Alferes
Miliciano de Cavalaria
ALBINO MANUEL PINTO DA COSTA
CCav2417 - RC7
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do
Exército n.º 1 – 2.ª série, de 1971.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos
do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de
1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 23 de Novembro último, o
Alferes Miliciano de Cavalaria, Albino Manuel Pinto da
Costa, da Companhia de Cavalaria n.º 2417 - Regimento de
Cavalaria n.º 7.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 85, de 17 de Outubro
de 1970, do Quartel General da Região Militar de
Moçambique).
Que, por seu despacho de 1 de Setembro de 1970, louvou o
Alferes Miliciano de Cavalaria, Albino Manuel Pinto da
Costa, da Companhia de Cavalaria n.º 2417 - Regimento de
Cavalaria n.º 7, porque, ao longo de vinte meses de
intensa actividade operacional num subsector do Norte,
corno Comandante de Pelotão, evidenciou possuir
excelentes virtudes militares que o tornam um óptimo
oficial subalterno e digno da maior consideração e
estima, tanto dos seus superiores, como dos seus
subordinados.
Num desejo permanente de bem cumprir, soube incutir aos
homens sob o seu comando, todo o seu entusiasmo,
dinamismo e constante exemplo, sendo frequente vê-lo,
apesar das suas funções de comando, corno o primeiro
homem a lançar-se sobre o inimigo, conseguindo deles
homogeneidade e um grau de eficiência que,
indiscutivelmente, os guindou à posição do melhor Grupo
de Combate da sua Companhia, traduzido nas dezenas de
elementos inimigos abatidos, bem como armamento e outro
material capturado.
Tais virtudes militares, foram plenamente demonstradas
nas inúmeras operações em que tomou parte, sendo de
salientar a coragem, decisão, serena energia debaixo de
fogo, sangue-frio e desprezo pela vida, que o Alferes
Miliciano Costa demonstrou possuir nas acções de combate
em defesa de dois aldeamentos.
Todas estas qualidades, aliadas às suas virtudes morais,
de carácter e camaradagem, fazem do Alferes Miliciano
Costa um oficial que muito prestigia a Unidade, a Arma e
o Exército que tão galharda e devotadamente vem
servindo, sendo justo dar-lhe público testemunho.
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Companhia de Cavalaria N.º 2417
Identificação:
CCav2417
Unidade
Mobilizadora:
Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Lisboa)
Comandante:
Capitão de Cavalaria António Luís
Serra Picão de Abreu
Divisa:
«CORAÇÕES AO ALTO»
Partida:
Embarque no dia 23 de Julho
de 1968, no NTT “Vera Cruz”;
desembarque no dia 15 de Agosto de
1968, em Mocímboa da Praia
Regresso:
Embarque no dia 7 de Setembro
de 1970, no NTT “Infante Dom
Henrique”; desembarque no dia 12 de
Outubro de 1970
Síntese da
Actividade Operacional
Desembarcou em Mocimboa da
Praia, a 15 de Agosto de 1968.
Rendeu em Pundanhar a Companhia de
Artilharia 2328 (CArt2328) «AMIGO
CERTO NA HORA INCERTA» [Esta
subunidade, após o desembarque foi
retirada ao Batalhão de Artilharia
2839 (BArt2839)].
Destacou um pelotão para Nhica do
Rovuma.
Integrada no dispositivo do Batalhão
de Caçadores 2831 (BCac2831) «DIXI»
e do Batalhão de Caçadores 2875
(BCac2875), que rendera em Maio de
1969, o primeiro em Mocímboa da
Praia, (subsector BPR) efectuou
patrulhamentos e nomadizações na
margem sul do rio Rovuma, regiões de
Panderene, Tartibo, Badale, Águas,
Abdala, Bacar, arredores de
Pundanhar e Nhica do Rovuma e
abertura dos itinerários para
Nangade, Tartibo e Nhica do Rovuma,
escoltas a Palma e Mocímboa da
Praia, nomeadamente as operações
"Tic - Tic", "Leão", "Giboia" ,
"Cidália", "António", "Pereira",
"Vigilante", "Vigilante 2", "Boas
Festas", "Patricia" , "Coimbra",
"Espera" e "Dar".
Participou, entre outras, em:
"Tempestade" e "Trovão 2" (margem
Sul do rio Rovuma a Nordeste de
Nangade), "Tempestade 2" (margem Sul
do rio Rovuma a Norte de
Pundanhar),
"Tufão" (Sul de Pundanhar),
"Furação" (região de Quinhevo),
"Tufão 4" e "Corisco" (Este de
Nangade).
Em Março de 1970, permutando com a
Companhia de Caçadores 2513
(CCac2513) do Batalhão de Caçadores
2875 (BCac2875), foi transferida
para Mocímboa da Praia. Mantendo a
subordinação
operacional ao Batalhão
de Caçadores 2875 (BCac2875), teve
como missão principal, escoltar
colunas logísticas para Palma e
Diaca.
Rendida pela Companhia de Caçadores
2727 (CCac2727) «ARMAS NÃO DEIXARÃO
ENQUANTO A VIDA OS NÃO DEIXAR», em
Maio de 1970, foi colocada em
Loureço Marques, onde rendeu a
Companhia de Artilharia 2386
(CArt2386) «O CÉU, A TERRA E AS
ONDAS ATROANDO». Sob o comando do
Batalhão de Caçadores 18 (BCac18)
«PRIMEIRO ENTRE OS IGUAIS»,
ali sedeado, (subsector CTSLM) a
actividade operacional, consistia em
patrulhamentos e contacto com a
população das zonas suburbanas e
segurança nocturna ao bairro
militar.
Foi rendida em Lourenço Marques
(Setembro de 1970), pela Companhia
de Artilharia 2453 (CArt2453) «A
PÁTRIA HONRAI QUE A PÁTRIA VOS
CONTEMPLA».