Joaquim Fernandes,
Furriel Mil.º de Infantaria, n.º
0975366, da CCac2419
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Joaquim Fernandes
Furriel Mil.º de
Infantaria, n.º 09745366
Companhia de Caçadores 2419
«VIRIATOS»
«ARDIL E
AUDÁCIA»
«SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS»
Moçambique: 15Ago1968
a 20Ago1970
Prémio
Governador-Geral de Moçambique
Louvor
Individual e
Colectivo
Joaquim Fernandes,
Furriel Mil.º de Infantaria, n.º
09745366, natural da freguesia de
Cambres, conselho de Lamego, distrito de
Viseu;
Mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 10
(BC10 – Chaves) «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS» para servir Portugal na
Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 23 de Julho de 1968, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Vera Cruz’,
integrado na Companhia de Caçadores 2419
(CCac2419) «VIRIATOS» - «ARDIL e
AUDÁCIA» - «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS», rumo a Mocímboa da Praia, onde
desembarcou no dia 15 de Agosto de 1968;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo Capitão de Infantaria
Luís Fernando Gonçalves Riquito, foi
colocada em Mutamba dos Macondes,
integrada no
dispositivo do Batalhão de
Artilharia 2846 (BArt2846) «FORTES E
CORAJOSOS», sedeado em Mueda (subsector
BMU), rendeu a Companhia de
Artilharia2329 (CArt 2329) do
Batalhão
de Artilharia 2839 (BArt2839) «AMIGO
CERTO NA HORA INCERTA»; desactivado
o aquartelamento de Mutamba dos
Macondes, em Outubro de 1968, aquartelou
em Esposende (Sagal), mantendo a
subordinação operacional anterior;
efectuou operações nas regiões de Águas,
Mitenge, arredores de Mutamba dos
Macondes e do Sagal, Tamandeca, Umbué,
Imbuo, Nambua, Chiungo, Chantia, Namaua,
Chindorilho, Mamamba, Lidimba,
Tamanduco, curva
da morte, margens dos
rios Muera, Lucoma e Mutamba e
itinerário Sagal - Mueda, nomeadamente:
"Queimada Leste", "Raio Azul", "Barba
Ruiva", "Raio de Água 2", "Barba Longa",
"Barba Azul", "Arreda 1 a 5", "Alarga",
"Só Barba", e "Abertura 1 e 2".
Participou, entre outras, em "Abertura
3" (Região a oeste de Diaca); de
Dezembro de 1969 a Maio de 1969, teve um
pelotão
destacado em Antadora, com a
missão de promover a segurança aos
trabalhos da Companhia de Engenharia
2393 (CEng2393); em Agosto de 1969,
permutando com a
Companhia de Artilharia
2453 (CArt2453) «A PÁTRIA HONRAI QUE A
PÁTRIA VOS CONTEMPLA», foi transferida
do Sagal para Mandimba; na dependência
operacional do Batalhão de Caçadores 19
(BCac19) «FIRMEZA E LEALDADE», com sede
em Nova Freixo (subsector ENF), a
actividade operacional da companhia,
consistia em patrulhamentos e
nomadizações nas regiões de Metendeze,
Napulo, do lago
Amaramba, Senas Samba e
Gomba, margens dos rios Luchimua,
Namapiri e Mandimba, com prioridade
junto à fronteira com o Malawi,
designadamente as operações "Pantera",
"Lebre", "Vara 1", "Bacamarte",
"Fartura
10", "Destroço 3", "Capango",
"Escopeta", "Lince", "Fusil", "Vigia 1 e
2", "Confiança 2", "Laurentina",
"Fanta", "Troca 1", "Galinha 8", "Fica
Pé", "Coca Cola", "Judeu", "Espreita",
"Muda 1 a 3", "Além Mar", "Cautela",
"Ganso 3", "Vera Cruz", "Presença",
"Lagarto" e "Em Guarda"; participou em:
"Tentativa" (região do lago Amaramba) e
"Simpatia" (zona a este do lago Chiuta).
em Agosto de 1970, foi rendida em
Mandimba pela Companhia de Caçadores
2550 (CCac2550) do Batalhão de Caçadores
2880 (BCac2880) «FIRMES E CONSTANTES».
