Fernando
António Pereira Pinto
Alferes Mil.º
Atirador de Infantaria
Comandante de pelotão da
Companhia de Caçadores 613
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS»
Moçambique:
20Fev1964 a 005Jun1966
Medalha de Prata de Serviços
Distintos, com palma
Louvor Individual
Prémio Governador-Geral de
Moçambique
Fernando António
Pereira Pinto, Alferes Mil.º
Atirador de Infantaria;
Mobilizado pelo Batalhão de
Caçadores 10 (BC10 – Chaves) «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS» para servir
Portugal na Pro víncia Ultramarina
de Moçambique;
No dia 21 de Janeiro de 1964, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou num
navio de transporte de tropas, como
comandante de pelotão da Companhia
de Caçadores 613 (CCac613) «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS», rumo àquela
Província Ultramarina, onde
desembarcou no dia 20 de Fevereiro
de 1964;
A sua subunidade de infantaria foi
colocada em Mueda, sob o comando do
Batalhão de Caçadores 558 (BCac558),
ali sedeado. Rendeu a Companhia de
Caçadores 299
(CCac299). Até 21 de
Agosto de 1964, a actividade da
Companhia, consistia em
patrulhamentos e contacto com a
população em acção educativa e
psicológica e assistência
medicamentosa. Por ter ocorrido
naquela data, a primeira acção do
inimigo contra a população de
Esposende, passou a efectuar também,
emboscadas, cercos, batidas e golpes
de mão. Em 17 de Janeiro de 195,
instalou-se em Muidumbe. Destacou no
final daquele mês, um pelotão, para
Nangololo e para Imbuo. Rendida em
11 de Fevereiro de 1965, pela
Companhia de Caçadores 688
(CCac688), regressou a Mueda. Em 18
de Abril de 1965, instalou-se
novamente em Muidumbe por troca com
a Companhia de Caçadores 607
(CCac607). Destacou um pelotão para
Nangade. A 29 de Maio de 1965,
permutando novamente com aquela
Companhia, regressou a Mueda. Até 14
de Junho de
1965, guarneceu Mocímboa
do Rovuma com um pelotão. Em 18 de
Junho de 1965, foi transferida para
o Dondo, onde rendeu a Companhia de
Caçadores 383 (CCac383), na situação
de reserva do Comando Territorial do
Centro, com sede na Beira. A partir
de 13 de Abril de 1966 passou a
depender operacionalmente do
Batalhão de Caçadores da Beira
(BCacBeira). Efectuou
patrulhamentos, contacto com a
população e autoridades gentílicas,
nomeadamente das regiões Savane,
Galinha, Tica, Serração Amorim,
Muanza,
Machesse, Vila Machado,
Mafambice e Mamuacua. Foi rendida no
Dondo, em Junho de 1966, pela 2.ª
Companhia de Caçadores (2ªCCac) do
Batalhão de Caçadores 16 (BCac16).
Louvado por serviços prestados no
teatro de operações de Moçambique,
publicado na Ordem de Serviço n.º 2,
de 8 de Janeiro de 1965, da Região
Militar de Moçambique e na Ordem do
Exército n.º 10 –
2.ª série, de 15
de Maio de 1966, páginas 1070 e
1071;
Agraciado com a Medalha de Prata de
Serviços Distintos, com palma, pela
Portaria de 27 de Abril de 1966, na
Ordem do Exército n.º 10 – 2.ª
série, de 15 de Maio de 1966 (página
1064);
Agraciado com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique,
publicado na Revista da Cavalaria do
ano de 1966, página 167;
No dia 5 de Junho de 1966, embarca
num navio de transporte de tropas de
regresso à Metrópole.
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Medalha de Prata de Serviços
Distintos, com palma
Alferes Mil.º
Atirador de Infantaria
Fernando António Pereira Pinto
CCac613 – BC10
Moçambique
Medalha de Prata de Serviços
Distintos, com palma
Publicado na Ordem do Exército n.º
10 – 2.ª série, de 15 de Maio de
1966 (página 1064)
Pela Portaria de 27 de Abril de
1966:
Condecorado com a Medalha de Prata
de Serviços Distintos, com palma,
por ter sido considerado ao abrigo
da alínea a) do artigo 17.º, com
referência ao do artigo 51.º, do
Regulamento da Medalha Militar, de
28 de Maio de 1946, o Alferes
Miliciano Fernando António Pereira
Pinto, da Companhia de Caçadores n.º
613, adstrita ao Batalhão de
Caçadores n.º 558 – Batalhão de
Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
2, de 8 de Janeiro de 1965, da
Região Militar de Moçambique e na
Ordem do Exército n.º 10 – 2.ª
série, de 15 de Maio de 1966,
páginas 1070 e 1071)
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, adoptar, para todos os
efeitos legais, louvor conferido em
Ordem de Serviço n.º 2, de 8 de
Janeiro de 1965, da Região Militar
de Moçambique, ao Alferes Miliciano
Fernando António Pereira Pinto, da
Companhia de Caçadores n.º 613,
adstrita ao Batalhão de Caçadores
n.º 558 – Batalhão de Caçadores n.º
10, do teor seguinte:
Pelo desembaraço, coragem e decisão
constantemente demonstrados nas
acções em que tomou parte com o seu
pelotão e em que obteve óptimos
resultados.
Incumbido, em 4 de Outubro de 1964,
de executar uma acção a fim de
capturar armas escondidas e alguns
autóctones de nomeada, prosseguiu de
averiguações em averiguações até
chegar ao local onde capturou
algumas armas de repetição, vários
canhangulos, munições e um grupo de
dezasseis autóctones pertencentes ao
bando que tinha actuado na área de
um posto administrativo da região.
Quase sem tempo para descansar, foi
incumbido de nova missão, em 6 de
Outubro de 1964, em local onde
diziam encontrar-se um bando armado.
Tão bem se houve com o seu pelotão
que, apesar das péssimas condições
em que iam actuar - o terreno era
coberto de mato muito denso -,
conseguiu, com a ajuda de pisteiros,
entrar em contacto com um vigia de
um bando inimigo que, ao ser
descoberto, imediatamente se
embrenhou no mato, perdendo-se de
vista. Lança então o seu pelotão em
sua perseguição e encontra um abrigo
com material diverso, espingardas,
pistolas, granadas, munições,
detonadores, artigos de fardamento e
equipamento e ainda documentação
importante, como código, cifra e
ordem de batalha, que o inimigo
abandonara na fuga.
Voltando a ser pedida a sua
colaboração numa acção conjunta com
o pessoal de polícia da
administração, ajuda na captura de
valiosa documentação sobre a rede da
FRELIMO, na área do posto
administrativo, detendo cerca de 39
autóctones implicados em actividades
subversivas.
Pela forma distinta como desempenhou
as importantes missões e serviços de
que foi incumbido, demonstrou este
oficial possuir virtudes e
qualidades militares em elevado
grau, que é justo salientar.
Considero estes serviços relevantes
e distintos.