Maio de 1968 a Julho de
1969, numa região do distrito de
Tete, tão importante como
melindrosa, dadas as suas
características de extensão,
localização de fronteira, demografia
e existência de pontos sensíveis de
inegável valor, conseguiu, mercê das
suas já comprovadas e galardoadas
qualidades militares, imprimir um
forte espírito de missão a todo o
pessoal sob o seu comando, espírito
que muito contribuiu para os bons
resultados obtidos quer no capítulo
de pesquisa de informações, quer no
conhecimento profundo do terreno,
quer no campo de acção psicológica
junto das populações, onde a
perfeita e judiciosa colaboração com
as autoridades civis e policiais
refletiu inteligência, objectividade
e sentido de dever de um espírito
superior que o define.
Com efeito, à acção coordenadora e
impulsionadora deste oficial, que
não só exigiu método e persistência,
como também o contacto directo,
tantas vezes repetido, com os
problemas mais díspares, se ficou
devendo o conhecimento minucioso,
continuadamente actualizado, de
todos os aspectos da sua zona de
acção.
É pois, de toda a justiça salientar
o Capitão Filomeno Garcia, que, nas
suas qualidades de disciplina,
ponderação, generosidade, brio
profissional e inteligência, se
confirmou como oficial prestigiante
da arma e do Exército, que
devotadamente serve, devendo os
serviços prestados ser classificados
de muito mérito»
(conforme publicação na Ordem do
Exército n.º 12 – 2.ª série, de
1970, páginas 1581 e 1582);
Em 1 de Agosto de 1970, regressa à
Metrópole, ficando colocado no
Depósito Geral de Adidos (DGA –
Ajuda, Lisboa) «FERVET OPUS»;
Em 13 de Setembro de 1970, volta a
ser nomeado para servir Portugal na
Província Ultramarina de
Moçambique,
por ter sido colocado no Gabinete do
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique;
Em 1971, foi louvado e agraciado
como Prémio Governador-Geral de
Moçambique, porque
«durante
o período de preparação da sua
Companhia, na Instrução de Recrutas,
como durante os sete meses em que a
sua Subunidade tem vindo a actuar
numa zona de intenso terrorismo,
revelou sempre extraordinárias
qualidades de comando,
evidenciando-se um condutor de
homens à altura de quaisquer
circunstâncias.
Tendo tomado parte em várias acções,
tanto de combate como de procura de
elementos inimigos na sua zona de
acção, creditou-se como oficial de
grande coragem, decisão e
sangue-frio, aliados a grande
espírito de sacrifício, porquanto na
maior parte destas acções actuou em
precárias condições de saúde, que,
no entanto, devido ao seu brio, não
o levaram a coibir-se, actuando
sempre de forma relevante,
nomeadamente, nas operações
«TRIZADA», «PONTA DE LANÇA» e
«DRAGÃO NEGRO».
De destacar ainda o seu
comportamento quando do ataque a um
estacionamento, em que, mais uma
vez, demonstrou aquelas qualidades,
confirmadas por observação directa
do seu Comandante de Batalhão.
De salientar ainda o enorme
entusiasmo que dedicou à melhoria
das condições de vida dos seus
homens, realizando uma obra notável
nas instalações do seu
aquartelamento, sem que tal facto se
traduzisse em quebra de actividade
operacional da sua Companhia.
Tem ainda o Capitão Malheiro Garcia
demonstrado ser um oficial
disciplinado e disciplinador, muito
correcto, de distinto trato, o que o
credita como um modelo de virtudes
militares que muito enobrecem a Arma
e o Exército que tão devotadamente
serve, pelo que considero os
serviços prestados por este oficial,
em campanha, relevantes e de muito
mérito.» (conforme
publicação no Jornal do Exército n.º
140, página 66, de Agosto de 1971);
Em 1 de Março de 1972, graduado no
posto de Major;
Em 11 de Setembro de 1972, regressa
à Metrópole, ficando colocado no
Regimento de Cavalaria 4 (RC4 -
Santa Margarida) «PERGUNTAI AO
INIMIGO QUEM SOMOS»;
Em 23 de Janeiro de 1973, agraciado
com a Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma:
Manda o
Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro da Defesa Nacional,
condecorar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, o Capitão de
Cavalaria Filomeno Jorge Malheiro
Garcia com a Medalha de Prata de
Serviços distintos, com palma, nos
termos da alínea b) do artigo 25.º,
artigo 61.º e n.º 1 do artigo 67.º
do Regulamento da Medalha Militar,
de 20 de Dezembro de 1971
(conforme publicação na Ordem do
Exército n.º 6 – 2.ª série, de 1973,
página 607);
Em 24 de Janeiro de 1973, louvado
pelo Ministro da Defesa Nacional:
Manda o
Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro da Defesa Nacional,
louvar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, o Capitão de
Cavalaria Filomeno Jorge Malheiro
Garcia, pela forma, em tudo digna,
correcta, esforçada e eficiente.
