Alexandrino Lourenço
de Oliveira
Soldado de
Infantaria, n.º 01640765
Companhia de Caçadores 1502
Batalhão de
Caçadores 1878
«CONDUTA
NOBRE E BRAVA»
Moçambique:
06Fev1966 a 27Fev1968
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
Alexandrino
Lourenço de Oliveira, Soldado de
Infantaria, n.º 01640765, natural da
freguesia de Lavre, concelho de
Montemor-o-Novo;
Incorporado no Batalhão de Caçadores
8 (BC8 - Elvas) «DISTINTOS VÓS
SEREIS NA LUSA HISTÓRIA COM OS
LOUROS QUE COLHESTE NA VITÓRIA», no
3.º turno de
1965;
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 16 (RI16 - Évora)
«CONDUTA BRAVA E EM TUDO DISTINTA»
para servir Portugal na Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 12 de Janeiro de 1966, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Vera
Cruz’, integrado na Companhia
de Caçadores 1502 do Batalhão de
Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E
BRAVA», rumo ao porto da cidade da
Beira, onde desembarcou no dia 6 de
Fevereiro de 1966;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo Capitão de Infantaria
José de Almeida Nolasco Pinto, após
o
desembarque, foi colocada em
Morrumbala, onde rendeu a Companhia
de Cavalaria 569 (CCav569) «NÓS OS
SOLDADOS»; estabeleceu um
destacamento de
pelotão em Namuanza,
até 11 de Janeiro de 1966; de 11 de
Agosto a 1 de Novembro de 1966
reforçou, com 1 pelotão, a Companhia
de Caçadores de Milange «ONDE TODOS
SE DETIVERAM»; de Fevereiro de 1966
a Janeiro de 1967, efectuou
patrulhamentos e contacto com a
população prestando-lhe
assistência
medicamentosa; em Janeiro de 1967
foi transferida, por troca com a
Companhia de Cavalaria 1508
(CCav1508) «A GALOPE E CORAÇÃO AO
ALTO» do Batalhão de Cavalaria 1880
(BCav1880) «A SORTE PROTEGE OS
VALENTES», de Morrumbala para
Miteda; de 14 de Janeiro a 17 de
Maio de 1967 guarneceu Nangololo com
1 pelotão; de Janeiro a Novembro de
1967, submetida a intensa actividade
operacional, efectuou abertura de
itinerários, escoltas a colunas
logísticas,
patrulhamentos e
nomadizações, nomeadamente as
operações "Lá Vai Aço" (entre
Cunamadudo e monte Sigingombe) e
"Corta - Mato" (região de Damussa);
tomou parte nas operações
"Castanha", "Martelada", "Trolha'',
"Hiena", "Polvo",
Leão Bravo", "Leão
Manhoso" e "Coruja"; em Novembro de
1967, foi rendida em Miteda, pela
Companhia de Caçadores 1803
(CCac1803) do Batalhão
de Caçadores
1937 (BCac1937) «RES NON VERBA» e
transferida para Balama, onde rendeu
a Companhia de Caçadores 1479
(CCac1479) «OS GALGOS» do Batalhão
de Caçadores 1873 (BCac1873) «FIRMES
E VIGILANTES»; destacou 1
pelotão
para Namuno; em Fevereiro de 1968
foi rendida em Balama, pela
Companhia de Caçadores 1584
(CCac1584) «BOTA-ABAIXO»;
Louvado por acções em combate na
Província Ultramarina de Moçambique,
publicado na Ordem de Serviço n.º
85, de 25 de Outubro de 1967, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, de 19 de Dezembro de
1967, publicado na Ordem do Exército
n.º 3 – 3.ª série, de 1968 e no
Jornal do Exército n.º 119, página
57, de Novembro de 1969;
No dia 27 de Fevereiro de 1968, no
porto de Nacala, embarcou no NTT
‘Vera Cruz’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 28 de Março
de 1968.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado de
Infantaria, n.º 01640765
ALEXANDRINO LOURENÇO DE OLIVEIRA
CCac1502/BCac1878
- RI16
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 3 – 3.ª série,
de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 19
de Dezembro de 1967:
O Soldado n.º 01640765, Alexandrino
Lourenço de Oliveira, da Companhia
de Caçadores n.º 1502 do Batalhão de
Caçadores n.º 1878 - Regimento de
Infantaria n.º 16.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
85, de 25 de Outubro de 1967, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique):
Louvado o Soldado n.º 01640765,
Alexandrino Lourenço de Oliveira, da
Companhia de Caçadores n.º 1502 do
Batalhão de Caçadores n.º 1878,
porque em todas as operações em que
tem participado, na maioria
voluntariamente, e nas quais é
sempre o homem da frente, também
voluntariamente, se tem comportado
de forma extraordinária, com um
enorme espírito de sacrifício e
desprezo pelo perigo.
O referido Soldado tem tido sempre
acção preponderante em todas as
acções, quer no aprisionamento de
elementos inimigos, quer na reacção
a emboscadas sofridas.
Destas, destaca-se a reacção a uma
emboscada montada à coluna em que
seguia no dia 18 de Março de 1967,
mercê da qual teve de percorrer de
pé a zona de morte lançando granadas
de mão que pedia aos camaradas. Teve
assim acção preponderante na
debandada do inimigo.
Destaca-se também a sua reacção a
outra emboscada em Abril de 1967, em
que seguia na frente da coluna, ao
detectar um apontador de bazooka
inimiga que se preparava para fazer
tiro sobre ele. Prontamente procurou
reagir pelo fogo, mas como se lhe
tivesse encravado a arma, logo
gritou para que todo o pessoal se
abrigasse e rolando pelo chão,
conseguiu furtar-se ao fogo inimigo,
apenas com um ligeiro ferimento num
braço, procurando, entretanto,
desencravar a sua arma, o que
conseguiu, reagindo logo de seguida,
quer pelo fogo, quer pelo movimento,
quer ainda pelo encorajamento que
transmitiu aos seus camaradas.
Desta forma foi o inimigo mais uma
vez posto em debandada, com baixas,
apesar de fortemente instalado e
armado com duas bazookas,
metralhadoras ligeiras, carabinas e
granadas de mão, o que em boa parte
se ficou a dever à actuação
preponderante do Soldado Lourenço de
Oliveira.
Em todas as acções demonstrou ser
possuidor de reais qualidades de
combatente, actuando com muita
coragem, decisão, sangue-frio e
serenidade debaixo de fogo, sempre
consciente do seu dever.
Por tudo isso o comportamento do
referido Soldado é de honra para o
Exército e o seu exemplo de realçar
e seguir.
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