Carlos Alberto Amaral dos Santos, Furriel
Mil.º de Infantaria: Cruz de Guerra, de 3.ª classe
HONRA E GLÓRIA
Carlos
Alberto Amaral dos Santos
Furriel Mil.º de Infantaria
Companhia
de Caçadores 1553
Batalhão de Caçadores 1889
Cruz de Guerra, de 3.ª classe
Carlos Alberto Amaral dos Santos,
Furriel Mil.º de Infantaria, natural
de Coimbra.
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 2 (RI2 - Abrantes) para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique integrado
na Companhia de Caçadores 1553
(1)
do Batalhão de Caçadores 1889 «AD
JUSTAM PACEM», no período de 13 de
Maio de 1966 a 2 de Julho de 1968.
(1)
-
A CCaç 1553, desembarcou em Nacala,
seguindo para Muembe, onde rendeu a
CCaç 695. Estabeleceu destacamentos
de pelotão em Chicono e Luatize.
De Mai66 a Set67, efectuou entre
outras, as operações: "Terra Seca" (Matende);
"Serrania" (Lizimbague e Namatunungo)
e "Planalto" (zona do rio Lucuisse e
serra Maveia). Participou nas
operações "Terra Alta", "Leão
Grande" e "Caçada".
Em Set67, foi rendida em Muembe,
pela CCaç 1714/BCaç 1918 e
trans-ferida para Vila Coutinho,
(distrito de Tete), onde rendeu a
CCaç 802, sendo retirada
definitivamente ao batalhão. Ficou
sob o comando do BCaç 1890, no
recém-criado subsector de Furancungo.
Em Abr68, devido a remodelação do
dispositivo, Vila Coutinho passou
para o subsector de Tete, ficando
subordinada ao BArt 1881.
De Set67, até final da comissão, a
actividade operacional consistiu em
patrulhamentos e contacto com a
população em acção educativa e
assistência medicamentosa.
Foi rendida em Vila Coutinho
(Jun68), pela CCaç 1710/BCaç 1916.
Cruz de Guerra, de 3.ª classe
Furriel
Miliciano de Infantaria
CARLOS ALBERTO AMARAL DOS SANTOS
CCac 1553/BCac 1889 — RI 2
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na OE n.º 25 — 3.ª série de 1968.
Por Portaria de 13 de Agosto de
1968:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província de
Moçambique, o Furriel Miliciano de
Infantaria, Carlos Alberto Amaral
dos Santos, da Companhia de
Caçadores n.º 1553/Batalhão de
Caçadores n.º 1889 — Regimento de
Infantaria n.º 2.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 46, de 08 de
Junho de 1968, do QG/RMM):
Louvo o Furriel Mil n.º 4079865,
Carlos Alberto Amaral dos Santos, da
Companhia de Caçadores n.º
1553/Batalhão de Caçadores n.º 1889,
por, durante a sua longa permanência
numa zona de acção do Sector A, ter
tido em combate uma acção a todos os
títulos digna de relevo, o que levou
o seu Comandante de Companhia a
escolhê-lo para comandar grupos de
combate em operações sempre que
estas se tornavam mais difíceis ou
arriscadas, por saber que o Furriel
Amaral punha no cumprimento das
missões que lhe eram confiadas todo
o seu entusiasmo, dedicação e
espírito de sacrifício.
Merece agora relevo especial o seu
comportamento no decorrer da acção
"Cá Voltamos IV" em que foi
destruída a base de Luila-Muembe e
durante a qual o Furriel Amaral,
comandando um Grupo de Combate, agiu
de modo brilhante e revelou
extraordinários dotes de comando e
uma serena e confiante energia
debaixo de fogo inimigo.
Durante a acção referida, e mercê do
dispositivo de ataque adoptado, o
Grupo de Combate que comandava,
ficou, inicialmente, debaixo do fogo
das nossas tropas, mas o Furriel
soube esperar o momento oportuno, e,
quando o inimigo fugiu na sua
direcção, com certeiros tiros abateu
vários elementos, obrigando os
restantes a fugir em direcção
oposta, indo cair debaixo do fogo do
1.º Grupo de Combate, onde foram
abatidos os restantes.
No decorrer da acção, em que foram
abatidos quinze elementos inimigos e
capturadas catorze armas, mostrou o
Furriel Amaral muita coragem,
decisão, sangue frio e energia
debaixo do fogo inimigo, qualidades
que muito me apraz registar.
Jornal do Exército
O Furriel miliciano
de Infantaria Carlos Alberto Amaral
dos Santos, foi condecorado com a
medalha da Cruz de Guerra de 3.ª
classe, «por, durante a sua longa
permanência em Moçambique, ter tido
em combate uma acção a todos os
títulos digna de relevo, o que levou
o seu Comandante de Companhia a
escolhê-lo para comandar grupos de
combate em operações, sempre que
estas se tornavam mais difíceis ou
arriscadas.
O Furriel Amaral punha no
cumprimento das missões que lhe eram
confiadas todo o seu entusiasmo,
dedicação e espírito de sacrifício.
Merece agora relevo o seu
comportamento no decorrer da acção
«Cá Voltamos IV» em que foi
destruído um acampamento inimigo e
durante a qual o Furriel Amaral,
comandando um grupo de combate agiu
de modo brilhante e revelou
extraordinários dotes da comando e
uma serena e confiante energia
debaixo de fogo inimigo. Durante a
acção referida, e mercê do
dispositivo de ataque adoptado, o
grupo de combate que comandava
ficou, inicialmente, debaixo de fogo
das nossas tropas, mas o Furriel
Amaral soube esperar o momento
oportuno, e, quando o inimigo fugiu
na sua direcção, com certeiros tiros
abateu vários elementos, obrigando
os restantes a fugir em direcção
oposta, indo cair debaixo do 1.º
grupo de combate, onde foram
abatidos os restantes. No decorrer
da acção, em que foram abatidos 15
elementos inimigos e capturadas 14
armas, mostrou o Furriel Amaral
muita coragem, decisão, sangue-frio
e energia debaixo de fogo inimigo,
qualidades que muito me apraz
registar»