HONRA E GLÓRIA |
Elementos cedidos por um
colaborador do portal UTW |
António Justino Cardoso Borralho
Capitão Mil.º Graduado 'Comando'
Centro
de Instrução de Comandos da Região
Militar de Angola:
08Mai a 12Ago1969
Comandante de Grupo de Combate da
21.ª
Companhia de Comandos
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique:
11Set1969
a 20Mai1971
Instrutor do 4.º Curso de Comandos no
Centro de
Instrução de Comandos da Região Militar
de Moçambique
21Mai a
31Ago1971
Comandante da
28.ª
Companhia de Comandos
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique
19Ser1971
a 30Ago1972
Comandante da
Companhia
de Instrução do 7.º Curso de Comandos da
Região Militar de Moçambique
13Nov1972
a 25Fev1973
Companhia
de Comando e Serviços do Batalhão de
Comandos da Região Militar de Moçambique
26Fev a
23Dez1973
Comandante da
Companhia
de Instrução do 9.º Curso de Comandos da
Região Militar de Moçambique
24Dez1973 a
04Mar1974
2 Cruzes
de Guerra, colectiva, de 1.ª classe
Cruz de
Guerra, de 2.ª classe
Louvor, exarado pela Repartição de
Justiça e Disciplina do Ministério do
Exército
António Justino Cardoso Borralho,
Capitão Mil.º Graduado ‘Comando’.
Nascido no dia 6 de Maio de 1946;
Em
21 de Abril de 1969 Soldado-Cadete n/m
08469267 do Centro de Instrução de
Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE
OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO
TEMAMOS», promovido a
Aspirante-a-Oficial Miliciano de
Infantaria;
Em 26 de Abril de 1969 promovido a
Alferes, embarca em Lisboa com destino a
Luanda, a fim de ser colocado no Centro
de Instrução de Comandos (CIC) da Região
Militar de
Angola
(RMA) «CONSTANTE E FIEL»;
Em 8 de Maio de 1969 inicia a frequência
do 15.º curso de
comandos;
Em 12 de Agosto de 1969 qualificado com
a especialidade 959-Comandos, fica
integrado na 21.ª Companhia de Comandos
(21ªCCmds) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
Em 27 de Agosto de 1969 embarca em
Luanda com a
sua unidade no NTT
'Império' rumo a Porto Amélia, a fim de servir
na Província Ultramarina de Moçambique;
Em 11 de Setembro de 1969 desembarca no
porto de destino e marcha com a sua
unidade para o Centro de Instrução de
Comandos (CIC) da Região Militar de
Moçambique (RMM) «CONSTANS ET PERPETUA
VOLUNTAS», aquartelado em Montepuez;
Em 1 de Outubro de 1969, com a 21.ª
Companhia de Comandos (21ªCCmds) «A
SORTE PROTEGE OS
AUDAZES» inicia a sua
actividade operacional na Província
Ultramarina de Moçambique [Cruz
de Guerra, colectiva, de 1.ª classe];
De 21 de Maio a 31 de Agosto de 1971
exerce funções de instrutor no 4.º curso
de comandos da Região Militar de
Moçambique;
De 19 de Setembro de 1971 a 30 de Agosto
de 1972, graduado em Capitão, comanda a
28.ª Companhia de Comandos (28ªCCmds) «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES» [Cruz
de Guerra, colectiva, de 1.ª classe];
Em 12 de Junho de 1972 agraciado com a
Cruz de Guerra de 2ª classe,
por distintos feitos em combate:
Capitão Miliciano, graduado, Comando
ANTÓNIO JUSTINO CARDOSO BORRALHO
21ªCCmds - CICmds (RMA)
MOÇAMBIQUE
2.ª
CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 13 – 2.ª série, de
1972.
