António Bordalo Venâncio, Soldado de
Infantaria, da CCac1569: Cruz de Guerra de
4.ª classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA |
Fontes:
5.º Volume, Tomo
V, pág. 243,
da RHMCA / CECA / EME
7.º Volume, Tomo III, Livro 2, pág.s
83 e
84 da
RHMCA /
CECA / EME
Jornal do Exército, ed. 143,
pág. 57, de Novembro de 1971
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António Bordalo
Venâncio
Soldado de Infantaria, n.º 3961/65
Companhia de Caçadores
1569
«MAIS E MELHOR»
Moçambique:
14Mai1966 a 22Mai1968
Cruz de Guerra, de
4.ª classe
António
Bordalo Venâncio, Soldado de Infantaria, n.º 3961/65,
natural da freguesia de Pala, concelho de Pinhel,
distrito da Guarda.
Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 15 (RI15 –
Tomar) para servir Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1569
«FIRMES E CONSTANTES» - «MAIS E MELHOR», no período de
14 de Maio de 1966 a 22 de Maio de 1968.
Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de
4.ª classe, publicado na Ordem de Serviço n.º 147, de 31
de Outubro de 1967, do Quartel General da Região Militar
de Moçambique, e na Ordem do Exército n.º 23 – 3.ª
série, de 1968.
Cruz de Guerra, de 4.ª classe
Soldado
de Infantaria, n.º 3961/65
ANTÓNIO BORDALO VENÂNCIO
CCac1569 - RI15
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 23 — 3.ª série, de 1968.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, nos termos do artigo 12.º, do Regulamento da
Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de
28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 08 de Julho de 1968:
O Soldado n.º 3961/65, António Bordalo Venâncio, da
Companhia de Caçadores n.º 1569 - Regimento de
Infantaria n.º 15.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 147, de 31 de Outubro
de 1967, do Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907):
Louvo o Soldado n.º 3961/65, António Bordalo Venâncio,
da Companhia de Caçadores n.º 1569 (CCac1569), porque,
durante a operação "Insistência", numa emboscada do
inimigo e debaixo de grande potencial de fogo das Nossas
Tropas, indiferente ao perigo que o envolvia, com grande
coragem, decisão e serena energia, avançou para a zona
de morte e pondo em risco a própria vida, conseguiu
todavia deitar por terra um guia Maconde que pretendia
fugir à emboscada.
Assim, o referido Soldado demonstrou, uma vez mais, ser
possuidor de coragem, sangue frio, decisão, grau elevado
de combatividade, qualidades que, aliadas ao seu
espírito de camaradagem, obediência e ao seu brio
militar, fazem dele um exemplo a seguir.
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Jornal do
Exército, ed. 143, pág. 57, de Novembro de 1971
SOLDADO ANTÓNIO BORDALO
VENÂNCIO
MEDALHA DA CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE
O soldado António Bordalo Venâncio, «foi
condecorado com a medalha da Cruz de Guerra
de 4.ª classe porque, durante uma operação
em Moçambique, numa emboscada ao inimigo e
debaixo de grande potencial de fogo das
Nossas Tropas, indiferente ao perigo que o
envolvia, com grande coragem, decisão e
serena energia, avançou para a zona de
morte, pondo em risco a própria vida e
conseguiu deitar por terra e aprisionar um
guia inimigo que pretendia fugir à
emboscada.
Assim, a referida praça demonstrou, uma vez
mais, ser possuidor de coragem, sangue-frio,
decisão, grau elevado de combatividade,
qualidades, que, aliadas ao seu espírito de
camaradagem, espírito de obediência e ao seu
brio militar, fazem dele um exemplo a
seguir.»
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Companhia
de Caçadores N.º 1569
Identificação:
CCac1569
Unidade Mobilizadora:
Regimento de Infantaria 15 (RI15 — Tomar)
Comandante:
Capitão Mil.º Arleto Francisco Ferreira
Capitão Mil.º Mário Fernandez Ferreira
Capitão de Infantaria Francisco Joaquim de Passos Águas
Capitão de Infantaria António Luis Nogueira de
Albuquerque
Divisa:
"Mais e Melhor"
Partida:
Embarque no dia 23 de Abril de 1966, no NTT
«Vera Cruz»; Desembarque em Porto Amélia, no dia 14 de
Maio de 1966.
Regresso:
Embarque no dia 22 de Maio de 1968.
Síntese da Actividade
Operacional
Desembarcou em Porto Amélia, no dia 14 de
Maio de 1966, seguindo para Ancuabe onde ficou sob o
comando operacional do Batalhão de Caçadores de Porto
Amélia (BCacPortoAmelia) (subsector BPA).
