Armando Augusto Nabiço,
Soldado de Infantaria - Cruz de Guerra, 3.ª
classe
Soldado de Infantaria, n.º 00338166
Cruz de
Guerra, de 3.ª classe
Armando Augusto Nabiço, Soldado de
Infantaria, n.º 00338166, natural de
Penamacor.
Mobilizado pelo Regimento de
Infantaria
1 (RI1 - Amadora) para
servir Portugal na
Província Ultramarina de
Moçambique integrado
na Companhia de Caçadores 1632
(*) do
Batalhão de Caçadores 1899 «EM ACÇÃO», no
período de 5 de Março de 1967 a 5 de
Fevereiro de 1969.
(*) - A
CCaç 1632, desembarcou em Mocímboa da Praia.
Colocada em Nambude rendeu a CCaç 1473/BCaç
1871.
De
Mar67 a Fev68, realizou, entre outras, as
operações: "Teimosia", (região da lagoa de
Nambiere), "Peixe Espada" (entre os rios
Bandaxe e Nango), "Espadarte", (região da
"Base Inhambane"), "Peixe Aranha" (entre o
rio Bandaxe e "Loko Branch Maiembe") e
"Nacala" (regiões das "Loko
Branch Nacala" e
"Loko Branch Manhiça"). Tomou parte nas
operações "Grande Estreia", "Carrocel" e
série "Hiena".
Em Fev68, foi rendida, em Nambude, pela CCaç
2304/BCaç 2831 e transferida para
Morrumbala, onde rendeu a CCav 1508/BCav
1880. Guarneceu, com 1 pelotão os
destacamentos de Mopeia e Derre.
De 25Jun a 21Ago68, instalou-se em Bene, na
situação de intervenção, do comando do
Sector F, tendo participado nas operações
"Briosa" e "Tripper", ali efectuadas.
Manteve a sua sede em Morrumbala tendo sido
aí reforçada, até regressar, com 1 pelotão
da CCaç de Quelimane e da CCaç 1633.
De Fev68 até final da comissão, além da
actividade operacional no período de
intervenção, efectuou patrulhamentos,
nomeadamente operações da série "Nero",
(vales dos rios Longoza, Lumba e Zimuco).
Foi rendida em Morrumbala (Fev69), pela CCaç
1798/BCaç 1935.
Cruz de Guerra,
3.ª classe
Transcrição da Portaria publicada na OE n.º
30 - 3.ª série, de 1968.
Por Portaria de 01 de Outubro de 1968:
Manda o Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro do Exército, condecorar com a
Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província
de Moçambique:
O Soldado n.º 00338166, Armando Augusto
Nabiço, da Companhia de Caçadores n.º
1632/Batalhão de Caçadores n.º 1899 -
Regimento de Infantaria n.º 1.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na OS n.º 65, de 14 de Agosto de
1968, do QG/RMM):
Que, por seu despacho de 03Ju168, louvou o
Soldado n? 00338166, Armando Augusto Nabiça
porque em todas as acções de combate em que
tomou parte, durante a permanência da
Companhia da zona de acção de Nambude, se
comportou sempre de modo a revelar
invulgares qualidades de coragem, decisão,
serena energia debaixo de fogo e sangue frio
em frente do inimigo.
Merece muito especial relevo a sua acção
numa emboscada sofrida em 30Jun67 pelo seu
Grupo de Combate, na picada de Mocimboa da
Praia - Nambude, na qual, apesar da viatura
em que seguia ter caído na zona de morte, e
debaixo de intensíssimo fogo, feito quase à
queima-roupa, de armas automáticas, bazookas
e granadas de mão, proveniente de um grupo
inimigo de efectivo estimado em cerca de
cinco vezes o das nossas tropas, se manteve
valentemente, com completo desprezo pela
vida, em cima da viatura, para melhor bater
com a sua arma os elementos inimigos, até
que, por ter sido atingido e ferido
gravemente, caiu da viatura.
Com esta magnífica atitude, cheia de
bravura, constituiu o Soldado Nabiço um
elemento fundamental na reacção do seu Grupo
de Combate e patenteou a perfeita noção que
possui dos mais elevados deveres militares.
Pelo que acima se refere é este Soldado
merecedor da estima e consideração de que
goza na sua Unidade e constitui um belo
exemplo para os seus camaradas.
Condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, o Soldado ARMANDO AUGUSTO NABIÇO,
natural de Penamacor, «porque em todas as
acções de combate em que tomou parte, em
Moçambique, se comportou sempre de modo a
revelar invulgares qualidades de coragem,
decisão, serena energia debaixo de fogo e
sangue-frio em frente do inimigo.
«Merece muito especial relevo a sua acção
numa emboscada sofrida pelo seu grupo de
combate, na picada MOCÍMBOA DA PRAIA -
NAMBUDE, em que, apesar da viatura em que
seguia ter caído na zona de morte, e debaixo
de intensíssimo fogo de armas automáticas,
bazookas e granadas de mão, feito quase à
queima-roupa, proveniente de um grupo
inimigo de efectivo estimado em cerca de
cinco vezes o das nossas tropas, se manteve
valentemente, com completo desprezo pela
vida, em cima da viatura, para melhor bater
com a sua arma os elementos inimigos, até
que, por ter sido atingido e ferido
gravemente, caiu da viatura. Com esta sua
magnífica atitude, cheia de bravura,
constituiu o Soldado NABIÇO um exemplo dos
mais elevados deveres militares.»
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