Adelino
Januário Marques Mandriana,
Tenente-Coronel 'Comando'.
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HONRA E GLÓRIA
Nota de óbito |
Fontes:
5.º Volume, Tomo IV,
pág. 205, da RHMCA /
CECA / EME
5.º Volume, Tomo VII,
págs. 253 e 254, da
RHMCA / CECA / EME
Revista da Cavalaria,
edição do ano de 1963
Elementos cedidos por um
colaborador do portal
UTW
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Faleceu, no
dia 19 de Março de 2018, o veterano
Adelino
Januário Marques Mandriana
Tenente-Coronel
'Comando' na situação de reforma
Esquadrão de
Cavalaria 295
«EU QUERO»
Grupo de Cavalaria
345
«NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Centro de
Instrução de Comandos
Região
Militar de Angola
2.ª Companhia
de Comandos
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
28.ª Companhia
de Comandos
«OS TIGRES»
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Companhia de
Comandos 4042/74
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª
classe
Cruz de Guerra de 2.ª classe
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com palma
Adelino
Januário Marques Mandriana,
Tenente-Coronel 'Comando' na
situação de reforma;
Nascido em 17 de Fevereiro de 1940.
Em
24 de Novembro de 1961, tendo sido
mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 3 (RC3 -Estremoz) para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola, embarca em
Lisboa no NTT 'Angola' rumo ao porto
de Luanda, como furriel de
cavalaria
integrado no
Esquadrão de Cavalaria
295 do
Grupo de Cavalaria 345
(ECav295/GCav345);
Em 1963
agraciado com a Medalha de Cobre de
Serviços Distintos com palma;
Em
22 de Fevereiro de 1964 inicia no
porto de Moçâmedes a torna-viagem no
NTT 'Vera Cruz', que ao amanhecer de
2 de Março de 1964 arriba a Lisboa;
Em 28 de Maio de 1965, entretanto
promovido a 2º sargento e voluntário
para frequentar no Centro de
Instrução de Comandos da Região
Militar de Angola (CIC / RMA) um
curso de 'comandos', embarca em
Lisboa no NTT 'Vera Cruz' rumo a
Luanda;
Em
11 de Maio de 1966, após actuações
no teatro-de-operações de Angola com
a sua 2.ª Companhia de Comandos
(2ªCCmds), embarca em Luanda rumo ao
porto de Lourenço Marques, a fim de
actuar em Moçambique nos distritos
do Cabo Delgado e do Niassa;
Em
14 de Março de 1967
agraciado com
a Cruz de Guerra de 3ª classe;
Em 11 de Setembro de 1967 regressa à
Metrópole;
Em
22 de Abril de 1970, entretanto
promovido a 1º sargento, embarca em
Lisboa rumo a Luanda, integrado na
28.ª Companhia de Comandos
(28ªCCmds) [Cruz
de Guerra, colectiva, de 1.ª classe];
Em 3 de Agosto de 1970 embarca em
Luanda com a sua companhia rumo a
Porto Amélia, a fim de actuar em
Moçambique nos distritos do Cabo
Delgado e de Tete;
Em 4 de Setembro de 1972 regressa à
Metrópole;
Em 17 de Outubro de 1972
agraciado com
a Cruz de Guerra de 2ª classe;
Em 27 de Julho de 1974, entretanto
promovido a tenente do serviço geral
do exército (n/m 51013111), embarca
no Aeródromo Base n.º 1 (AB1-Figo
Maduro) rumo à Base Aérea n.º 9 (BA9
- Luanda), como comandante da
Companhia de Comandos 4042/74
(CCmds4042/74), actuando
sucessivamente em Luanda, Nova
Lisboa, Carmona, Sala Bendje,
Massabi, Luso e Dinge;
Em 6 de Abril de 1975 regressa
definitivamente à Metrópole.
Faleceu no dia 19Mar2019, como
tenente-coronel 'comando' na
situação de reforma.
Pelas 15:00 de 5ªfeira 21Mar2019, o
préstito fúnebre segue da capela
mortuária de São Domingos de Rana
para o cemitério local.
A
sua Alma repousa em Paz
Medalha de Cobre de Serviços
Distintos com palma
Furriel
de Cavalatria
ADELINO JANUÁRIO MARQUES MANDRIANA
ECav295/GCav345 - RC3
Angola
Cobre,
Serviços Distintos com palma
Por
Portaria de 2 de Julho de 1963:
Furriel de Cavalaria Adelino
Januário Marques Mandriana, do
Esquadrão de Cavalaria n.º 295 -
Grupo de Cavalaria n.º 345
- Regimento de Cavalaria n.º 3,
porque durante o tempo de
permanência do Grupo de Cavalaria
n.º 345 na zona de intervenção
norte, nomeadamente nas regiões de
Bessa Monteiro e de S. Salvador,
entre 19 de Janeiro de 1962 e 30 de
Abril de 1963, revelou, nas inúmeras
acções
de
Guerra em que tomou parte,
excepcionais qualidades militares em
frente do inimigo, contribuindo com
o seu exemplo para elevar o espírito
combativo dos seus subordinados.
Destaca-se o seu permanente espírito
de abnegação e sacrifício no
transporte de feridos e de material,
de pessoal fisicamente mais
inferiorizado, a sua acção nas
operações «Monte Cubata» e «Fim de
Semana» na região de Bessa Monteiro
nas operações «Capitão Godinho» e
«Três Mosqueteiros> na região de S.
Salvador, onde o inimigo se mostrou
particularmente aguerrido, e, ainda
o seu comportamento na operação
«Seke», ao conduzir a sua secção no
ataque ao quartel terrorista de
M'Palmala e subsequente perseguição
do inimigo, operação para cujo êxito
muito contribuiu com a sua acção
pessoal.