Rendeu a Companhia de cavalaria 755 (CCav755).
Destacou
um pelotão para Quiterajo, na situação de reforço à
Companhia de Caçadores 804 (CCac804), sedeada em
Macomia.
Efectuou patrulhamentos e nomadizações numa vasta área,
nomeadamente nas regiões de Namira, Matongo, Camala,
Nanjua margem sul do rio Messalo e itinerários Balama -
Matico - Namune - Nancocho, Ancuabe - Montepuez e
Nepiche - Cutope - Chipembe - Morrola - Nancaia - Bonage.
No final de Julho de 1966, mantendo a subordinação
operacional, instalou-se no Mucojo, passando o
destacamento de Quiterajo para a sua responsabilidade.
Guarneceu Ancuabe com um pelotão (substituído em Outubro
de 1966 pela Companhia de Caçadores 803) (CCac803).
Desenvolveu a actividade operacional nas zonas de Cobre,
Metone, Ingoane, Namaneco, Rucia, Quiterajo, Munia,
Naunde, Macomia e Quinhandoa e itinerários Mucojo -
Macomia e Mucojo - Quiterajo.
Participou nas operações "Charreu" (zona do rio Messalo
a W (oeste) de Quiterajo) "Chega-lhe" (margem N (Norte)
do rio Messalo a S (Sul) de Nambude), "Polimónio" (SW
(Sudoeste) de Nambude até à ponte Chai), "Vai de Volta"
(regiões de Nhambane, Nambude e Marere), "Varredela" (NE
(Nordeste) do Chai) "Esfrega" (Nambude) e "Finalmente"
(região limitada por: N (Norte) do rio Messalo, W
(Oeste) da serra Nicheua, S (Sul) da Estrada Macomia -
Mucojo e E (Este) da orla marítima), que resultaram a
destruição de muitos acampamentos e captura de material
de guerra.
Em Abril de 1967, foi colocada em Quiterajo, mantendo um
pelotão em Mucojo. Sob o comando do Batalhão de
Caçadores de Porto Amélia (BCacPortoAmelia) até Mai de
1967 e depois do Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907),
que assumira naquele mês a responsabilidade de novo
subsector (BMC), com sede em Macomia, efectuou
patrulhamentos e nomadizações nas regiões de Goludo,
Cobre, Changane, Chale, Namuiria, Comanda, Quinhangaua,
Macugué, Pangane, Namaneco, Nangune nos itinerários
Mucojo - Macomia, Quiterajo - Chale, Quiterajo - Alifo,
Namaneco - Rucia, margens dos rios Tubile, Messalo e
Muenha e escoltas a Porto Amélia, Rucia, Ingoane, Mucojo
e Chai, designadamente as operações "Azimute Norte" e
"Chega p'ra Lá" (Lago N'guri e Rucia) e "Insistência"
(Chai). Participou em: "Remate" (entre Litamanda e Serra
Niverimia a N (Norte) do rio Messalo) e "02" (serra do
Mapé e Nachala).
Rendida pela Companhia de Artilharia 1627 (CArt1627), em
Outubro de 1967 foi transferida para Sone, passando a
depender do Batalhão de Caçadores da Beira (BCacBeira).
Rendeu a Companhia de Caçadores 1481 (CCac1481).
Destacou um pelotão para Vila Fontes e para Canxixe.
A actividade da Companhia, consistia em patrulhamentos e
contacto com autoridades administrativas e tradicionais
e com a população, nomeadamente das regiões de Chemba,
Bucha, Guma, Diva, M' Sunza, Suare, Cado, Gamba,
Candeia, Nhamaze, Molima, Paza, Marra, Gravata, Maringué,
Jeque, Goi, Sombreiro, Sacoche, Sangombe, Murraça, Boeza,
Mavimba, Canivete, Machesse, Mossama, Tangata, Vila
Fontes e Canxixe.
No final de Março de 1968, mantendo uma secção em Sone,
até à colocação da Companhia de Caçadores 1618
(CCac1618) (em 3 de Abril de 1968), seguiu para Nova
Santana, onde permaneceu uns dias até ser colocada em
Cassuende, sob o comando operacional do Batalhão de
Caçadores 1906 (BCac1906), sedeado em Fingoé (subsector
FFG).
Efectuou entre outras, as operações "Acção", "Zigue -
Zague", "Vasculho" e "Abraço" na região de Gago
Coutinho.
Foi rendida em Cassuende (em Maio de 1968), pela
Companhia de Artilharia 2385 (CArt2385).