Louvor Colectivo – Companhia de
Caçadores -, por despacho do Brigadeiro
Comandante do Sector ‘B’, de 16 de
Agosto de 1969, publicado na Ordem de
Serviço n.º 38, do Comando do Sector
‘B’, de 12 de Setembro de 1969
Louvado e distinguido com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique,
publicado no Jornal do Exército n.º 128,
página 68, de Agosto de 1970;
No dia 20 de Agosto de 1970, embarcou no
NTT ’Niassa’ de regresso à Metrópole.
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Louvor
Colectivo - Companhia de Caçadores 2419:
Ordem
de Serviço n.º 38, do Comando do Sector
‘B’, de 12 de Setembro de 1969
Por despacho do
Brigadeiro Comandante do Sector ‘B’, de
16 de Agosto de 1969, louvou a Companhia
de Caçadores 2419 – Batalhão de
Caçadores 10 porque durante o tempo que
permaneceu no sector ‘B’ se revelou uma
subunidade de muito valor,
excepcionalmente bem instruída para o
tipo de guerra em que nos encontramos
empenhados.
Primeiramente, com a missão de
quadrícula num doa locais mais isolados
e de difíceis condições de vida, Mutamba
dos Macondes, desenvolveu uma
extraordinária actividade através de
intensos patrulhamentos, a par de um
apreciável trabalho para melhoramento
das instalações.
Transferida posteriormente para
Esposende, passou a actuar mensal e
alternadamente como força de quadrícula
e de intervenção, cumprindo as missões
que lhe foram atribuídas com inexcedível
empenho, atingindo um nível operacional
dificilmente ultrapassável, variando
constantemente os seus modos de actuação
e conseguindo resultados assinaláveis
não só no número de capturados obtidos,
como também na quantidade de material
apreendido ao inimigo, sobretudo nas
operações que se realizaram: “Barba
Ruiva”, “Barba Azul”, “Só Barba” e
Arreda 1”.
Pela actividade, por todos os títulos
brilhantes que desenvolveu, pela
extraordinária conduta em combate e pela
sua inexcedível vontade de bem cumprir,
deve a Companhia de Caçadores 2419,
muito justamente ser considerada uma
subunidade de elite pois muito
prestigiou a sua arma e o Exército.
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Prémio
Governador-Geral de Moçambique
Furriel
Mil.º de Infantaria
JOAQUIM FERNANDES
CCac2419 – BC10
Moçambique
Prémio Governador-Geral e Moçambique
Publicado
no Jornal do Exército n.º 128, página
68, de Agosto de 1970
Louvado porque, ao longo de vários meses
de intervenção passados numa zona de
subversão violenta no Norte da Província
de Moçambique, demonstrou uma grande
integridade e elevados dotes de comando,
que se reflectiram na moral dos seus
subordinados e nos resultados obtidos em
operações.
Militar de trato lhano, disciplinado e
disciplinador, imbuído de rara energia,
cedo se revelou um exímio condutor de
homens, que o seguiram cegamente, para
onde quer que fosse, arrastados pelo
entusiasmo e vibração que votava a tudo
quanto lhe era dado a cumprir.
De uma serenidade contagiante, mesmo nos
mais perigosos e difíceis momentos, o
Furriel FERNANDES conseguiu, da sua
secção, rara eficiência que se reflectiu
positivamente nos êxitos operacionais,
merecendo especial referência a operação
«ARREDA 5» em que, mercê dos seus
atributos de chefe sereno e do domínio
que tinha sobre os seus homens,
conseguiu capturar milhares de munições
ao inimigo.
Pelas sua qualidades de homem e de chefe
e pela dedicação e entusiasmo com que
abraçava tudo que a ele era distribuído
a cumprir, considero o Furriel FERNANDES
digno de ser apontado como exemplo a
seguir.
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