Fernando José da
Assunção Martins, Soldado de Cavalaria, n.º 05383365, da
CCav2400/BCav2850
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
Fernando José da Assunção Martins
1.º Cabo de Cavalaria,
n.º 05383365
Companhia de Cavalaria 2400
Batalhão de Cavalaria
2850
«NA GUERRA CONDUTA
MAIS BRILHANTE»
«NOBRE LEAL CORAJOSO»
Moçambique: 11Ago1968 a 19Ago1970
Cruz
de Guerra de 3.ª classe
Louvor
Colectivo
Fernando José da
Assunção Martins, Soldado de Cavalaria, n.º
05383365.
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA
GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE» para
servir Portugal na Província Ultramarina
de Moçambique;
No dia 23 de Julho de 1968, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT “Vera Cruz”,
integrado na Companhia de Cavalaria
2400(CCav2400) do
Batalhão de Cavalaria
2850 (BCav2850) «NA GUERRA CONDUTA MAIS
BRILHANTE» – «NOBRE LEAL CORAJOSO», rumo
ao porto da cidade de Beira, onde
desembarcou no dia 11 de Agosto de 1968;
A sua subunidade de cavalaria:
- Foi colocada em Cassuende, onde rendeu
a Companhia de Artilharia 2385
(CArt2385) «O CÉU, A TERRA E AS ONDAS
ATROANDO»;
- Em Maio de 1969, foi rendida pela
Companhia de Artilharia 2452 (CArt2452)
«O CÉU, A TERRA E AS ONDAS ATROANDO» e
transferida, para
Tembué, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 2358 (CCac2358)
do Batalhão de Caçadores 2842
(BCac2842)
«FIRMES E RESOLUTOS»;
- Em Novembro de 1969, foi rendida pela
Companhia de Artilharia 2627 (CArt2627)
«PÁSSAROS AZUIS» - «LUTAMOS PELA PAZ» do
Batalhão de
Artilharia 2897 (BArt2897)
«FORTES CONSTANTES LEAIS» e transferida
para Inhaminga, onde rendeu a Companhia
de Caçadores 1805 (CCac1805) «RES NON
VERBA» do Batalhão de Caçadores 1937
(BCac1937)
«EXCELENTE E
VALOROSO»;
- Em Junho de 1970, deslocou-se para
Cabo Delgado a fim de participar na
operação “NÓ GORDIO”, sob o comando do
Batalhão de Artilharia 2918 (BArt2918)
«O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE» - «OS
MONTANHESES», efectuada no
planalto
dos Macondes, de 1 de Julho a 3
de Agosto de
1970;
- Em Agosto de 1970, foi rendida em
Inhaminga, pela Companhia de Artilharia
2495 (CArt2495) do Batalhão de
Artilharia 2869 (BArt2869) «BRAVOS E
SEMPRE LEAIS» - «OS IMPALAS»;
Louvor Colectivo, publicado na Ordem de
Serviço n.º 47, de 9 de Julho de 1969,
do Comando da Região Militar de
Moçambique e na Revista da Cavalaria,
edição de 1970, pág.s 150 e 151;
No dia 19 de Agosto de 1970, em Porto
Amélia, embarcou no NTT ‘Niassa’ de
regresso à Metrópole, onde desembarcou
no dia 15 de Setembro de 1970;
Louvado por feitos em combate, por
despacho de 21 de Setembro de 1970,
publicado na Ordem de Serviço n.º 86, de
21 de Outubro de 1970, do Quartel
General da Região Militar de Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, pdela Portaria de
24 de Março de 1971,
publicado na Ordem do Exército n.º 10 –
3.ª série, de 1971 e na Revista da
Cavalaria, edição de 1971, pág. 87.
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Louvor
colectivo
(Ordem de Serviço n.º 47, de 9 de
Julho de 1969, do
Comando da Região
Militar de Moçambique)
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 2850
Louvo o Batalhão de Cavalaria n.º 2850,
porque, logo após a chegada à província,
em Agosto de 1968, sendo destinado a um
Sector de grande importância, onde
alastrava a subversão, vem afirmando-se
como Unidade de elite e contribuindo
eficazmente, com o seu entusiasmo e
vontade de bem cumprir, para a melhoria
da situação na área que lhe foi
confiada.
Não obstante a inicial deficiência das
instalações, que, à custa de muito
esforço, melhorou, conseguiu, mercê da
criteriosa utilização dos seus meios
normais e dos meios heli postos à
disposição do Sector, exercer notável e
persistente acção na área à sua
responsabilidade, e que, situada numa
difícil por delicada, zona fronteiriça,
abrange vasta e acidentada área,
utilizada pelas forças inimigas corno
principal linha de infiltração nas suas
incursões para o interior do distrito,
onde a sua acção era mais relevante.
Ao seu espírito ofensivo, criterioso
planeamento das acções a realizar,
entusiasmo e generoso esforço das suas
tropas, se deve valiosa contribuição
para um mais completo esclarecimento da
situação do inimigo, na área onde
deficientemente conhecido, e ainda para
a limpeza de toda a região.
Para tanto, houve de se empenhar em
variadíssimas acções de combate, nas
quais se distinguiu, infligindo duros
golpes na estrutura inimiga instalada no
sub-Sector, sendo de salientar, em
especial, a actuação nas operações
helitransportadas «EQUATOR», «GARDEN»,
«BIRTHDAY», «NATAL» e «SUCCÉSS», onde o
Batalhão demonstrou capacidade, valor e
perfeita adaptação a esse tipo de
operações.
Da sua notável actividade, é grato a
este Comando dar público louvor,
assinalando o entusiasmo e vontade do
Batalhão no cumprimento da sua missão.
in Revista da
Cavalaria, edição de 1970, pág.s 150 e
151)
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Cruz
de Guerra de 3.ª classe
Soldado de Cavalaria,
n.º 05383365
FERNANDO JOSÉ DA ASSUNÇÃO MARTINS
CCav2400/BCav2850 -
RC3
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na Ordem do Exército n.º 10 – 3.ª série,
de 1971.
Por Portaria de 24 de Março de 1971:
Manda o Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro do Exército, condecorar
com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao
abrigo dos artigos 9.º e 10.º do
Regulamento da Medalha Militar, de 28 de
Maio de 1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província de
Moçambique, o Soldado n.º 05383365,
Fernando José da Assunção Martins, da
Companhia de Cavalaria n.º 2400 /
Batalhão de Cavalaria n.º 2850 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 86,
de 21 de Outubro de 1970, do Quartel
General da Região Militar de
Moçambique):
O General Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, por seu despacho
de 21 de Setembro de 1970, considerou
como dado por si, o louvor conferido
pelo comando do Batalhão de Cavalaria
2850, ao Soldado n.º 05383365, Fernando
José da Assunção Martins, da mesma
Unidade, com a seguinte redacção:
"Louvo o Soldado n.º 05383365, Fernando
José da Assunção Martins, da Companhia
de Cavalaria n.º 2400 / Batalhão de
Cavalaria n.º 2850, porque, apesar de
gravemente ferido no decorrer de uma
emboscada em região de subversão
violenta, além de continuar a alvejar o
inimigo, superior em número, fortemente
armado, com grande potencial de fogo e
já com o seu grupo de assalto a
distância muito curta, ainda orientou os
seus camaradas de luta mais próximos.
Contribuiu assim com o seu moral,
sangue-frio e serena energia debaixo de
fogo, para o sucesso das nossas tropas,
manifestando com o seu comportamento
nítida compreensão do dever e espírito
de luta que muito o honra frente ao
inimigo."