Em situações de perigo, a presença
do Furriel Marques Mandriana foi
sempre notada na primeira linha e
nos lugares de maior risco.
Em todas as acções de Guerra em que
comparticipou, revelou exemplar
coragem, sangue frio, decisão e
serena valentia, qualidades que
muito o honram como militar em
frente do inimigo, e o tornam digno
de ser apontado pelas suas altas
virtudes e qualidades militares.
Os seus serviços em campanha devem
ser considerados extraordinários e
importantes.
(Ordem
do Exército n.º 21 – 3.ª série, de
30 de Julho de 1963)
(in Revista da Cavalaria, edição
do ano de 1963, pág.s 144 e 145)
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Cruz de Guerra de
3.ª classe
2.°
Sargento de Cavalaria, "Comando"
ADELINO JANUÁRIO MARQUES MANDRIANA
2.ªCCmds — RL1
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição
da Portaria publicada na OE n.º 11 —
3.ª série, de 1967.
Por Portaria de 14 de Março de 1967:
Manda o
Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro do Exército,
condecorar com a Cruz de Guerra de
3.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província de Moçambique,
o 2.º Sargento de Cavalaria, Adelino
Januário Marques Mandriana, da 2.ª
Companhia de Comandos - Regimento de
Lanceiros n.º 1.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 63, de 03 de
Dezembro de 1966, do QG/RMM):
Louvado
o 2.º Sargento de Cavalaria,
"Comando", Adelino Januário Marques
Mandriana, da 2.ª Companhia de
Comandos, porque, ao longo de cerca
de 17 meses de permanência na
Companhia, revelou possuir
excelentes qualidades de combatente
e de chefia no comando da sua
equipa.
Já no Centro de Instrução de
Comandos em Angola, foi considerado
um dos mais notáveis elementos,
salientando-se pelo seu aprumo,
pelos seus conhecimentos e
experiência adquiridas, já em
anterior comissão de serviço.
Em operações, demonstrou espírito
invulgar de camaradagem, formando
com a sua equipa um conjunto de
extraordinária eficiência e
objectividade.
Sempre voluntário para as mais
arriscadas missões, todas executou
com brio e abnegação, não regateando
esforços e notabilizando-se pela sua
força de vontade indomável para a
qual parece não existirem
obstáculos.
Sempre presente nos lugares de maior
risco, quer em colunas auto, quer em
colunas apeadas, nunca hesitou em
tomar o lugar da frente, na sua
equipa, aliando a uma boa capacidade
física, coragem e sangue frio de
relevo, mostrando serenidade e
presença de espírito debaixo de fogo
inimigo, como nas operações
"Hebraico" e "Polinómio", em que,
tomando decisões rápidas, actuando
com desprezo absoluto pelo perigo,
correndo sobre o inimigo em fuga e
aniquilando-o e capturando-lhe o
armamento, contribuiu para os
resultados globais obtidos.
Militar disciplinado e
disciplinador, é apontado como
exemplo e grangeou entre todos os
seus superiores e inferiores
admiração e respeito.
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Cruz de Guerra de
2.ª classe
1.°
Sargento de Cavalaria, Comando
ADELINO JANUÁRIO MARQUES MANDRIANA
28.ªCCmds —
CIOE
MOÇAMBIQUE
2.ª CLASSE
Transcrição
da Portaria publicada na OE n.º 1 —
3.ª série, de 1973.
Por Portaria de 17 de Outubro de
1972:
Manda o
Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro da Defesa Nacional,
condecorar, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, o 1.° Sargento de
Cavalaria, Comando, Adelino Januário
Marques Mandriana, com a Medalha da
Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao
abrigo dos artigos 14.º, 15.º, 16.º
e 63.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 20 de Dezembro de 1971.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 70, de 02 de
Setembro de 1972, do QG/RMM):
Que,
por seu despacho de 21 de Agosto de
1972, louvou o 1.º Sargento de
Cavalaria, Comando, Adelino Januário
Marques Mandriana, da 28.ª Companhia
de Comandos, por, ao longo de cerca
de dois anos, ter dado provas de
extraordinárias e excepcionais
qualidades militares para o comando
de tropas.
Tomou parte em quase todas as
operações realizadas pela sua
Companhia, nomeadamente,
"Proximidade", "Altitude", "Entre-vales",
"Neptuno", "Mercúrio", "Série
Exploração", "Série Pesquisas",
"Sabina", "Série Salamandra", "Série
Sabatina", "Orfeu Dois", "Orfeu
Três", "Baião Três", "Badanal Um",
"Marte", "Série Rompante", "Série
Pilar", onde várias vezes, debaixo
de fogo, carregou sobre o inimigo à
frente dos seus homens e, com o seu
exemplo, a sua coragem e
incitamentos, levou a sua equipa a
obter êxitos, demonstrando decisão,
calma, sangue-frio e espírito de
sacrifício invulgares.
Possuidor de grande capacidade
física, creditou-se como um
instrutor modelar e com a sua
experiência e maneira de ser logo
constituiu um exemplo a seguir por
todos os seus subordinados.
Esplêndido condutor de homens e
possuidor de excelentes qualidades
de chefia e comando, é um chefe
nato, sempre pronto a efectuar todas
as missões e serviços com a mais
alta compreensão do dever militar.
Por tudo isto é o 1.º Sargento
Mandriana um valoroso militar,
credor da maior consideração e
admiração, pelo que é justo que,
publicamente, seja apontado como um
alto exemplo de virtudes e
qualidades militares, que muito
honram os "Comandos" e o Exército
Português.