David dos Santos Lopes Rodrigues
Soldado de
Cavalaria, n.º 05551068
Companhia de Cavalaria 2415
«OS
AUDACIOSOS»
«FORTUNA
AUDACES JUVAT»
Moçambique:
13Ago1968 a 02Set1970
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
David dos Santos
Lopes Rodrigues, Soldado de
Cavalaria, n.º 05551068;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 7 (RC7 – Ajuda, Lisboa)
«QUO TOTA VOCANT» - «REGIMENTO DO
CAIS» para servir Portugal na
Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 23 de Julho de 1968, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Vera Cruz’, integrado na
Companhia de Cavalaria 2415 «OS
AUDACIOSOS – FORTUNA AUDACES JUVAT»,
rumo ao porto de Nacala, onde
desembarcou no dia 13 de Agosto de
1968;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo Capitão Mil.º António
Amaral Amado, foi colocada em Lione,
onde rendeu a Companhia de
Artilharia 2327 (CArt2327) do
Batalhão de Artilharia 2839
(BArt2839) «AMIGO CERTO NA
HORA
INCERTA»; destacou um pelotão para
Chala; sob o comando operacional do
Batalhão de Caçadores 1936
(BCac1936) «VALENTES E AUDAZES –
TRINCA TURRAS», sedeado no Catur
(subsector ACT), a actividade
operacional, consistia em
patrulhamentos e nomadizações nas
regiões de Lione, Chala, Matipa,
Malema, Chinenge, Banga, serra
Metónia e monte Litucano, com
prioridade na zona fronteiriça com o
Malawi, efectuando nomeadamente as
operações "Trote Larito", "Luar de
Prata", "Ás a Galope",
"Volteando",
"Segura" e "Busca"; participou na
operação "Conjunta" (imediações do
itinerário Chinenge - Vila Cabral);
rendida em Junho de 1969, pela
Companhia de Artilharia 2387
(CArt2387) «COM
VALOR», foi
transferida para Vila Cabral; na
situação de intervenção do Sector A
deslocou-se para:
- Luatize: de 21 de Junho a 11 de
Setembro de 1969. Sob o comando do
Batalhão de Artilharia 2847
(BArt2847) «QUEM OUSA VENCE» sedeado
em Valadim (subsector AVL), efectuou
várias operações, designadamente:
"Beta Um" e "Pantera 42 e 48"
(região a E de Valadim), "Pantera 40
e
41" (margens do rio Luatize) e
"Rota 2" (entre os rios Luatize e
Lucuisse).
- Valadim: de 11 de Outubro a 28 de
Dezembro de 1969. Sob o comando do
Batalhão de Artilharia 2847
(BArt2847) «QUEM OUSA VENCE» e do
Batalhão de Artilharia 2898
(BArt2898) «UNIDOS VENCEREMOS», que
rendera o 1.º em Novembro de 1969,
foi-lhe atribuída como missão
principal, a abertura do itinerário
Valadim - Luatize, onde detectou e
desactivou muitos engenhos
explosivos, não conseguindo contudo
evitar que a 30 de Outubro de 1969,
fosse accionada involuntáriamente
uma mina anti-carro, causando mortos
e feridos à Companhia e a destruição
da viatura e do material que
transportava.
Regressada a Vila Cabral, em 29 de
Dezembro de 1969,
efectuou
patrulhamentos nas regiões de
Matenda, Malica e dos rios Luculece
e Luelele; participou nas operações
"Pantera Adeus" (E de Unango) e
"Cernelha" (região do rio Luchimua a
SW de Unango); nos finais de
Fevereiro de 1970,
foi transferida
para António Enes, onde rendeu a
Companhia de Artilharia 2329
(CArt2329) do Batalhão de Artilharia
2839 (BArt2839) «AMIGO CERTO NA HORA
INCERTA»;
guarneceu Liupo e Savara
com um pelotão. Sob o comando do
Batalhão de Artilharia 2846
(BArt2846) «FORTES E CORAJOSOS» até
Junho de 1970 e do Batalhão de
Artilharia 2918 (BArt2918)
«MONTANHESES» - «O IMPOSSÍVEL NÃO
EXISTE» (rendera o 1.° em Vila
Barreto), a actividade consistia em
patrulhamentos e contacto com
autoridades administrativas e
tradicionais e com a população; não
foi rendida; em Agosto de 1970, a
Companhia de Artilharia 2453
(CArt2453) «O CÉU, A TERRA E AS
ONDAS ATRORNDO» - A PÁTRIA HONRAI
QUE A PÁTRIA VOS CONTEMPLA, sedeada
em Nacaroa, destacou uma secção para
António Enes com a missão de manter
a segurança das instalações.
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações de Moçambique,
por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 14
de Março de 10970, publicado na
Ordem de Serviço n.º 32, de 18 de
Abril de 1970, do Quartel-General da
Região Militar de Moçambique e na
Revista da Cavalaria do ano de 1970,
página 119;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 25 de Maio
de 1970, publicado na Ordem do
Exército n.º 20 – 3.ª série, de 20
de Julho de 1970;
No dia 2 de Setembro de 1970,
embarcou no NTT ‘Pátria’ de regresso
à Metrópole, onde desembarcou no dia
23 de Setembro de 1970.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado de Cavalaria, n.º 05551068
DAVID DOS SANTOS LOPES RODRIGUES
CCav2415 - RC7
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 20 – 3.ª
série, de 20 de Julho de 1970.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 25
de Maio de 1970:
O Soldado n.º 05551068, David dos
Santos Lopes Rodrigues, da Companhia
de Cavalaria n.º 2415 - Regimento de
Cavalaria n.º 7.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
32, de 18 de Abril de 1970, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 14 de Março
de 1970, louvou o Soldado n.º
05551068, David dos Santos Lopes
Rodrigues, da Companhia de Cavalaria
n.º 2415 - Regimento de Cavalaria
n.º 7, porque, indiferente ao perigo
e sem qualquer abrigo, abandonou
toda a protecção que o terreno lhe
oferecia, a fim de melhor localizar
o inimigo que, dispondo de
metralhadora AA 12, 7, morteiros 82
e lança-granadas foguete, atacou o
destacamento da sua Companhia em
zona de subversão violenta.
Corajosa e serenamente, indiferente
ao grave risco de vida que corria, o
Soldado Rodrigues contribuiu com o
fogo ajustado da sua arma para mais
rapidamente pôr em debandada o grupo
atacante, evidenciando deste modo as
nobres qualidades de guerreiro,
características do Soldado
Português, o que muito o honra como
militar e à sua Unidade.