COMPANHIA DE CAVALARIA N.º 2391
(Ordem
do Exército n.º 5 – 2.ª série, de 1
de Março de 1971)
Louvada a Companhia de Cavalaria n.º
2391, da Região Militar de
Moçambique, porque, ao longo de
vinte e um meses na Zona Norte
daquela província, desenvolveu
intensa actividade operacional,
patenteando grande espírito de corpo
e disciplina, elevado grau de
agressividade, resistência, espírito
de sacrifício e inquebrantável
valentia debaixo de fogo.
Destinada a missão de intervenção no
Sector A, desenvolveu adequada
actividade, dando provas de grande
resistência e espírito de
sacrifício, sem se poupar a esforços
para o completo êxito da sua missão.
Igual entusiasmo e espírito de
missão demonstrou em outras regiões
(Muembe e Unango) que,
sucessivamente, lhe foram
destinadas, e onde a sua actuação
obteve apreciáveis resultados na
captura de armamento, elementos
inimigos armados e população fugida.
A actuação desta Companhia continuou
em fase ascencional, tendo realizado
uma série de operações «LOBOS
CENTURIÕES», que obtiveram
assinaláveis êxitos numa zona que,
sistemática e agressivamente, bateu
em todas as direcções, alheia às
maiores dificuldades que teve de
suportar, em resultado das
deficientes condições de alojamento
e reabastecimento.
À persistência e valentia de todo o
seu pessoal, se fica devendo a
eliminação ou captura dos chefes ou
guerrilheiros, a apreensão da quase
totalidade do seu material de
guerra, a destruição dos seus meios
de vida e apoio, e a recolha de
grande número de população, que
servia de suporte às actividades do
inimigo, na região.
Terminados doze meses de intensa
actividade, foi a Companhia
destinada a missão de quadrícula em
zona de fronteira particularmente
melindrosa, e, aí, continuou a
manifestar a grande aptidão para a
luta que se trava no Ultramar e a
dar provas de grande agressividade,
a par de grande colaboração e apoio
às populações aldeadas, continuando,
com entusiasmo, a acção psicológica
e social do antecedente realizada na
região.
A Companhia de Cavalaria n.º 2391,
pela sua actuação em situação de
campanha, merece ser apontada como
Unidade excepcionalmente dotada,
que, na Região Militar de
Moçambique, desenvolveu grande
actividade, mercê da qual, e das
altas virtudes militares dos seus
componentes, bem como excepcional
valor dos seus feitos de bravura,
foi digna continuadora das gloriosas
tradições do Exército Português.
(in
Revista da Cavalaria do ano de 1970,
página 154)