Augusto Lopes da Silva,
Soldado de Infantaria - Cruz de Guerra, 4.ª
classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Augusto
Lopes da Silva
Soldado de Infantaria, n.º 07708167
Companhia de Caçadores 1797
Batalhão de Caçadores 1935
Cruz de
Guerra, de 4.ª classe
Augusto Lopes da Silva, Soldado de
Infantaria, n.º 07708167.
Mobilizado pelo
Batalhão de Caçadores 10 (BC10 –
Chaves) «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS» para servir Portugal na
Província Ultramarina de Moçambique;
No dia 10 de Outubro de 1967, na
Gare Marítima da Rocha do Conde
Óbidos, em Lisboa, embarcou num
navio de transporte de tropas,
integrado na Companhia de Caçadores
n.º 1797 do Batalhão de Caçadores
n.º 1935 «OS GALGOS –
SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS», rumo ao
porto de Nacala, onde desembarcou no
dia 1 de Novembro de 1967;
A sua subunidade de infantaria:
- Após o desembarque, foi colocada
em Révia onde rendeu a Companhia de
Artilharia 1595 (CArt1595) do
Batalhão de Artilharia
1893
(BArt1893);
- De Novembro de 1967 a Fevereiro de
1969, efectuou entre outras, as
operações: "Gago Coutinho" (região
de Cassero), "Galgos na Mata" (foz
do rio Chameze), "Galgos na
Ma-chamba" e "Galgos Ultrapassam"
(monte Xizeze), "Galgos no Rio"
(vale do rio Lugenda) e "Perseguição
dos Galgos" (entre os rios Lugenda e
Namacare). Participou nas operações
"Galgos em Casa
Alheia", "Galgos
Pintam a Manta", "Aniversário dos
Galgos" "Galgos Cambam" e "Galgos
Ladram";
- Em Fevereiro de 1969, rendida em
Révia, pela Companhia de Artilharia
2388 (CArt2388) «HONRA E
GLÓRIA» foi
transferida para Mabo-Tacuane, no
distrito da Zambézia, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 1634
(CCac1634) do Batalhão de
Caçadores
1899 (BCac1899) «EM ACÇÃO», sendo
retirada definitivamente ao
batalhão.
- Ficou sob o comando do Batalhão de
Caçadores 1937 (BCac1937) «RES NON
VERBA» no
subsector de Mocuba (DMO),
do sector D;
- Guarneceu, com 1 secção, os
destacamentos da represa da
"Companhia de Chá Nadal" e as
instalações da "Companhia de Chá
Tacuane";
- De 22 de Agosto a 14 de Outubro de
1969, esteve na situação de
intervenção do comando do Sector F
(Tete).
- De Fevereiro de 1969, até final da
comissão, além da actividade de
intervenção, a actividade
operacional, consistia em
patrulhamentos na sua zona de acção.
- Em Novembro de 1969, foi rendida
em Mabo Tacuane, pela Companhia de
Artilharia 2372 (CArt2372) do
Batalhão de Artilharia 2847
(BArt2847) «QUEM OUSA VENCE».
Louvado por feitos
em combate no teatro de operações de
Moçambique, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 3 de
Outubro de 1968, publicado na Ordem
de Serviço n.º 85, de 23 de Outubro
de 1968, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique;
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª Classe, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, de 21 de Novembro de
1968, publicado na Ordem do Exército
n.º 36 - 3.ª série, de 1968;
No dia 27 de Novembro de 1969, no
porto de Nacala, embarca no NTT
‘Vera Cruz’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 15 de
Dezembro de 1969.
Cruz de
Guerra, de 4.ª classe
Soldado
de Infantaria, n.º 07708167
AUGUSTO LOPES DA SILVA
CCac 1797/BCac 1935 - BC 10
MOÇAMBIQUE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem
do Exército n.º
36 - 3.ª série de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
Classe, nos termos do art.º 12.º do
Regulamento da Medalha Militar, promulgado
pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de
1946, por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 21 de
Novembro de 1968:
O Soldado n.º 07708167, Augusto Lopes da
Silva, da Companhia de Caçadores n.º
1797 do Batalhão de Caçadores n.º 1935 -
Batalhão de Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 85, de 23 de Outubro de
1968, do Quartel General da Região Militar
de Moçambique):
Que, por seu despacho de 3 de Outubro de
1968, louvou o
Soldado n.º 07708167, Augusto Lopes da Silva,
da Companhia de Caçadores n.º
1797 do Batalhão de Caçadores n.º 1935, pela conduta
exemplar evidenciada nas operações em que
tem tomado parte e pelas atitudes ousadas,
mas ponderadas, no contacto com o inimigo.
De salientar o seu comportamento no assalto
a um acampamento terrorista, no decorrer da
operação "Os Galgos Ultrapassam", em que,
incluído num grupo de apoio, ao ver que um
elemento terrorista, fazendo fogo, tentava a
fuga, indiferente ao perigo e pleno de
serenidade debaixo de fogo, conjuntamente
com o seu camarada, encetou a perseguição,
que se prolongou por algumas centenas de
metros, conseguindo feri-lo. Demonstrou, com
a sua atitude, decisão, sangue-frio e
coragem, o que valeu às nossas tropas a
eliminação daquele que posteriormente se
soube ser o chefe da base, e a captura duma
arma, o que, de outra forma, não seria
possível.
Pelo exposto, é o Soldado Lopes da Silva um
elemento que tem dignificado e prestigiado a
sua Unidade e o Exército Português.
Jornal do
Exército n.º. 142, pág. 53, de Março de 1972
Soldado Augusto Lopes da
Silva
Condecorado com a Cruz de
Guerra de 4.ª classe «pela conduta exemplar
evidenciada nas operações em que tomou parte
em Moçambique e pelas atitudes ousadas, mas
ponderadas, no contacto com o inimigo.
De salientar o seu comportamento no assalto
a um acampamento terrorista, no decorrer de
uma operação, em que, incluído num grupo de
apoio, ao ver um elemento terrorista que,
fazendo fogo, tentava a fuga, indiferente ao
perigo e pleno de serenidade debaixo de
fogo, juntamente com um seu camarada,
encetou a perseguição, que se prolongou por
algumas centenas de metros, conseguindo
feri-lo.
Demonstrou, com a sua atitude, decisão,
sangue-frio e coragem, o que valeu às nossas
tropas a eliminação daquele que
posteriormente se soube ser o chefe da base,
e a captura duma arma, o que, de outra forma
não seria possível».