Augusto da Silva Carvalho, Soldado de
Infantaria, n.º 08915968, da CCac2449
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
Augusto da Silva Carvalho
Soldado de
Infantaria, n.º 08915968
Companhia de Caçadores 2449
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS»
«OS JUSTICEIROS»
Moçambique:
20Nov1968 a 23Dez1970
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
Prémio Governador-Geral de
Moçambique
Augusto da Silva Carvalho,
Soldado de Infantaria, n.º 08915968,
nascido na freguesia de Lufrei,
concelho de Amarante, distrito do
Porto;
Mobilizado pelo Batalhão de
Caçadores 10 (BC10 – Chaves) «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 21 de Outubro de 1968, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Niassa’, integrado na Companhia de
Caçadores 2449 «SEMPRES EXCELENTES E
VALOROSOS» - «OS JUSTICEIROS», rumo a Mocímboa da
Praia, distrito de Cabo Delgado, one
desembarcou no dia 20 de Novembro de
1968;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo Capitão de Infantaria
Amândio Mário Amado Pereira, seguiu
para Muidumbe, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 1804
(CCac1804) do Batalhão de Caçadores
1937 (BCac1937) «RES NON VERBA»; Sob
o comando do Batalhão de Caçadores
1937 (BCac1937) e do Batalhão de
Caçadores 2862 (BCac2862) «NOBREZA
NO DEVER», que rendera em Fevereiro
de 1969, o primeiro em Nangololo
(subsector BNG), efectuou operações
nas regiões de Macopela, Chilangade,
Águas, Cavanca, Napula, Changa,
Muatide, Elala, proximidades de
Muidumbe, dos rios Nango e Messalo e
abertura de itinerários,
desactivando muitos engenhos
explosivos (alguns accionados
involuntariamente, causaram baixas e
danos materiais
à Companhia),
nomeadamente: "Bigorna", "Tertúlia", "Toninha", "Tigre 2 e 3", "Vulcano",
"Gorgulho 1, 2, 4 e 5", "Verruma",
"Zebra", "Gato", "Leopardo",
"Maçarico", "Golias", "Diana",
"Cotovia", "Corvo" e "Leão";
participou em: "Jupiter 2" (região
de Muatide); de 21 de Dezembro de
1968 a 26 de Janeiro de 1969
participou na segurança à Companhia
de Engenharia 2393 (CEng2393) «SÃO
OS PRIMEIROS» - «CONTRA COSTA» na
abertura da picada Muidumbe -
Cavanca - Macopela - EN 243; em
Fevereiro de 1970, rendida pela
Companhia de Artilharia 2648
(CArt2648) do Batalhão de Artilharia
2901 (BArt 2901) «ALEA JACTA EST»,
foi transferida para Toma do
Nairoto, onde rendeu a Companhia de
Caçadores 2304 (CCac2304) do
Batalhão de Caçadores 2831 (BCaç
2831) «DIXI»; manteve a dependência
operacional ao Batalhão de Caçadores
2862 (BCac2862) «NOBREZA NO DEVER»,
que naquele mês, fora transferido de
Nangololo para Montepuez (subsector
BTZ); guarneceu Luma com um pelotão
até 12 de Outubro de 1970, cedendo
em 10 deste mês, igual efectivo à
Companhia de Caçadores 2447
(CCac2447) «DADO AO MUNDO POR DEUS
QUE TODO O MANDE PARA DO MUNDO A
DEUS DAR PARTE GRANDE» (sedeada no
Nairoto) destacado em Muirite; em
Julho de 1970, destacou um pelotão
para o acampamento de caça no rio
Lugenda, rendido em 12 de Outubro de
1970, por igual efectivo da
Companhia de Caçadores 2448
(CCac2448) «OS CRODODILOS» - «SEMPRE
RAIVANTES E TEMÍVEIS» (recebido de
reforço) aquartelada em Balama; a
actividade da Companhia, consistia
em patrulhamentos e contacto com
autoridades administrativas e
tradicionais e com a população; foi
rendida em Toma do Nairoto, em
Dezembro de 1970, pela Companhia de
Caçadores 2664 (CCac2664) do
Batalhão de Caçadores 2907
(BCac2907) «QUE PERPÉTUA MEMÓRIA
DELE FIQUE»;
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações de Moçambique,
por despacho do General Comandante
da Região Militar, de 18 de Junho de
1969, publicado na Ordem de Serviço
n.º 47, de 9 de Julho de 1969, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 9 de
Setembro de 1969, publicado na Ordem
do Exército n.º 31 – 3.ª série, de
1969;
Distinguido com o Prémio
Governador-Geral de Moçambique,
publicado no Jornal do Exército n.º
125, página 68, de Maio de 1970;
Em 23 de Dezembro de 1970, embarcou
num navio de transporte de tropas de
regresso à Metrópole.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado de Infantaria, n.º 08915968
AUGUSTO DA SILVA CARVALHO
CCac2449 - BC10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 31 – 3.ª série
de 1969.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 09
de Setembro de 1969:
O Soldado, Augusto da Silva Carvalho
(08915968), da Companhia de
Caçadores n.º 2449 - Batalhão de
Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
47, de 09 de Julho de 1969, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique):
Que, por seu despacho de 18 de Junho
de 1969, o General Comandante da
Região, louvou o Soldado n.º
08915968, Augusto da Silva Carvalho,
da Companhia de Caçadores n.º 2449 -
Batalhão de Caçadores n.º 10,
porque, fazendo parte do Grupo de
Combate encarregado da segurança e
protecção à equipa de recolha de
lenha que no dia 7 de Fevereiro de
1969 caiu numa emboscada inimiga, a
cerca de 3 quilómetros do
aquartelamento da sua Companhia,
depois de ter localizado, pelo fumo,
uma arma dos bandoleiros,
resolutamente se pôs de pé e lhe fez
frente até reduzi-la ao silêncio.
Evidenciou admirável valentia e
completo desprezo pelo perigo,
apesar de se encontrar sem forças,
devido ao muito sangue que perdera,
por ter sido atingido por dois
estilhaços, na cabeça e num braço.
Com o seu exemplar procedimento,
demonstrou o Soldado Silva Carvalho
elevada coragem moral, destemor,
espírito de decisão e serena energia
debaixo de fogo, afirmando-se um
elemento justamente merecedor da
extrema consideração dos seus
superiores, o que muito prestigia a
sua Unidade.