HONRA E
GLÓRIA: Capitão Mil.º de Artilharia 'Comando' Horácio Francisco
Martins Valente
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA |
Imagens cedidas pelo veterano
José Manuel Potier
e apoio de um colaborador
do portal UTW
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 Horácio Francisco Martins Valente
Capitão Milº Artilharia 'Comando'
Cruz de
Guerra, 2.ª classe
Medalha de Prata de Valor Militar, com
palma
Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito,
grau oficial

Que a sua Alma
descanse em Paz.
Brevíssima
resenha biográfica:

O
Capitão Mil.º de Artilharia 'Comando' Horácio
Francisco Martins Valente, natural da freguesia de
Vilar, concelho de Vila do Conde (em cujo cemitério
concelhio se encontra sepultado), quando alferes,
integrado num dos pelotões da CArt393 e colocado na
ZIN-RMA, em 08Set63-09Jan65 comandou o GrCmds "Os Gatos"
em actividades operacionais no noroeste de Angola e
durante cerca de 3 meses também no CTIG, em cujo TO
«apoiou a instrução do 1º Curso de Comandos da Guiné
[concluído em 17Out64] e participou em diversas acções
operacionais», tendo em 28Nov64 merecido do comandante
do CTIG, brigadeiro Sá Carneiro, o seguinte louvor:
 - «Destacado [da RMA] para
este CTIG em [22 de] Setembro do corrente ano [de 1964]
com o seu pelotão, exerceu de forma notória uma
actividade operacional eficiente, nomeadamente nos
golpes de mão [a acampamentos do PAIGC em Sinre, Queré e
Gã-Quebo] executados na região do Oio [em
12-23-30Out64], conseguindo obter sempre bons
resultados, não só pelas baixas causadas ao In, como
pelo armamento apreendido. Oficial muito competente e de
forte personalidade, impôs-se sempre pelas suas reais
qualidade de valentia. Disciplinado, disciplinador e de
extraordinário bom senso, soube mentalizar e instruir o
seu Grupo de tal maneira que o mesmo bem pode ser
considerado como modelo de Grupo de Comandos.»
Por despacho de 25Jan65 do
Cmdt da RMA, foi louvado:
- «Porque, no comando do Grupo
de Comandos "os Gatos" do BArt400, em operações na ZIN,
demonstrou possuir elevadas qualidades de senso e
dinamismo, entusiasmo, ponderação, coragem e espírito de
sacrifício, que o cotaram como um subalterno de
excepcional categoria na condução dos seus homens em
combate. Orientando o seu Grupo de Comandos por forma a,
pelo exemplo, incutir nos seus componentes a noção do
dever e uma inquebrantável vontade de cumprir, conseguiu
formar um grupo, de tal modo eficiente, que foi
escolhido pelo Comando da RMA para reforçar
temporariamente o CTI da Guiné. Encarregado de difíceis
missões, com um conhecimento perfeito da técnica de
contra-guerrilha, destacou-se em todas as acções em que
tomou parte, sendo de assinalar a maneira como conduziu
[em 20-25Out63] o seu grupo na operação "Gato Eriçado",
e nas operações em que actuou somente com o seu Grupo de
Comandos, onde mais uma vez confirmou grande coragem,
decisão, serena energia debaixo de fogo e sangue frio,
portando-se como um verdadeiro chefe. Respeitando-o
profundamente e seguindo-o sem hesitação, os seus
subordinados são o reflexo das qualidades do Alferes
Valente.»
Com fundamento nos louvores
supra referidos, em 22Jul65 foi agraciado com uma Cruz
de Guerra de 2ª classe, por relevantes feitos em
combate.
Em
09Nov66, capitão miliciano 'comando', tendo sido
mobilizado pelo RAL1 como comandante da 4ªCCmds, para
servir na RMM, embarcou em Lisboa e desembarcou em
26Nov66 em Lourenço Marques, «seguindo para Vila Cabral
onde decorreu a 2ª fase de instrução, de 02Dez66 a
22Mar67. Na situação de intervenção no sector A,
desenvolveu intensa actividade operacional em várias
regiões, [...] efectuando entre outras, as operações
[...] "Raio de Luz" e "Gungunhana": no regresso desta a
Vila Cabral, integrada numa coluna-auto em Nova Coimbra,
percorridos poucos quilómetros a [Berliet] viatura da
frente, onde seguia o Cmdt da Comp e um oficial
subalterno, accionou [no denominado "Caracol de
Maniamba"] uma mina ACar, em 11Ago68, causando a morte
do 1º e ferimentos graves [queimaduras por fósforo] no
2º.»
A título póstumo, Horácio
Francisco Martins Valente foi agraciado com a Medalha de
Prata de Valor Militar com palma, e com o oficialato da
Ordem da Torre e Espada.
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