HONRA E GLÓRIA |
Fontes:
5.º Volume, Tomo V,
págs. 241 e 242, da
RHMCA / CECA / EME
7.º Volume, Tomo III,
Livro 1, págs. 115 a
118, da RHMCA / CECA /
EME
Jornal do Exército, ed.
134, de Fev1971
Diário de Lisboa, ed.
16248, pág. 15, de
14Mar1968 |
Fernando de Jesus Pereira
1.º Cabo de
Infantaria, n.º 03731465
Companhia de Caçadores 1504
«NÓS OU NINGUÉM»
Batalhão de Caçadores 1878
«CONDUTA NOBRE E
BRAVA»
Moçambique:
06Fev1966 a
27Fev1968
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
Fernando de Jesus Pereira, 1.º Cabo
de Infantaria, n.º 03731465, natural
da freguesia de Aveleda, concelho de
Vila do Conde.
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 16 (RI16 - Évora) para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique integrado
na Companhia de Caçadores 1504
(nota)
«NÓS OU NINGUÉM» do Batalhão de
Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E
BRAVA», no período de 16 de
Fevereiro de 1966 a 27 de Fevereiro
de 1968.
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
1.º
Cabo de Infantaria, n.º 03731465
FERNANDO DE JESUS PEREIRA
CCac1504/BCac1878 - Regimento de
Infantaria 16 (RI16 - Évora)
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na OE n.º 23 - 3.ª série, de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 02
de Julho de 1968:
O 1.º Cabo n.º 03731465, Fernando de
Jesus Pereira, da Companhia de
Caçadores n.º 1504/Batalhão de
Caçadores n.º 1878 — Regimento de
Infantaria n.º 16.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 06, de 09 de
Fevereiro de 1968, do CmdSec B):
Louvo o 1.º Cabo n.º 03731465,
Fernando de Jesus Pereira, da
Companhia de Caçadores n.º
1504/Batalhão de Caçadores n.º 1878,
pelas elevadas qualidades de
coragem, sangue frio, serena energia
debaixo de fogo, decisão,
camaradagem, espírito de sacrifício
e sentido do dever que tem revelado
possuir.
Actuou sempre com muito mérito nas
diversas operações em que tem tomado
parte, distinguindo-se, em especial,
em 6 de Agosto de 1967, durante as
duas emboscadas sofridas pela coluna
em que ia integrado.
Seguindo voluntariamente ao lado do
condutor da primeira Berliet quando
a coluna em que tomava parte caiu em
potente emboscada inimiga, e tendo o
condutor abandonado prematuramente a
viatura, foi o 1.º Cabo Pereira, sob
violento tiroteio que incidia sobre
a testa da coluna, que com a maior
calma a travou antes de saltar para
o chão, evitando assim consequências
que poderiam vir a ser graves.
Em segunda emboscada sofrida no
mesmo dia, ao ver que os ocupantes
do Unimog imediatamente atrás
estavam todos feridos, sozinhos, sem
a mínima protecção e com total
desprezo pela vida, percorreu os 60
metros que os separavam. Ao ver que
o Comandante da coluna se encontrava
preso pelo rodado da viatura,
empregou, debaixo de fogo, tal força
para tentar libertá-lo que ficou
bastante contundido. Seguidamente, e
ainda sob a acção inimiga, percorreu
a zona de morte, desempenhando com
grande eficiência as funções de
estafeta, após o que ministrou os
primeiros socorros a alguns feridos.
Pelo seu comportamento
extraordinário em campanha,
confirmou o óptimo conceito de bom
combatente em que era tido,
tornando-se digno de ser apontado
como um elemento de valor que muito
prestigia o Exército.
---------------------------------------------------------------
Jornal do Exército, ed.
134, de Fev1971
---------------------------------------------------------------
(nota):
Companhia
de Caçadores 1504 / Batalhão de
Caçadores 1878
Comandante
da Companhia de Caçadores 1504:
Capitão de Infantaria Silvério
Henrique da Costa Jónatas.
Unidade
mobilizadora:
Regimento de Infantaria 16 (RI16 -
Évora)
Divisa:
«NÓS OU NINGUÉM»:
Partida:
Embarque, no NTT «Vera Cruz», no dia
12 de Janeiro de 1966; Desembarque
no dia 6 de Fevereiro de 1966
Regresso:
Embarque, no NTT «Vera Cruz», no dia
27 de Fevereiro de 1968
Síntese da
actividade operacional:
A Companhia de Caçadores (CCaç1504)
desembarcou na Beira [06 de
Fevereiro de
1966].
Foi colocada em Mabo-Tacuane, onde
rendeu a Companhia de Cavalaria 570
(CCav570). Cedeu até 15 de Outubro
de 1966, 1 pelotão de reforço à
Companhia de Comando e Serviços
(CCS) do batalhão.
De Fevereiro de 1966 a Janeiro de
1967, efectuou patrulhamentos e
contacto com a população. Participou
nas operações "Ambrósio" e
Bate-Bate".
Em Janeiro de 1967, permutando com a
Companhia de Cavalaria 1510 do
Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav
1510/BCav 1880), foi transferida
para Muidumbe.
De
Janeiro a Novembro de 1967, efectuou
abertura de itinerários, escoltas a
colunas logísticas, patrulhamentos e
nomadizações, nomeadamente as
operações: "Atacar Sempre" (região
do "Acampamento Liquenque"),
"Surpresa I e Surpresa II" (regiões
dos lagos N'Guri e Namanga), e
"Açor" (Muidumbe). Tomou parte nas
operações "Castanha", "Martelada",
"Trolha", "Hiena", "Polvo" e "Leão
Desconfiado".
Em Novembro de 1967, foi rendida em
Muidumbe, pela Companhia de
Caçadores 1804 do Batalhão de
Caçadores 1937 (CCaç 1804/BCaç
1937), e transferida para Montepuez,
onde rendeu a Companhia de Caçadores
1480 do Batalhão de caçadores 1873 (CCaç
1480/BCaç 1873). Destacou 1 pelotão
para a ilha de Ibo.
Foi rendida em Montepuez (Fevereiro
de 1968), pela Companhia de
Cavalaria 1602 (CCav 1602).
---------------------------------------------------------------
Diário de
Lisboa, ed. 16248, pág. 15, de 14 de
Março de 1968
Regresso: