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Condecorações

António Joaquim Moreira Barbosa, Soldado de Cavalaria, da CCS/BCav3837: Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo VII, pág. 177, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, pág. 405 a 408, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 170, pág. 21, de Fev1974

Imagens dos distintivos do veterano Carlos Coutinho

 

António Joaquim Moreira Barbosa

 

Soldado de Cavalaria, n.º 04636870

 

Companhia de Comando e Serviços

 

Batalhão de Cavalaria 3837

 

«PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS»

 

Moçambique

 

20Fev1971 a Abr1973

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

Prémio 'Governador'

 

 

António Joaquim Moreira Barbosa, Soldado de Cavalaria n.º 04636870, natural da freguesia de Lordelo, concelho de Paredes, distrito do Porto.


Mobilizado pelo Regimernto de Cavalaria 4 (RC4 - Santa Margarida) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado no Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Cavalaria 3837 (BCav3837) (nota) «PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS», no período de 20 de Fevereiro de 1971 a Abril de 1973.
 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

 

 

Soldado de Cavalaria, n.º 04636870
ANTÓNIO JOAQUIM MOREIRA BARBOSA
 

CCS/BCav 3837 - RC 4 (Regimento de Cavalaria 4)
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE
 

Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 24 - 3.ª série, de 1972.
 

Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 20.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro de 1971, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 16 de Maio de 1972, o Soldado n.º 04636870, António Joaquim Moreira Barbosa, da Companhia de Comando e Serviço do Batalhão de Cavalaria 3837 — Regimento de Cavalaria n.º 4.
 

Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 34, de 29 de Abril de 1972, do QG/RMM):
 

Que, por seu despacho de 18 de Abril de 1972, louvou o Soldado n.º 04636870, António Joaquim Moreira Barbosa, da Companhia de Comando e Serviço do Batalhão de Cavalaria 3837 — Regimento de Cavalaria n.º 4, porque, durante a emboscada sofrida por uma coluna auto de cuja escolta de segurança fazia parte, reagiu ao ataque inimigo com muita coragem, serenidade, espírito de sacrifício e sangue-frio pois, apesar de ter sido ferido com gravidade num braço, continuou a fazer fogo, o que contribuiu para pôr o inimigo em fuga.


Pelas qualidades militares demonstradas debaixo de fogo e frente ao inimigo, é o Soldado Barbosa digno de ser apontado como exemplo, o que me apraz realçar através deste público louvor.

 

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Jornal do Exército, ed. 170, pág. 21, de Fevereiro de 1974

 

 

 

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(nota)

 

Batalhão de Cavalaria N.º 3837
 

Identificação:
BCav3837


Unidade Mobilizadora:

Regimento de Cavalaria 4 (RC 4 — Santa Margarida)
 

Comandante:
Tenente-Coronel de Cavalaria João Carlos Craveiro Lopes
Tenente-Coronel de Cavalaria Júlio Augusto de Carvalho Simões
 

2.º Comandante:
Major de Cavalaria Mário da Cunha Seixas
Major de Cavalaria Manuel José Martins Rodrigues (em acumulação)
 

Oficial de Informações e Operações / Adjunto:
Major de Cavalaria Manuel José Martins Rodrigues
 

Comandantes de Companhia
Companhia de Comando e Serviços (CCS):
Capitão do Serviço Geral do Exército Martinho Rodrigues
 

Companhia de Cavalaria 3318 (CCav3318):
Capitão Mil.º de Cavalaria Alberto Fernandes Pinto
 

Companhia de Cavalaria 3319 (CCav3319):
Capitão de Cavalaria Alberto António Ferreira
Capitão do Quadro Especial de Oficiais António José Abreu
 

Companhia de Cavalaria 3320 (CCav3320):
Capitão de Cavalaria João da Silva Rocha Pinto
Capitão Mil.º de Cavalaria Álvaro dos Santos Gaspar Teles

Teve sob o seu comando:
Companhia de Artilharia 2744 (CArt2744),
Companhia de Caçadores 2758 (CCac2758),
Companhia de Caçadores 2794 (CCac2794),
Companhia de Caçadores 2757 (CCac2757),
Companhia de Caçadores 2759 (CCac2759) e
Companhia de Morteiros Médios da Região Militar de Moçambique (CMortMed/RMM).
 

Divisa:
"Perguntai ao Inimigo Quem Somos"
 

Partida:
Embarque em 24 de Janeiro de 1971 no NTT «Niassa»; Desembarque em 20 de Fevereiro de 1971
 

Regresso:
Embarque em avião, a 19 e 26 de Março, 2 e 9 de Abril de 1973
 

Síntese da Actividade Operacional
Ao escalar Lourenço Marques, as subunidades, foram recompletadas com praças do recrutamento local. Desembarcou em Porto Amélia.


Colocado em Nangololo (distrito de Cabo Delgado), rendeu o Batalhão de Artilharia 2901 (BArt2901), no subsector BNG.


Logo após desembarque, foi-lhe retirada definitivamente, a Companhia de Cavalaria 3320 (CCav3320), pelo que, para efeitos deste trabalho, é considerada independente.


As Companhias de Cavalaria 3318 e 3319, foram colocadas respectivamente, em Miteda e Muidumbe, integradas no dispositivo do batalhão [BCav3837].


Ficaram sob o seu comando: Companhia de Artilharia 2744 (CArt2744) e a Companhia de Caçadores 2758 (CCac2758), em Muera e Companhia de Caçadores 2794 (CCac2794), em Nangololo na situação de intervenção.


Numa zona de forte implantação inimiga (com o apoio da população) e que se revelava com extrema violência, através de persistente implantação de engenhos explosivos nos itinerários, emboscadas e ataques aos aquartelamentos com morteiros e canhões sem recuo, no curto período em que o batalhão [BCav3837] esteve em Nangololo, foi submetido a intensa actividade operacional, nomeadamente, abertura de itinerários (detectadas e destruídas ou desactivadas dezenas de minas APes (anti-pessoais) e ACar (anti-carro) — algumas accionadas inadvertidamente causaram baixas às Nossas Tropas), escoltas a colunas, patrulhamentos, nomadizações, cercos, batidas, golpes de mão e emboscadas.


Participou em operações planeadas e coordenadas pelo comando do sector, designadamente:


"Orfeu 2" (Norte de Nangololo; efectivo 4 Companhias — 13 grupos de combate),
 

"Orfeu 3" (Nangololo; efectivo 5 Companhias — 18 grupos de combate) e
 

"Orfeu 9" (vale do rio Muera; efectivo 2 Companhias — 6 grupos de combate).
 

Em 4 de Maio de 1971, extinto o subsector de Nangololo (absorvido pelo BMU — Mueda), foi transferido para Chicoa (distrito de Tete), assumindo a responsabilidade do novo subsector (GCC) do Sector G; (este sector também criado naquele mês, em Fingoé).


As Companhias de Cavalaria 3318 e 3319, continuaram cm Cabo Delgado, sendo retiradas temporariamente ao batalhão [BCav3837].


A Companhia de Artilharia 2744 (CArt2744), que o acompanhou na transferência, manteve-se subordinada ao batalhão [BCav3837], aquartelando em Magoé Novo.


Teve sob o seu comando: Companhia de Caçadores 2757 (CCac2757) no Chioco, Companhia de Caçadores 2759 (CCac2759) em Mecumbura, Destacamento de Fuzileiros em Magoé Velho e Grupo Especial 702 (GE702) em Magoé Novo.


A partir de 18 de Outubro de 1971, com a transferência do comando do Sector de Fingoé, para Tete, os subsectores de Chicoa e de Fingoé, daquele sector, passaram a depender directamente do comando da ZOT (Zona Operacional de Tete), sedeado em Tete.


A Companhia de Caçadores 2757 (CCac2757) (no Chioco), ficou subordinada ao Batalhão de Caçadores 17 (BCac17) (Tete).


A Companhia de Caçadores 2759 (CCac2759), substituída a 7 de Novembro de 1971, em Mecumbura, por 1 pelotão da Companhia de Artilharia (CArt2744) (sedeada em Magoé Novo), foi colocada no Taibo (Daque), mantendo a subordinação operacional ao batalhão [BCav3837].
A actividade operacional neste subsector, processou-se em moldes idênticos à do subsector BNG.


O inimigo, dispondo do apoio de alguns elementos da população, manifestava-se através da implantação de engenhos explosivos, flagelações e ataques a instalações militares, nomeadamente o ocorrido em 29 de Fevereiro de 1972, ao aquartelamento de Taibo (Companhia de Caçadores 2759), com morteiros 82 mm e armas de tiro tenso, causando mortos e feridos às Nossas Tropas e na população civil das imediações e muitos danos materiais.


Planeou muitas operações, efectuadas nomeadamente nas regiões de Chicoa, Magoé, Caponda, Chioco, Sarare, Chi-bozo, Capataliza, Cansaúa, Mecotia, Mecumbura, Calugué, Mandué e dos rios Doé, Luia, Daque, Mazoé, Cangudzi, Metangua e Nhancapirire designadamente:


"Satira 1", "Sequência", "Canhemba — Nhemba", "Meteoro", "Mamudo", "Faculdade", "Mote 1 e 2", "Flagelo 3 e 6", "Modelo 4, 5 e 6", "Rafeiro 2 e 3", "Submarino 5, 10 e 11", "Fartar 2, 3, 5 e 6",
"Rota 1", "Farra 1, 2, 3 e 5", "Fado 1 a 4", "Feliz 1", "Dardo", "Trancada", "Salitre", "Tigre", "Meca",  "Rasura", "Remo" e "Mariposa".


De Outubro de 1971 a Abril de 1972, estiveram aquarteladas no subsector, forças de intervenção (28.ª Companhia de Comandos, 34.ª Companhia de Comandos e do Batalhão de Caçadores Páraquedistas 32), que sob o comando do batalhão [BCav3837], efectuaram várias operações, nomeadamente:


Série "Pilar" (7 operações) (serra Manharere, vales dos rios Nhancapirire e Muse e aldeamento Metape),


Série "Rompante" (7 operações) (vales dos rios Daque, Lissungui e Cangudzi),


"Muralha" (zona dos rios Calugué e Daque),


"Raiz" (zona dos rios Mono, Chambia e Mandangué),


"Rubieta 4" (entre o rio Zambeze e o aldeamento de Cocome) e


"Rubieta 5" (entre a picada Chicoa — Estima e o rio Nhancapirire).


Em Julho de 1972, foi rendido pelo Batalhão de Caçadores 3886 (BCac3886) e transferido para Ribaué (distrito de Moçambique), onde rendeu o Batalhão de Artilharia 2918 (BArt2918), no subsector CRB.


As Companhias de Cavalaria 3318 e 3319, que regressaram ao batalhão [BCav3837], foram colocadas respectivamente, em Mecuburi e Namapa.


Ficou sob o seu comando operacional a Companhia de Morteiros Médios/RMM, em António Enes.


Não existiam indícios de actividade inimiga.


Até final da comissão, a actividade operacional materializou-se através de patrulhamentos, colaboração com as autoridades administrativas e assistência médico-sanitária e acção psicológica, junto da população.


Foi rendido em Ribaué (Março de 1973), pelo Batalhão de Caçadores 3850 (BCac3850).


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A Companhia de Cavalaria 3318 (CCav3318) desembarcou em Porto Amélia.


Rendeu em Miteda, a Companhia de Artilharia 2646 do Batalhão de Artilharia 2901 (CCArt2646/BArt2901).


Não acompanhou em Maio de 1971, a transferência do batalhão [BCav3837], mantendo-se em Miteda, até 27 de Junho de 1971 e em Mueda (27 de Junho a 29 de Dezembro de 1971), Sagal (29 de Dezembro de 1971 a 18 de Maio de 1972), e Chai (18 de Maio a 2 de Agosto de 1972), na situação de intervenção do Sector B.


De Março de 1971 a Julho de 1972, executou, entre outras, as operações:

 
"Douro" (entre Miteda e Mueda), "Ondina 3" (Chipungo), "Ondina 9" (Nancatari), "Ondina 68" e "Onagre 22" (região do "Destacamento Negomano"), "Liana 7" (Ladimo) e "Ingreme" (consistia na protecção em permanência, de 20 de Maio a 30 de Julho de 19725, dos trabalhos em diversos itinerários no subsector de Macomia).


Em Agosto de 1972, rendida no Chai, pela Companhia de Cavalaria 3560 (CCav3560), foi transferida para Mecuburi, onde rendeu a Companhia de Artilharia 2718 do Batalhão de Artilharia 2918 (CArt2718/BArt2918), regressando ao batalhão [BCav3837].


Guarneceu com 1 pelotão, os destacamentos de Muite, Lalaua e Umpuhua.


Foi rendida em Mecuburi (Março de 197373), pela Companhia de Caçadores 3393 do Batalhão de Caçadores 3850 (CCac3393/BCac 3850).


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A Companhia de Cavalaria 3319 (CCav3319) desembarcou em Porto Amélia.


Colocada em Muidumbe, rendeu a Companhia de Artilharia 2648 do Batalhão de Artilharia 2901 (CArt2648/BArt2901).


A 4 de Maio de 1971, extinto o aquartelamento de Muidumbe, foi transferida para Nangololo, onde substituiu a Companhia de Comando e Serviços (CCS) do batalhão [BCav3837].


Ficou sob o comando operacional do Batalhão de Caçadores 15 (BCac15), no subsector de Mueda "BMU", do Sector B, que naquela data absorvera a área do subsector de Nangololo (extinto).


De Março de 1971 a Julho de 1972, executou, entre outras, as operações:


"Recurso 1" e "Beta" (Muidumbe), "Lancelote" (região da base Gungunhana), "Lacrau 17" (Nangololo), "Ofídio 2" (região de Muajugula), "Ofídio 5" (monte Singigombe), "Ofídio 16" (entre Nangololo e Muidumbe) e "Recurso 6" e "Linda" (vale do Rio Muapide).


Em Julho de 1972 rendida pela Companhia de Cavalaria 3561 do Batalhão de Cavalaria 3888 (CCav3561/BCav3888), foi transferida para Namapa, onde rendeu a Companhia de Artilharia 2719 do Batalhão de Artilharia 2918 (CArt2719/BArt2918), regressando ao batalhão [BCav3837]

 
Guarneceu com 1 pelotão os destacamentos de Nacaroa e Muhula.


Foi rendida em Namapa (Março de 1973), pela Companhia de Caçadores 3394 do Batalhão de Caçadores 3850 (CCac3394/BCac3850).


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A actividade operacional das Companhias de Cavalaria 3318 e 3319, sedeadas respectivamente, Mecuburi (a partir de Agosto de 1972) e em Namapa (a partir de Julho de 1972), consistia em patrulhamentos e contacto com a população.


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Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão [BCav3837], salienta-se, entre o diverso material capturado, 2 metralhadoras ligeiras, 24 espingardas, 3 canhangulos, 11 granadas de morteiro, grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.

 


 

 

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