António Jorge Custódio, Furriel Mil.º de
Cavalaria, da CCav1601
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
António Jorge Coelho
Furriel Mil.º de
Cavalaria
Companhia de Cavalaria
1601
«É PARA JÁ»
Moçambique: 22Set1966 a
12Set1968
Cruz de Guerra de 3.ª
classe
Louvor Individual e
Colectivo
António Jorge Custódio, Furriel Mil.º de
Cavalaria;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz) «DRAGÕES
DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA
CONDUTA
MAIS BRILHANTE» para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 24 de Agosto de 1966, na Gare Marítima da Rocha
do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou num navio de
transporte de tropas, integrado na
Companhia de
Cavalaria 1601 (CCav1601) «É PARA JÁ» [contém síntese da
actividade operacional, louvor colectivo, condecorações
e mortos em campanha], rumo ao porto de
Nacala, onde
desembarcou
no dia 22 de Setembro de 1966;
A sua subunidade de cavalaria, comandada pelo Capitão de
Cavalaria Mário António Baptista Tomé [Cruz
de Guerra de 2.ª classe], foi colocada em Meponda
(Porto Arroio), onde rendeu a Companhia de Caçadores
1478 (CCac1478) «FORTITER INDOMÁVEIS
AGIMUS»;
em Janeiro de 1968, foi rendida pela Companhia de
Artilharia 1625 (CArt1625) «SEMPRE UNIDOS VENCEREMOS» e
colocada em Vila Cabral, na situação de intervenção do
comando do
Sector
A; em Maio de 1968, foi rendida em Vila Cabral pela
Companhia de Artilharia 2387 (CArt2387) «COM VALOR», e
transferida para Lourenço Marques, onde
rendeu
a Companhia de Caçadores 1570 (CCac1570) «FIRMES E
CONSTANTES» - «NON NOBIS»; em Setembro de 1968 foi
rendida pela Companhia de Caçadores 1655 (CCac1655)
do Batalhão de Caçadores 1906 (BCac1906) «NON NOBIS»;
Louvado por feitos em combate no teatro de operações de
Moçambique, publicado na Ordem de Serviço n.º 77, de 25
de Setembro de 1968, do Quartel General da Região
Militar de Moçambique;
Louvor Colectivo - Companhia de
Cavalaria 1601 - consta a referência "Louvor Colectivo",
no texto da síntese da actividade operacional, publicada
na Revista da Cavalaria do ano de 1968, páginas 180 e
181;
Em 12 de Setembro de 1968, embarcou
num navio de transporte de tropas de regresso à
Metrópole;
Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe,
pela Portaria de 11 de Fevereiro de 1969, publicada na Ordem
do Exército n.º 11 – 3.ª série, de 1969;
Cruz de Guerra de
3.ª
classe
Furriel Miliciano de Cavalaria
ANTÓNIO JORGE CUSTÓDIO
CCav1601 - RC3
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria
publicada na Ordem do Exército n.º 11 – 3.ª série, de
1969.
Por Portaria de 11 de Fevereiro de 1969:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento
da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província de
Moçambique, o Furriel Miliciano de Cavalaria, António
Jorge Custódio, da Companhia de Cavalaria n.º 1601 -
Regimento de Cavalaria n.º 3.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem e Serviço n.º 77, de 25 de Setembro
de 1968, do Quartel-General da Região Militar de
Moçambique):
Louvado o Furriel Miliciano, António Jorge Custódio, da
Companhia de Cavalaria n.º 1601, pela forma
extraordinária como se comportou nas operações
realizadas pela sua Companhia durante o tempo em que
prestou serviço no Sector A.
Militar muito cumpridor, extremamente zeloso e
competente, deu sempre largas provas de competência,
espírito de sacrifício, coragem, sangue-frio e desprezo
pelo perigo.
Nas operações integradas na directiva HC 10 do Sector,
tomou parte na sua quase totalidade com um entusiasmo e
dinamismo invulgares.
Durante a operação "Cravo" capturou, com a Secção sob o
seu comando, quatro armas ao inimigo e 50 elementos da
população fugida, demonstrando conhecimento perfeito da
táctica de guerrilha, além de grande capacidade de
chefia em combate.
Logo após, como um dos capturados referenciasse um outro
acampamento de população, a cerca de 10 Kms, decidiu
explorar a informação apenas acompanhado duma praça e do
guia autóctone.
Durante parte da noite caminharam para o local indicado
e tendo feito a manobra de aproximação correcta,
lançou-se sobre os elementos inimigos ali acoitados,
tendo capturado um deles, bem como a sua arma, e, no
regresso, capturado mais 15 elementos da população
fugida.
O Furriel Custódio demonstrou assim possuir excepcionais
qualidades de combatente, decisão, calma, coragem e
desprezo absoluto pelo perigo, pelo que o considero
digno da consideração dos seus superiores e do público
testemunho do apreço deste Comando.