Constantino Fernandes
1.º Cabo Auxiliar
de Enfermeiro
Companhia de Cavalaria 2653
Batalhão de
Cavalaria 2903
Moçambique: 13Fev1970 a 12Fev1972
Prémio Governador-Geral de
Moçambique
Louvor Individual
Constantino
Fernandes, 1.º Cabo Auxiliar de
Enfermeiro, natural de Cabeceiras,
concelho de Cabeceiras de Basto;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 7 (RC7 – Ajuda, Lisboa)
«QUO TOTA VOCANT» - «REGIMENTO DO
CAIS» para servir Portugal na
Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 5 de Janeiro de 1970, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, embarcou no NTT ‘Império’,
integrado na Companhia de Cavalaria
2653 (CCav2653) do Batalhão de
Cavalaria 2903 (BCav2903) rumo ao
porto da Beira, onde desembarcou no
dia 13 de
Fevereiro de 1970;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo
Capitão de Cavalaria
José César Restolho Mateus, após o
desembarque, foi colocada em Vila
Gamito, onde rendeu a Companhia de
Caçadores 2357 (CCac2357) do
Batalhão de Caçadores 2842
(BCac2842) «FIRMES E RESOLUTOS»;
guarneceu com 2 pelotões o
destacamento de Freitas; a partir de
1 de Outubro de 1970 devido à
alteração do dispositivo, foi
retirada ao batalhão; ficou sob o
comando operacional do Batalhão de
Artilharia 2847 (BArt2897) «QUEM
OUSA VENCE», sedeado em Tembué; de
Fevereiro de 1970 a Outubro de 1971,
executou, entre outras, as operações
"Cavalo Furioso" (regiões de Guerra
e Tomé), "Jaguar" (região de Vila
Gamito), "Lebel" (vale do rio
Mucumburi), "Impecável" (vale do
rio
Luia), "Insistir" (região de
Mis-sale), "Hércules" (entre Freitas
e Sadzo) e "Rede" (região de
Freitas); tomou parte nas operações,
"Flamingo" e "Confiança" e, na zona
de acção do Batalhão de Artilharia
2897 (BArt2897) «FORTES CONSTANTES
LEAIS», em "Atenção" e "Razia"; a 13
de Outubro de 1971 substituída por 1
pelotão da Companhia de Cavalaria
2654 (CCav2654) do do Batalhão de
Cavalaria 2903 (BCav2903), seguiu
para Bene, onde rendeu a Companhia
de Artilharia 2627 (CArt2627)
«PÁSSAROS AZUIS» - «LUTAMOS
PELA
PAZ» do
Batalhão de Artilharia 2897
(BArt2897) «FORTES CONSTANTES
LEAIS», regressando ao batalhão; de
Outubro de 1971 até final da
comissão, efectuou várias operações,
designadamente: "Faúlha"
(região da
antiga "Base Beira"), "Razia 6"
(vale do Rio Cherize) e "Faúlha 1"
(vale do Rio Luia); tomou parte na
operação "Mossa"; em Fevereiro de
1972 foi rendida em
Bene, pela
Companhia de Caçadores 3498
(CCac3498) do Batalhão de Caçadores
3875 (BCac3875) «CONDUTA BRAVA E EM
TUDO DISTINTA».
Louvado e distinguido com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique,
publicado no Jornal do Exército n.º
140, página 66, de Agosto de 1971;
Em 12 de Fevereiro de 1972, embarcou
no NTT ‘Niassa’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia 7
de Março de 1972.
Prémio
Governador-Geral de Moçambique
1.º
Cabo Auxiliar de Enfermeiro
CONSTANTINO FERNANDES
CCav2653/BCav2903 – RC7
Moçambique
Prémio Governador-Geral de
Moçambique
Publicado no Jornal do Exército n.º
140, página 66, de Agosto de 1971
Louvado porque, «quando fazia parte
da escolta a uma coluna de
reabastecimentos, tendo a certa
altura uma viatura accionado uma
mina anticarro que originou baixas
no pessoal que transportava,
imediatamente, com verdadeiro
espírito de abnegação e do
cumprimento do dever, se lançou ao
tratamento dos feridos, não obstante
o perigo de uma possível emboscada
por parte do inimigo, e de ter a sua
bolsa de enfermeiro parcialmente
danificada pela explosão. Sem perder
a serenidade, acorreu em primeiro
lugar aos, seus camaradas mais
gravemente feridos, chegando mesmo a
fazer respiração artificial boca a
boca a um seu camarada que, mercê
dos seus esforços e competência
conseguiu manter vivo até à
evacuação. Perante a falta de água,
esgotou o seu próprio cantil para
distribuir pelos feridos,
oferecendo-se depois para ir
desacompanhado buscar mais a um rio
que corria alguns quilómetros
afastado. Após o regresso continuou
a dar provas da sua grande dedicação
e zelo, velando durante toda a noite
pelos feridos que aguardavam
evacuação.
Por todos estes factos, em que se
mostrou possuidor de altas virtudes
de camaradagem e espírito de
sacrifício, o 1.º Cabo Constantino é
merecedor da consideração e amizade
dos seus superiores e de ser
apontado como exemplo aos seus
camaradas.»