como desempenhou, durante um período
de dois anos e meio, as funções,
primeiro, de ajudante de campo do
Comandante da Região Militar de
Moçambique e, depois, de ajudante de
campo do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da mesma província.
Oficial dotado das mais nobres
virtudes militares, a sua actuação
distinguiu-se por elevado aprumo,
correcção, inteligência, lealdade,
espirito de colaboração, capacidade
de trabalho e por uma personalidade
fortemente vincada.
Designado, por escolha, para o
desempenho daquelas funções após um
período de dois anos de comissão em
zonas de intenso terrorismo, onde a
sua actuação foi objecto de citação
pela coragem, espírito de decisão e
sangue-frio, aliados a grande
espírito de sacrifício, então
demonstrados, o Capitão Malheiro
Garcia não se abandonou à relativa
comodidade dos gabinetes.
Conhecedor das dificuldades da vida
do mato, que viveu com intensidade,
empenhou na sua nova missão os
mesmos entusiasmo, dinamismo e
qualidades pessoais e militares, os
quais, tal como anteriormente haviam
feito dele um excelente comandante
de companhia, também agora o
tornaram um óptimo colaborador do
Comandante-Chefe, em que este pode
depositar total confiança, nunca
desmerecida.
E para além do árduo trabalho de
dia-a-dia, irreconciliável com
qualquer descanso sujeito a regime
de horário, em que pôs à prova uma
dedicação sem desfalecimentos e qm
que empenhou as suas resistências
físicas e morais, da experiência
anteriormente vivida neste e outros
teatros de operações soube tirar
ensinamentos que muito contribuíram
para a forma como tem desempenhado a
sua actual missão, pela preocupação
sempre mostrada por tudo aquilo que
possa minorar os sacrifícios dos
seus camaradas em operações, em que
mostrou grandeza de alma e o sentir
de um verdadeiro oficial e, mais uma
vez, soube ser excelente colaborador
do Comandante-Chefe.
Oficial muito ponderado nas suas
opiniões, competente e profundamente
humano, o Capitão Malheiro Garcia
soube imprimir nobreza à missão de
ajudante de campo e prestou ao
Comandante-Chefe de Moçambique
serviços, em campanha, que devem ser
considerados distintíssimos,
relevantes e extraordinários.
(conforme publicação na Ordem do
Exército n.º 6 – 2.ª série, de 1973,
páginas 638 e 639)
No ano lectivo de 1972/73 frequenta
no Instituto de Altos Estudos
Militares (IAEM – Pedrouços) «NÃO
HOUVE FORTE CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE
TAMBÉM
DOUTO E CIENTE» o 2.º estágio
de actualização para oficial
superior;
Em 1 de Agosto de 1973, promovido a
Major;
Em 13 de Outubro de 1973, colocado a
seu pedido no Destacamento Misto do
Forte de Almada;
Em 22 de Dezembro de 1973,
transferido para Grupo de
Companhias
de Trem Auto (GCTA - Lisboa)
«AUTOMOBILISTAS» - «OMNIA PER OMNIA
PORTANS»;
Em 10 de Setembro de 1974, embarca
em Lisboa no Aeródromo Base n.º 1
(AB1 - Figo Maduro) rumo a Lourenço
Marques, por ter sido nomeado para
fazer parte das tropas de reforço à
guarnição normal da Região Militar
de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS»;
Em 19 de Dezembro de 1974, passa à
situação de adido à Região Militar
de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS»;
Em 26 de Maio de 1975, regressa
definitivamente à Metrópole;
Em 3 de Julho de 1986, Coronel
agraciado com a Comenda da Ordem
Militar de Avis;
Em 1986 a 1987 comandante do
Regimento de Cavalaria 6 (RC6 -
Braga) «AVANTE PARA A GLÓRIA» -
«DRAGÕES DE ENTRE DOURO E MINHO».