Por Portaria de 12 de Junho findo:
Manda o Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro da Defesa Nacional
condecorar, por proposta do Comandante
da Região Militar de Moçambique, o
Capitão Miliciano, graduado, Comando,
António Justino Cardoso Borralho, da
21.ª Companhia de Comandos, do Centro de
Instrução de Comandos, da Região Militar
de Angola, destacada em Moçambique, com
a Medalha de Cruz de Guerra de 2.ª
classe, ao abrigo dos artigos 14.º,
15.º, 16.º e 63.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 20 de Dezembro de
1971.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado nas Ordens de Serviço n.º 35,
de 2 de Novembro de 1971, do
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique e n.º 92, de 13 do mesmo mês
e ano, do Quartel General da Região
Militar de Moçambique):
Que, por proposta do comando da Região
Militar de Moçambique e por despacho de
29 de Outubro de 1971, louvou o Capitão
Miliciano, graduado, Comando, António
Justino Cardoso Borralho, da 21.ª
Companhia de Comandos, do Centro de
Instrução de Comandos da Região Militar
de Angola, por, ao longo da sua comissão
de vinte e quatro meses, ter demonstrado
sobejamente possuir altas qualidades de
combatente, donde é justo realçar a
coragem, grande decisão, serena energia
debaixo de fogo e sangue-frio.
Em muitas ocasiões, a agressividade e o
destemor da sua conduta contribuíram
decisivamente para o controlo de
decisões difíceis, provocando ao inimigo
numerosas baixas e captura de material.
Pelo seu exemplo, contagiou os seus
homens, tendo podido fazer do seu Grupo
de Combate uma valiosa força combatente.
De entre as várias acções em que tomou
parte, destaca-se a sua conduta nas
operações "Noémia 8", "Lidador",
"Determinação", "Saturno" e "Apoio". Na
primeira, quando o seu grupo de combate
caiu em forte emboscada, reagiu
valorosamente debaixo de cerrado fogo
adverso. Na segunda, numa acção de
contacto com o inimigo, que se havia
instalado, comandou valentemente os seus
homens durante o prolongado contacto de
cerca de quinze minutos, carregando
sobre o adversário, a quem causou duas
baixas e a perda do respectivo
armamento. Na operação "Saturno", numa
altura que comandava o grupo da frente e
se iniciou a progressão por uma picada
habitualmente minada, como os guias
demonstrassem receio de continuar,
colocou-se à frente da coluna, dando
mais uma vez um belo exemplo de coragem
física. Ainda durante a operação "Apolo"
colaborou eficientemente na preparação
das operações, constituindo-se um
valioso auxiliar do comando do
Agrupamento.
Tendo ainda comandado interinamente a
Companhia, sempre se houve da melhor
maneira, pelo que da sua carreira em
funções de capitão se esperam óptimos
resultados.
Por toda esta actividade em campanha,
merece o capitão Borralho que os seus
feitos sejam considerados muito
importantes e valorosos e que lhes seja
dado público realce pela honra e
prestigio que deles decorreram para o
Exército e para a Nação.
De 13 de Novembro de 1972 a 25 de
Fevereiro de 1973 exerce funções de
comandante da Companhia de Instrução do
7.º curso de comandos da Região Militar
de Moçambique;
De 26 de Fevereiro a 23 de Dezembro de
1973 mantém-se colocado na Companhia de
Comando e Serviços do Batalhão de
Comandos da Região Militar de
Moçambique;
Em 24 de Dezembro de 1973 assume o
comando da Companhia de Instrução do 9.º
curso de comandos da Região Militar de
Moçambique;
Em 1 de Março de 1974 recebe Louvor,
exarado pela Repartição de Justiça e
Disciplina do Ministério do Exército,
conforme Ordem do Exército n.º 6 – 2.ª
série, de 1974 ...
-
«Pela forma altamente eficiente e
extraordinária como comandou a Companhia
de Instrução de Comandos da Região
Militar de Moçambique, cargo onde
revelou as suas excepcionais qualidades
militares.
Graduado no actual posto por feitos em
combate, assumiu o comando durante doze
meses da 28.ª Companhia de Comandos,
tomando parte em todas as operações que
a mesma realizou, sendo de destacar a
sua actuação na operação "Bezerro",
onde, apesar de o inimigo tentar
surpreender e flagelar as nossas tropas
por diversas vezes, o capitão Borralho,
com a sua experiência e astúcia,
conduziu os seus homens com ânimo e
coragem, o que permitiu a obtenção de
resultados extraordinários.
Na forma descrita e pela elevada
capacidade de comando de que deu sobejas
provas, qualidades que se reflectem na
admiração de todos os seus superiores e
no orgulho de todos os que sob as suas
ordens servem, o capitão Borralho e
digno exemplo de "oficial comando",
devendo os seus serviços prestados na
Região Militar de Moçambique ser
considerados de elevado mérito.»
Em 4 de Março de 1974 cessa funções no
comando da Companhia de Instrução do
Batalhão de Comandos da Região Militar
de Moçambique.